sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O Cerejal volta ao TeCA



Estreado no âmbito do XXX FITEI, o delicado mosaico de O Cerejal montado por Rogério de Carvalho regressa – justamente – ao TeCA. A convite do Ensemble, o encenador voltou, pela terceira vez na sua carreira, a imergir na atmosfera crepuscular da última peça de Anton Tchékhov, munido da depurada tradução de António Pescada que agora é disponibilizada ao público, como primeiro título da Colecção TNSJ da editora Campo das Letras. Correspondendo à energia inconcebível com que o dramaturgo escreveu O Cerejal num momento em que enfrentava grande sofrimento e sentia já a morte no seu encalço, a encenação de Rogério de Carvalho afirma a comovente vitalidade que se gera mesmo (ou principalmente!) em desesperantes momentos de crise. Com a produção deste texto cujo silencioso (e, neste caso, também invisível) protagonista é um enigmático pomar de árvores sempre em flor, o Ensemble dá mais um passo no interior do universo tchekhoviano, depois de ter produzido com a ASSéDIO e o TNSJ um memorável O Tio Vânia (enc. Nuno Carinhas, 2004).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Odília de Patrícia Portela em livro


Patrícia Portela, conhecida (e reconhecida, nomeadamente com uma Menção Honrosa Prémio Acarte com o espectáculo WasteBand – 2003, o Prémio Acarte com Flatland I – em 2004 a Menção Especial do prémio da crítica pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro para a Dramaturgia da Trilogia Flatland) pelo seu trabalho na área do espectáculo, surge agora com a sua primeira obra de ficção publicada pela Editorial Caminho – Odília, depois das publicações "Operação cardume rosa " e "Se não bigo não digo" , de 1998 e 1999 , editados pela Editora Fenda.
Com minúscula, odília representa a classe das musas desempregadas e confusas; com maiúscula, Odília é uma específica musa desempregada e confusa que procura, como qualquer ser mortal e normal, o seu lugar no mundo.
E conquistar o nosso lugar no mundo é uma coisa difícil! Implica a existência de amigos (Penélope), de amores (obviamente, um poeta), de intrigas (os deuses descobrem que criaram tudo mas não criaram as musas e por isso resolvem roubar-lhes os sentidos), de reflexão (Odília esteve 1003 anos a pensar no seu destino), de coragem (como ultrapassar a teia labiríntica do quotidiano, quando se sofre de labirintite?)…
E tudo acontece em simultâneo (ou será antes? ou será depois?) porque nas questões da existência, o tempo é um grande novelo que se enrola e desenrola sem nunca deixar de ser uma bola que entra numa baliza e, em simultâneo (ou será antes? ou será depois?), se ouve o grito: Gooooooooooooooooooolllllllllllllllllllllooo!
O lançamento terá lugar no dia 2 de Outubro, às 18h30, na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura, Largo do Picadeiro (Frente ao Teatro São Carlos) nº 10.
Patrícia Portela participou com o espectáculo Westband no FITEI de 2006.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Grupo Galpão - Espectáculos, livros e DVD

A estréia nacional do espetáculo “PEQUENOS MILAGRES”, em Belo Horizonte, marcou o início da campanha "Grupo Galpão – 25 anos de Encontros" e das comemorações do aniversário.
Após a temporada do espetáculo no Galpão Cine Horto, de 29 de Março a 30 de Maio de 2007, o Grupo apresentou-se em vários Festivais de Inverno em Minas Gerais. Em seguida, cumpriu a temporada com Pequenos Milagres em São Paulo, de 6 a 26 de Agosto e no Rio de Janeiro, de 6 a 30 de Setembro.
Em Outubro, haverá a comemoração oficial do aniversário, em Belo Horizonte, quando será lançado o DVD com a histórica apresentação do espetáculo Romeu e Julieta, concepção e direção de Gabriel Villela, no Globe Theatre, em Londres; a coleção ESPETÁCULOS DO GALPÃO, editada pela Autêntica Editora e Editora Puc Minas, que reúne 10 espetáculos marcantes da trajetória do Grupo: Romeu e Julieta; A rua da amargura; Um moliére imaginário; Partido; Um trem chamado desejo; Um homem é um homem; Pequenos milagres e os Textos de rua: A comédia da esposa muda, com direção de Paulinho Polika; Foi por amor, direção de Antônio Edson e Corra enquanto é tempo, texto e direção de Eid Ribeiro; o livro PEQUENOS MILAGRES E OUTRAS HISTÓRIAS, com os textos enviados para a Campanha "Conte sua História" que não puderam ser adaptados ao teatro e, ainda, o CD com as trilhas sonoras dos espetáculos O Inspetor Geral e Um Homem é um Homem.
Para fechar a programação, em Novembro, o Grupo segue em digressão para a região Sul do país, onde realiza 11 apresentações dos espetáculos Um Homem é um Homem e Pequenos Milagres. Serão visitadas as cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Lages, Itajaí, Joinville, Ponta Grossa e Maringá.

domingo, 23 de setembro de 2007

Tanto Amor Desperdiçado


Nesta comédia, onde se encontram os mais belos pensamentos sobre a ciência do amor e onde Shakespeare desenvolve com prazer e extremo virtuosismo jogos de linguagem, sucedem-se encontros entre jovens de países diferentes. Pareceu, portanto, muito pertinente aprofundar esse aspecto, já presente na peça e sem mudar em nada o texto, propondo um espectáculo bilingue. Um trabalho sobre as relações e as línguas, em suma, um espectáculo europeu.
O Rei de Navarra acompanhado por três jovens príncipes faz o juramento de se dedicar exclusivamente ao estudo durante três anos: pouco sono, pouca comida e nenhum contacto com o sexo feminino é o contrato que os une. A Princesa de França, acompanhada por jovens damas da sua Corte, vem negociar em nome do seu pai, Rei de França, o domínio da Aquitânia, perturbando para sempre este cenário. Os quatro homens apaixonam-se secretamente pelas quatro mulheres mas são obrigados a esconder os seus sentimentos uns dos outros – para não falhar ao juramento combinado.Depois de um encontro onde homens e mulheres se disfarçam, desenham-se os vários pares amorosos mas, no meio da festa, anuncia-se a morte do Rei de França. A Princesa terá de regressar ao seu país e as damas impõem aos seus apaixonados um ano de afastamento, como nova prova de amor.Terá sido desperdiçado todo aquele amor?
O encenador Emmanuel Demarcy-Mota recebeu o Prémio Revelação Teatral da crítica francesa e é director de um Centro Dramático Nacional. Em La Comédie de Reims, criou um centro de investigação com actores e autores europeus.

Em cena na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II até 28 de Outubro

Encenação EMMANUEL DEMARCY-MOTA

Com ANA DAS CHAGAS, AURÉLIE MERIEL, CLÁUDIO DA SILVA, DALILA CARMO, ELMANO SANCHO, GUSTAVO VARGAS, HEITOR LOURENÇO, HORÁCIO MANUEL, MARCO PAIVA, MARIA JOÃO PINHO, MIGUEL MOREIRA, MURIEL INES AMAT, NELSON MONFORTE, NUNO GIL, SARAH KARBASNIKOFF e VÍTOR D’ANDRADE

sábado, 22 de setembro de 2007

Noite de Reis em Santiago de Compostela


"Noite de Reis. Ou o que queirades" de William Shakespeare, dirigido por Quico Cadaval é o novo espectáculo do Centro Dramático Galego, com estreia no Salón Teatro, em Santiago de Compostela, no dia 28 de Setembro. Esta produção abre a temporada do Centro Dramático Galego e estará em digressão por diversas cidades da Galiza até 20 de Janeiro de 2008.

"Twelfth Night" é uma das comédias mais representadas de Shakespeare e conta a história de Sebastião e Violeta, irmãos gémeos, que naufragam junto à costa de Iliria. Violeta consegue chegar quase sem vida à praia com a ajuda de Festas - bobo da corte do duque Orsino. Ela julga que Sebastião morreu. Vestida de homem e fazendo-se passar por um novo pajem chamado Cesário, passa a servir na corte do duque Orsino que está "poética, apaixonada e desesperadamente noivo" da desolada Lady Olivia, que o rejeita continuamente. Orsino utiliza Cesário como confidente e como mensajeiro para declarar o seu amor a Olivia, mas Cesário - na verdade Violeta - começa a apaixonar-se por Orsino enquanto Olivia, pela sua parte, se enamora do mensajeiro, que é Cesário.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Me acordaré de todos vosotros


“Me acordaré de todos vosotros”, criação e direcção de Ana Vallés para o Teatro de La Abadia, depois da sua apresentação em Madrid está em digressão por Espanha e Roménia.

As próximas apresentações serão:

28 e 29 de Setembro. Sevilha. Teatro Central
6 de Outubro. Torrejón de Ardoz (Madrid) . Teatro Jose María Rodero.
19 e 20 de Outubro. Málaga. Sala Gades.
21 de Outubro. Cádiz. Festival Iberoamericano de Cádiz.
29 e 30 de Octubro. Bilbao. Festival Bad Bilbao.
23 e 24 de Novembro. A Coruña.
30 de Nov e 2 de Dezembro. Bucarest. Teatro Bulandra.
4 de Dezembro. Cluj (Roménia). Hungarian Theater.
14 de Dezembro. Alcobendas (Madrid). Auditorio Ciudad de Alcobendas.
21 de Dezembro. Gijón. Teatro Jovellanos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Circular - Festival de Artes Performativas



Circular Festival de Artes Performativas
3ª edição
28 Setembro a 5 Outubro 2007
Vila do Conde

Motivado pela vontade de potenciar a experimentação no campo das artes performativas, tornando visível o resultado de pesquisas e processos, o Circular, na sua 3ª edição, apresenta um conjunto de criações, algumas das quais em estreia absoluta, desenvolvidas em proximidade com as intenções do Festival.

Ao longo de três meses realizaram-se em Vila do Conde residências artísticas, incluindo acções abertas à participação do público, tornando-se o próprio contexto espaço de intervenção, partilha e reflexão.

O Circular continua a privilegiar a apresentação de autores portugueses, cujos percursos, matérias de pensamento e linguagens (provenientes da performance, da dança contemporânea, do cinema ou das artes plásticas) demonstram a abrangência e complexidade da criação contemporânea.

No decorrer do Festival terão ainda lugar encontros informais e conversas entre os artistas participantes e o público, proporcionando a reflexão e troca de ideias sobre os processos de criação. Nestes momentos conta-se com a presença de diversos convidados, para introduzir e aprofundar os trabalhos apresentados.

Ao entender a criação artística como desafio de permanente questionamento e espaço privilegiado de comunicação, o Circular convida à participação do público, considerando-o elemento fundamental na produção de um discurso crítico e reflexivo.


Programa

À t i t r é
Laurent Pichaud
Dança
28 (sexta) e 29 (sábado) Setembro, 19h00
Auditório Municipal

Conversa:
29 Setembro, 20h00
com a participação de Cristina Grande
local do espectáculo

Um Traço sobre um Muro
Francisco Tropa
Artes Plásticas
De 28 Setembro a 05 Outubro, 20h00 às 24h00
Rua Junqueira (Azurara junto ao rio)

Conversa:
30 de Setembro, 19h00
com a participação de Ricardo Nicolau
Bar do Auditório Municipal

Curso de Silêncio
Vera Mantero & Miguel Gonçalves Mendes
Dança/Cinema
28 (sexta) e 29 (sábado) Setembro, 21h30
30 (Domingo) Setembro, 17h00
Largo de Vilarinho, nº 108 (Macieira da Maia)

Conversa:
29 Setembro, 22h30
com a participação de Manuel António Pina
local do espectáculo

PARQUE
Ricardo Jacinto
Concerto/Instalação
28 (sexta) e 29 (sábado) Setembro, 22h00
Auditório Municipal

Conversa:
28 de Setembro, 23h00
com a participação de Magda Henriques
local do espectáculo

Knowing I Andreas
Andreas Dyrdal
Performance/Dança
04 (quinta) e 05 (sexta) Outubro, 21h30
Auditório Municipal

Conversa:
4 de Outubro, 22.15h
com a participação de Joclécio Azevedo
local do espectáculo

I put a spell on you
Ana Borralho & João Galante
Performance/Instalação/Artes Plásticas
04 (quinta) e 05 (sexta) Outubro
Entre as 22h00 e ás 24h00
Auditório Municipal


Conversa:
05 de Outubro, 19h00
com a participação de Susana Chiocca
local do espectáculo

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Curso sobre técnica da máscara


O Teatro Instável organiza um curso de TÉCNICA DA MÁSCARA /COMMEDIA DELL'ARTE
dirigido por ANDRÉ GAGO, destinado a actores em formação e profissionais.

Improvisação, pantomima e Commedia dell'Arte, numa formação de base que constitui uma abordagem compreensiva do papel do actor no teatro, estimulando a sua expressividade corporal, a criatividade e a consciência estética.

Temas do Curso:
A Regra dos 3 Segundos / O Plani da Máscara e o Treino do Foco / Divisão do Movimento e da Acção / Passagem da Acção / O Jogo do Círculo / A Máscara Neutra / Improvisação / As Máscaras Semi-Expressivas / Improvisação com Máscara Neutra / As Máscaras Expressivas da Commedia dell'Arte / Improvisação com Máscara Expressiva

De 2 de Outubro a 29 de Novembro de 2007
Horário: das 19h00 às 21h30
ESPAÇOINSTÁVEL
Calçada de Santana, 168, r/c, LisboaTelf./Fax: 218861875 (a 5 minutos a pé do Rossio, Martim Moniz, ou dos Restauradores; metro: Restauradores, Rossio e Socorro; elevador do Lavra; estacionamento (pago): Campo dos Mártires da Pátria)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Atalaya ganha prémio no Chile



Medea (la extranjera) do Grupo Atalaya foi eleito pelo público como Melhor Espectáculo Internacional entre todos os participantes de 16 países no Temporales Teatrales, o festival mais prestigiado de Chile. Depois de se apresentar no Brasil no Festival Internacional de Londrina (FILO), no Festival Internacional do Rio Preto e em São Paulo, a companhia viajou até ao país dos Andes, onde participou no Festival de Concepción, no Festival Lluvia de Teatro de Valdivia e encerrou o Festival Temporales Teatrales de Puerto Montt.
Medea é o espectáculo mais premiado da história do Grupo Atalaya.

"Utilizando como referências os textos de Heiner Muller, Eurípedes e Sêneca, além de confessas referências cinemátográficas como a Medea de Pasolini e outro filme sobre o mito, de Lars Von Trier, a dramaturgia de Ricardo Iniesta, também director do espectáculo, preocupa-se em abordar o mito desde a sua origem, em Cólquida, quando trai os seus por amor a Jasão, até o ápice de sua tragédia, em Corínto, quando Jasão a deixa para casar-se com Creusa, filha de Creonte, rei do país, solitária e desprezada por encontrar-se em terra estrangeira(...) A concepção temática de Ricardo Iniesta, que focaliza a questão da xenofobia que são vítimas aqueles que vivem em lugares que não sua pátria coloca o dilema da heroína grega na pauta de questões contemporâneas e universais." Michel Fernandes - crítico no Festival de Río Preto.

Com quase 25 anos de actividade, o Atalaya, de Sevilha, participou em muitos festivais de teatro por todo o mundo, incluindo na cidade do Porto, onde se apresentaram diversas vezes integrados na programação do FITEI.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

The Pillowman no Teatro Nacional S. João


Teatro Nacional São João[7 16 Setembro 2007]terça-feira a sábado 21:30 domingo 16:00

The Pillowman de Martin McDonagh
tradução e encenação Tiago Guedes
cenografia e animação Jerónimo Rocha, Joana Faria, Nico Guedes
figurinos Carolina Espírito Santo
música Hugo Leitãodesenho de luz José Álvaro Correia
interpretação Gonçalo Waddington, João Pedro Vaz, Marco D’Almeida, Nuno Lopes
produção Teatro Maria Matos estreia [7Set06]
classificação etária Maiores de 16 anos
duração aproximada [2:00] com intervalo

De um ser chamado Homem-Almofada só se pode esperar uma natureza cândida, feliz e sobretudo inofensiva. A não ser que se trate de uma criatura imaginada por Katurian, a personagem central de The Pillowman (2003), do dramaturgo inglês Martin McDonagh. Nesse caso, só pode ser uma criatura que, movida pela mais terrível das boas intenções, se esforça por convencer criancinhas a cometer suicídio. Abordando com humor sardónico e cáustica ironia temas difíceis (ao suicídio infantil some-se ainda o infanticídio e o abuso sexual de menores), McDonagh urde uma irresistível farsa sobre o arsenal de perigos que decorre da, aparentemente inócua, decisão de ficar em casa e escrever uma história. Estreia fulgurante de Tiago Guedes (realizador do filme Coisa Ruim) na encenação, que – conjugando uma excepcional direcção de actores com o inspirado aproveitamento de recursos expressivos como a animação – nos propõe uma comédia negra travestida de drama. Mais uma eloquente prova que os Municipais de Lisboa dão ao Porto de que é possível – e desejável – criar objectos imensamente comunicativos a partir de exigentes matérias textuais e de uma indesmentível diferença artística.“A estreia de Tiago Guedes na encenação fica marcada pela assinalável direcção do elenco. […] Um crime e castigo pós-moderno, onde a farsa devora a tragédia.”Diário de Notícias, 13Set06“As escolhas de Tiago Guedes, cineasta que aqui realiza a sua primeira encenação teatral, dificilmente poderiam ter sido melhores. O ritmo dos diálogos é irrepreensível, os registos pedidos aos actores e adoptados durante a representação são exemplares. […] Um espectáculo que pouco tem a ver com o panorama teatral português, frequentemente tão arredado destes píncaros de excelência.”Expresso, 16Set06

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Reposição de O HOMEM SEM CARA



O Teatro Art' Imagem volta a colocar em cena o espectáculo O HOMEM SEM CARA entre 7.SET e 23.SET.2007 no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garretao Palácio de Cristal, Porto, com sessões de terça a sábado às 21h30 e aos domingos às 16 horas.
SOBRE A PEÇA
Um texto original da nova dramaturgia portuguesa
A peça é inspirada na história verídica de um homem que sofre um grave acidente de comboio onde perde parte do rosto. Depois de várias operações aceita fazer um transplante. É este o drama em que vive. “De quem é esta cara? Quem foi este? E agora quem sou eu?”
“Spinoza levantou a questão de saber se um homem muito mutilado ainda podia considerar-se um homem.”
A magia que tira os pecados do mundo, Alberto Pimenta

O AUTOR
Trabalhando a escrita teatral, Fernando Moreira, tem vindo a revelar-se um jovem e auspicioso dramaturgo com alguns dos seus trabalhos editados e também levados a cena.
Em 2000 e em 2003 trabalhou como actor em duas criações do Teatro Art’ Imagem, “Minha Conto” de Mia Couto e “American Buffalo” de David Mamet, e encenou “Ratos e Homens” de John Steinbeck.
Fiel ao seu compromisso de criar à sua volta um núcleo de profissionais das artes do espectáculo com quem pretende criar um circulo artístico em actividade regular, o Teatro Art’ Imagem acompanha este criador na tentativa de valorizar e criar uma nova dramaturgia portuguesa.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

DON JUAN, NOCHE TENEBROSA em Sevilha


Pedro Álvarez Osorio assina a encenação e a dramaturgia de 'Don Juan, noche tenebrosa' .


'Don Juan, noche tenebrosa' é um espectáculo único. Com encenação e dramaturgia de Pedro Álvarez Osorio, música de Armoniosi Concerti y direcção musical de Juan Carlos Rivera.


'Palabra dita, palabra cantada e música na procura de um novo olhar sobre o mito: a partir do texto de Espronceda, 'El estudiante de Salamanca', precursor e inspirador da obra de Zorrilla, o mestre Juan Diego, pela mão de Pedro Alvarez Ossorio e disfarçado com os sons de Armoniosi Concerti, mergulha na noite mais tenebrosa'.


Intérpretes: Juan Diego, María Espada, Olga Pitarch, Carlos Mena e Lluis Vilamajó


7 de Septiembre de 2007 e 8 de Septiembre de 2007 no Teatro Lope de Vega, em Sevilha

O Homem que Calculava em Bela Vista (Brasil)


O Homem que Calculava está em cartaz no Teatro Ruth Escobar - sábados às 19h
Adaptação e direção de Atilio Bari para o romance homônimo de Malba Tahan.
Com: Eduardo Osório / Roberta Bari / Paulo Pompéia / Marcelo Franzolin, entre outros.
TEATRO RUTH ESCOBAR – Sala Gil Vicente - Rua dos Ingleses, 209 – Bela Vista – SP - Fone (11) 3289-2358 http://www.ruthescobar.apetesp.org.br/

Sobre o espetáculo
O HOMEM QUE CALCULAVA (comédia) - As aventuras de um humilde pastor de ovelhas que se torna um respeitado calculista, graças à sua habilidade em resolver os mais intrincados problemas com a utilização da matemática e de conceitos filosóficos. Os 35 camelos, a pérola mais leve, a vitória do conhecimento sobre a força bruta. Duração – 70 minutos / Recomendado a partir de 10 anos / A partir de 18 de agosto / em cartaz por tempo indeterminado / Preço normal do ingresso – 25,00 (meia-entrada para estudantes, aposentados, maiores de 60 anos e professores) / Bilheteria a partir de 5ª, 14h - Bar e Café
O Teatro RUTE ESCOBAR
Em 1963 foi inaugurado o Teatro Ruth Escobar, de propriedade da atriz Ruth Escobar, que, graças ao apoio obtido junto à colônia portuguesa, conseguiu levantar um admirável complexo arquitetônico, voltado para a realização de atividades culturais de todas as espécies.

Garcia Lorca em Viana do Castelo

"Amor de Don Perlimplim com Belisa em seu Jardim" é um espectáculo de actores e marionetas de José Carlos Barros a partir do texto de Frederico Garcia Lorca.

Estreia no Teatro Municipal Sá de Miranda, no dia 15 de Setembro de 2007, pelas 22h00.

Este espectáculo é a 86ª produção do Centro Dramático de Viana (Teatro do Noroeste).

Elenco: Elisabete Pinto, Ricardo Simões, Tiago Fernandes, Sílvia Santos.

15 a 23 de Setembro, todos os dias sem interrupção,no Teatro Municipal Sá de Miranda, às 22H00.
Domingos também às 17H00

O BANDO estreia OS VIVOS






O Teatro O BANDO estreia no dia 13 de Setembro, na sua sede em Vale de Barris / Palmela, o novo espectáculo OS VIVOS, encenação de João Brites e texto de Jacinto Lucas Pires. Trata-se de uma co-produção do teatro O BANDO e o CITEMOR.

O espectáculo estará em cena em Palmela até 21 de Outubro.

"Os Vivos" surge na sequência do espectáculo "Luto Clandestino", de Jacinto Lucas Pires, que estreou nas ruas de Palmela em 2006, num cenário urbano e habitado. Uma co-produção com a FIAR, associação cultural e o patrocínio da Câmara Municipal de Palmela.

Em "Os Vivos", parte-se da ideia que o "Luto Clandestino" será o primeiro acto de um texto maior, onde se vão juntar mais personagens. As ideias são as da culpa e do desejo, da imaginação e da memória, de estar vivo e de não estar. Há um luto mal resolvido, há a vontade de o resolver. Há uma mulher de meia-idade, que é mãe, há um jovem, que é namorado, e agora haverá também um marido, uma empregada e uma morta.
Esta criação, a estrear no Festival CITEMOR, desponta de um trabalho de continuidade com o autor, mas possuindo agora uma nova dimensão, mais alargada.
Chama-se "Os Vivos" esta comédia sobre a morte. Quando a escrevi, a partir de uma peça-em-um-acto que tinha feito para o bando no ano passado, surpreendi-me com a aparência convencional da sua estrutura e com a dispersão de pontos de vista no seu contar. Talvez seja o resultado lógico de levar a morte para dentro de casa, pensei na altura. E, no entanto, ao ouvir depois as primeiras leituras dos actores, já não era isso que me chamava a atenção. Quase o contrário: os cortes, as dissonâncias, os desvios; o impossível feito real, como nos sonhos (e no teatro). E também a voz de conjunto que parecia ficar a ressoar no fim de tudo. "Os Vivos": uma peça sobre não morrer com a morte.

Jacinto Lucas Pires

terça-feira, 4 de setembro de 2007

STABAT MATER no Auditório ACE/Teatro do Bolhão


Os Artistas Unidos retomam a digressão de STABAT MATER de Antonio Tarantino com a actriz Maria João Luís, apresentando este ACTO PROFANO em várias cidades portuguesas e ainda no Rio de Janeiro no Brasil, a convite do Festival Rio Cena Contemporânea.
Para Jorge Silva Melo, director dos AU, “Antonio Tarantino é um dos mais apaixonantes casos da dramaturgia contemporânea, aquele que sabe unir o sagrado ao profano, o santo ao pecado, a raiva à inocência”.
A Associação Portuguesa de Críticos de Teatro atribuiu o Prémio da Crítica, relativa ao ano de 2006 à actriz Maria João Luís pela interpretação neste espectáculo
Acerca da actriz, Jorge Silva Melo refere que “A Maria João é uma das actrizes que mais me fascina em Portugal. É maravilhosa, inteligente, generosa, tenho nela a maior confiança”.

STABAT MATER é a primeira peça de uma tetralogia de António Tarantino, do qual fazem também parte Paixão Segundo João, Vésperas da Virgem Santíssima e Brilharetes, que lhe valheu o mais alto e prestigioso reconhecimento dramatúrgico para a escrita teatral italiana - Prémio Riccione. Foi revelado em Portugal em 2004 com a leitura encenada de A Casa de
Ramallah e, em 2005, com a estreia de Paixão Segundo João que iniciou a estadia dos Artistas Unidos no Convento das Mónicas, em Lisboa.

Maria, à procura do filho desaparecido, acaba por sucumbir. Ex-prostituta, mergulhada na miséria, sozinha, resignada e cheia de ódio contra a sociedade. O texto é uma longa afabulação não narrativa, onde a partir da imagem marginalizada, mas vibrante das figuras de fé e do mito, e da linguagem de rua dos imigrantes, que mistura os dialectos, com efeitos de verdades e comicidades irresistíveis, sobressai a heresia, própria da vida, de uma dor que não serve nem salva, e da história que impiedosamente repete o seu ciclo sem evoluir.

Tradução Teresa Bento
Encenação Jorge Silva Melo
Interpretação Maria João Luís
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Desenho de Luz Pedro Domingos

13 a 15 de Setembro às 21h30
16 de Setembro às 16h00
Auditório ACE/Teatro do Bolhão
Porto

Horário de Bilheteira
2ª a Sábado das 14h30 às 21h30
Domingo das 14h00 às 16h00
ACE/ Teatro do Bolhão
Praça Coronel Pacheco, nº 1 4050 – 453 PORTO
Telf. 222 089 007 Fax: 222 080 052
teatrodobolhao@ace-tb.com

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A crítica de teatro: como gostava que fosse e como é


Por
Kalina Stefanova


Conversas na CULTURGEST

Sexta 7 de setembro de 2007 18h00 · Sala 2
Entrada Gratuita (Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.)

Seguindo a estrutura de uma história pessoal, recontando uma busca que por todo o mundo se faz de um ideal de crítica, esta conversa irá, ao mesmo tempo, investigar as diferentes realidades da crítica. Com uma abordagem claramente pessoal e com sinceridade, pretendo inspirá-lo, instigá-lo e estimulá-lo a perseguir o seu próprio sonho sobre o que a crítica devia ser, e torná-lo realidade. Por outras palavras (e num outro nível de comunicação): esta conversa procurará despertar a nossa propensão inata para o idealismo, bem como a sua necessidade – este raro traço humano romântico de que o nosso mundo tão prático está cada vez mais terrivelmente necessitado.kalina stefanova. ph.d.
Professora Associada da National Academy of Theatre and Film de Sofia (Bulgária). Crítica e investigadora, foi vice-presidente da Associação Internacional de Críticos de Teatro e é responsável pelos simpósios da Associação. Os seus livros sobre teatro, nas áreas da dramaturgia e políticas culturais, estão editados em quinze países. Kalina Stefanova apresenta-se a convite do crítico Tiago Bartolomeu Costa no âmbito do 4.º aniversário do blogue O Melhor Anjo. O seu ensaio Pode a crítica ser pós-dramática? Está publicado no n.º1 da OBSCENA – revista de artes performativas.

LATINITUDES E LONGITINIDADES


Ciclo de debates públicos organizados pela Companhia de S. Paulo FOLIAS D'ARTE.

Arte e Cultura - Semelhanças e diferenças do Continente Latino americano.

Clique na imagem para ver o programa