sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Espectáculo: PS aprova regime dos contratos de trabalho

O PS aprovou hoje, isolado, o regime dos contratos de trabalho dos profissionais de espectáculos, com a oposição a considerar a lei insuficiente e a maioria socialista a prometer o regime de segurança social para mais tarde.

Todas as bancadas da oposição (PSD, CDS-PP, PCP, BE e PEV) votaram, na Assembleia da República, contra esta proposta de lei, contestada pelos profissionais do sector, os «intermitentes», dado que têm um trabalho incerto e nem sempre com a mesma empresa.

Em Portugal, os profissionais do espectáculo e do audiovisual não tinham, até agora, qualquer estatuto que regule a sua actividade, trabalhando quase sempre sem contrato de trabalho, sem protecção na doença ou desemprego, e sem qualquer regulamentação para o exercício da sua profissão.

No entanto, os partidos da oposição criticaram a maioria por a lei não prever normas relativas à protecção e segurança social.

«Esta lei não resolve o problema de grande precariedade da generalidade dos 60 mil trabalhadores das artes dos espectáculo», afirmou o deputado comunista João Oliveira.
Esta posição foi comum às intervenções das bancadas do Bloco de Esquerda, CDS e PSD, que destacaram a falta de medidas de apoio às actrizes que decidem ter filhos e para as quais não há medidas de protecção social.

O PS prometeu, durante o debate, hoje, no Parlamento, resolver o problema «mais tarde», através de um «diploma próprio», como a própria lei prevê.
In Diário Digital / Lusa


Sobre a Plataforma dos Intermitentes
A Plataforma dos Intermitentes é um grupo composto por estruturas, sindicatos e outras organizações que está a trabalhar desde há cerca de um ano, analisando as propostas de lei do BE e PCP acerca da regulamentação para os profissionais do sector das artes do espectáculo e audiovisual, tendo reuniões com os diversos grupos parlamentares e redigindo uma proposta sobre as matérias a regular nesta área, como a certificação profissional, o sistema de protecção social e o regime de intermitência. Contestação à proposta de lei do PS O conceito de intermitência enquanto aspecto do exercício das profissões do espectáculo e do audiovisual, que tem servido de base material para a regulamentação dos regimes contratuais em diversos países (França, Holanda ou Alemanha), é formulado a partir da circunstância da sujeição dos trabalhadores dos espectáculos e do audiovisual a períodos de suspensão da sua actividade, em resultado dos necessários tempos de aperfeiçoamento e maturação artística, bem como da limitação temporal do ciclo económico da produção de espectáculos, normalmente associados a diferentes e sucessivas entidades empregadoras.

Este conceito tem servido como fundamento a regimes de contratação e de segurança social nesses países, que visam proteger o trabalhador face à descontinuidade da prestação de trabalho e das consequências dessa situação no plano remuneratório.

Da leitura do artigo 7º desta proposta de lei conclui-se que, sob a designação de contrato de trabalho intermitente, se cria um modelo contratual que visa exclusivamente a redução das contrapartidas de que beneficiará um trabalhador com vínculo de carácter permanente [SEM ESTABELECER NENHUM BENEFÍCIO PARA AQUELES QUE EFECTIVAMENTE EXERCEM UMA ACTIVIDADE DE FORMA INTERMITENTE NESTE SECTOR].

Proposta de Lei que aprova o regime dos contratos de trabalho dos profissionais de espectáculos
Esta Proposta de Lei, a submeter à aprovação da Assembleia da Republica, visa regulamentar a contratação de trabalhadores e profissionais de espectáculos, preenchendo uma lacuna decorrente da insuficiência da actual legislação de enquadramento da actividade dos artistas de espectáculos e que, devido às suas especificidades, não encontrava resposta no regime geral do Código de Trabalho, com grande prejuízo para os profissionais da área e desvantagem para todos os agentes que nela operam.

Assim, o diploma vem criar um regime especial de contratação para os profissionais das artes do espectáculo, em que a celebração do contrato de trabalho passa a ser a regra e não a excepção e em que são criados novos modelos de contratação laboral, com introdução das figuras do trabalho intermitente e do trabalho em grupo, bem como de uma modalidade especial de contrato a termo.

No seu conjunto, estes instrumentos permitem dar resposta às especificidades da actividade artística, bem como adequar o regime do contrato a termo à transitoriedade estrutural da actividade artística e dos próprios espectáculos públicos.

Respondendo a outra das grandes preocupações dos profissionais das artes do espectáculo, designadamente, nas actividades em que há um desgaste inerente ao próprio exercício da actividade, é regulamentada a perda superveniente de aptidão artística em condições mais favoráveis do que as previstas no regime geral do Código do Trabalho. Assim, havendo motivo para a caducidade do contrato de trabalho por motivo atinente ao trabalhador, prevê-se, por um lado, o dever geral do empregador de proceder à reclassificação do trabalhador, como forma de evitar a caducidade; e, por outro lado, não sendo tal reclassificação possível, o direito do trabalhador a uma indemnização (no Código do Trabalho a indemnização só tem lugar nos casos em que a caducidade decorre de um motivo imputável ao empregador).

No que concerne à protecção dos profissionais de artes do espectáculo em matéria de segurança social, opta-se por remeter a sua regulamentação para diploma específico a publicar posteriormente. A complexidade, especificidade e diversidade das situações a contemplar assim o justifica.

Estabelecendo-se deste modo uma modalidade especial de contratação laboral para os artistas de espectáculos públicos, o regime geral do Código de Trabalho passa a aplicar-se-lhes apenas subsidiariamente.

In www.portugal.gov.pt

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Celebração do 11º aniversário do Porto Património Mundial


Eu imPORTO-me
4 de Dezembro de 2007

Uma iniciativa Cidadãos do Porto, Sociedade Aberta


No âmbito do 11º Aniversário da classificação do Centro Histórico do Porto como Património Mundial, realiza-se no dia 4 de Dezembro, Terça-feira, a partir das 18:30, uma série de eventos sob o lema imPORTOme.

Programa*:
18:30h: Concentrações nos pontos de encontro

- Praça Parada Leitão (aos Leões)
- Terreiro da Sé
- Miragaia
- Praça da Ribeira
- Praça Sandeman (Cais de Gaia)

20:00h: Praça do Infante
Festa com a participação de Pedro Abrunhosa, Rui Reininho, Vozes da Rádio, Rui Veloso, Bando dos Gambozinos, Conjunto António Mafra, entre outros.

22:00h: Palácio da Bolsa
Intervenção musical por Pedro Burmester, Conferência por Alvaro Gómez-Ferrer Bayo (Arquitecto, consultor da UNESCO que avaliou a candidatura do Porto e propôs a inclusão do Centro Histórico na Lista do Património Mundial)
e ainda Festas e celebrações imPORTO-me.


Petiscos a Um Euro nos estabelecimentos do centro histórico.

* Programa sujeito a alterações.


+ informações através de 4.12.2007@gmail.com

Workshop "Isto é arte?!! - a redefinição dos conceitos arte, artista e público"


8 e 9 de Dezembro
10h às 13h - 15h às 18h
Anfiteatro B028, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto


Esta actividade parte de um dos comentários mais frequentes perante a arte contemporânea - isto é arte?!!!! Tendo como referência as experiências artísticas realizadas por volta dos anos 60 e a redefinição de conceitos operada aos mais variados níveis, pretende-se abrir caminhos numa reflexão sobre a arte, cruzando diferentes géneros artísticos e tempos históricos variados.

Procede-se assim à discussão e à reflexão acerca do nosso tempo e das suas variadas formas de expressão, pela identificação de características gerais e comuns ao "pensar e fazer artístico contemporâneo", identificando-se rupturas e continuidades na história. Percebe-se ainda a origem histórica das marcas do nosso tempo e daquele comentário.

O workshop será orientado por Magda Henriques, que se tem destacado no desenvolvimento de actividades pedagógicas relacionadas com a arte contemporânea, em colaboração com várias instituições e festivais, destacando-se a Fundação de Serralves, a Culturgest, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Pavilhão de Portugal, o Festival Y, entre outros.

Objectivos:
- Problematizar o conceito de arte;
- Reconhecer que a ideia de arte é mutável e complexa, podendo adquirir significados diversos em tempos e lugares diferentes;
- Constatar que "as formas da arte são simultaneamente as formas dos acontecimentos humanos";
- Perceber a arte contemporânea na sua relação com os anos 60/70 e a redefinição do conceito de arte, mudança de paradigma, então operada;
- Entender a origem do processo contemporâneo na sua relação com o século XIX;
- Compreender a necessidade de uma certa prática e de uma postura activa perante o objecto artístico.



Alunos FEUP €5
Docentes e não-docentes FEUP €10
Outros alunos €10
Outros participantes €20

Portogofone 07


Quatro Dias Europeus do Teatro
6 – 9 Dezembro 2007

Praça Carlos Alberto + Praça da Batalha
Charanga
André Braga & Cláudia Figueiredo | Circolando, Teatro Viriato
[6 + 7] 18:30

Mosteiro de São Bento da Vitória
Estreia Absoluta
Conferência de Imprensa

Alvaro García de Zúñiga | William Nadylam | TNSJ
[6 + 7 + 8] 20:00

Mosteiro de São Bento da Vitória
Ella
Herbert Achternbusch | Fernando Mora Ramos | Teatro da Rainha
[6 + 7 + 8] 21:30

Teatro Nacional São João
Estreia Absoluta
Turismo Infinito

António M. Feijó | Fernando Pessoa | Ricardo Pais | TNSJ
[7 + 8 + 9] 21:30 + 21:30 + 19:00

Teatro Carlos Alberto
Todos os que Falam
Samuel Beckett | Nuno Carinhas | ASSéDIO, Ensemble, TNSJ
[8 + 9] 16:00 + 15:00

Teatro do Campo Alegre
Quarto Interior
André Braga & Cláudia Figueiredo | Circolando, TNSJ
[8 + 9] 21:30 + 19:00

Baixa do Porto
Actos de Rua
Henrik Ibsen, Jacinto Lucas Pires, Jean Cocteau, Luísa Costa Gomes, Padre António Vieira, Samuel Beckett, Sarah Kane | Nuno Carinhas | TNSJ
[8] 9:30-21:00

Mosteiro de São Bento da Vitória
Teatro Europa (Encontro Europeu)
[7 + 8] 11:00-17:30 + 11:00-14:00
37.ª Assembleia Geral da União dos Teatros da Europa
[9] 11:00-18:00
...........................................................................................

+ informações em www.tnsj.pt ou através do 800-10-8675 ou geral@tnsj.pt

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Carteiro até 30 de Novembro


“O Carteiro de Pablo Neruda”, peça inspirada na obra de António Skármeta é o último espectáculo da Seiva Trupe e está em cena até dia 30 de Novembro, no Teatro do Campo Alegre.

O espectáculo tem encenação de Júlio Cardoso e cenografia de José Carlos Barros.

Mário Jiménez vive com o pai na Ilha Negra onde o principal ofício é a pesca. Mário não quer ser pescador e aos 17 anos arranja trabalho como carteiro. Mas naquele lugar, não se lê nem se escreve e Mário tem um único cliente, Pablo Neruda. A amizade de Don Pablo e a sua poesia transformam a vida de Mário. Este jovem carteiro descobre o poder da metáfora e da poesia através do contacto e da amizade com o poeta.

Interpretação de António Reis/ Miguel Rosas / Sara Barbosa / Sandra Ribeiro / Marco Ferraz / Jorge Fonseca.

Por instantes de felicidade


Fundada em 1988, a Quasar Cia. de Dança tem as suas origens no grupo Energia, fundado em Goiânia no início das anos 80 e alcançou um lugar de destaque no panorama da dança contemporânea no Brasil.

Depois de uma larga digressão em Setembro e Outubro com os espectáculos “Só tinha de ser com você” e “Uma história invisível”, estreiam o novo trabalho no Teatro Alfa de S. Paulo “Por instantes de felicidade” nos dias 1 e 2 de Dezembro.

“Mesmo que com todas as dúvidas, apesar do caminho a se percorrer, a partir do movimento que não se explica, da intenção que não se basta, de um estilo que não nos conforta e, principalmente, de uma resposta que não se preenche, o que se espera de uma coreografia? Durante a pesquisa de seu novo espectáculo, a Quasar Cia de Dança vasculha seus arquivos e se depara com perguntas recorrentes ao longo de duas décadas de trabalho – o movimento, a presença e ausência do humor, a busca de um estilo próprio. E nesse processo também encontra uma simples resposta: Por instantes de felicidade. A Quasar Cia de Dança comemora 20 anos de carreira fazendo uma revisão de momentos importantes de uma trajectória, única no Brasil. Por instantes de felicidade é um espectáculo que registra amadurecimento e renovação de uma linguagem corporal que encontrou sua poética na complexidade. "Profundamente comprometido com o Brasil que entende como uma rede de conexões culturalmente distintas o Quasar põe em cena um caldo saboroso onde as estéticas do circo, da mímica, da dança do teatro, do melodrama, da pantomima, do desporto e do vídeo se misturam. Estas misturas, sempre em fluxo contínuo, recebem o tempero do bom-humor e da sagacidade”
- Helena Katz - Pesquisadora e crítica de Dança - Jornal o Estado de S.Paulo

domingo, 25 de novembro de 2007

Cinquenta anos de "A Promessa"


Há cinquenta anos – mais precisamente no dia 23 de Novembro de 1957 – o Teatro Experimental do Porto, pela mão de António Pedro, estreava no Teatro Sá da Bandeira do Porto “A Promessa” e dava a conhecer um jovem dramaturgo, Bernardo Santareno.

A peça, apesar de só ter feito 9 representações, ainda que sempre com lotações esgotadas, transformou-se num dos espectáculos mais emblemáticos da história do TEP. Provocou grande polémica, com os sectores mais conservadores da sociedade portuense e da igreja católica a manifestarem-se contra a sua representação.

António Pedro, no programa do espectáculo, afirmava: “Se se aferisse pela medida do meu entusiasmo por ela, o valor de uma peça, raras estariam colocadas nessa tabela acima desta e, com certeza, nenhuma outra em Portugal. É que aqui, o que é da poesia e o que é do teatro deram-se as mãos admiravelmente numa realização a que falta pouquíssimo para ser uma obra-prima.”

Bernardo Santareno, que viu aqui a sua primeira peça encenada, viria a tornar-se num dos maiores dramaturgos portugueses de sempre.

A editora Nova Ática, assinalando os cinquenta anos da estreia de “A Promessa” fez uma edição comemorativa da peça, que inclui documentação sobre as diversas encenações e sobre o filme homónimo de António Macedo.

O livro foi apresentado numa sessão comemorativa organizada pelo TEP, que contou com a presença de alguns técnicos e actores que compunham o elenco da estreia. Júlio Gago, actual director da companhia, apresentou a sessão e historiou o acontecimento, enquanto Vicente Batalha, do Instituto Bernardo Santareno, centrou a sua intervenção na vida e obra do dramaturgo.

Nesta sessão, Nelson Cardoso, em representação da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, anunciou a criação do Museu António Pedro.

sábado, 24 de novembro de 2007

Êxito de La Hongaresa na Colombia


A companhia La Hongaresa participou com “Umbral” no XIII Festival Internacional de Arte de Cali, na Colômbia, com excelente recepção.
UMBRAL” é constituído por cinco histórias em cinco espaços urbanos, entre privados e públicos, entre nocturnos e diurnos: um portal, um estúdio fotográfico, uma passadeira, um apartamento e o escritório de um matadouro. O que cria a unidade destes cinco quadros é o conceito de “umbral”, sobre tudo no que se refere ao que se produz na comunicação. Mas o “umbral” mais constante é o que se estabelece entre o trabalho e os sentimentos, em especial os amorosos, por ausência de um deles ou de ambos. Cada uma das cinco histórias apresenta um par que não pode – nalguns casos não quer – assumir uma relação amorosa, porque recusam a ideia de transpor o pequeno espaço que os separa.

A Companhia Hongaresa de Teatre ganhou recentemente o Premio Abril para a melhor empresa produtora, prémios que foram criados este ano, sendo os galardoados votados pelos profissionais de teatro.

A próxima actuação de “Umbral” será em Alboraia.(18 de Janeiro)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

40 tipos de vodka em Vigo


Nos dias 23, 24 e 25 de Novembro, Provisional Danza com a sua directora Carmen Werner à frente do elenco, apresenta no TEATRO ENSALLE, em Vigo, no encerramento do Catropezas 07, o espectáculo "40 tipos de vodka". Será a estreia na Galiza, depois da digressão na América, desta nova proposta da coreógrafa madrilena.

Fala-se, em "40 tipos de vodka", de escapar à ansiedade mediante a procura do prazer. Fala-se da fragilidade das pessoas perante o sistema. Fala-se de cair na dinâmica da inércia. Fala-se de fazer o que aprouver a cada um e fazer coisas sem saber porquê. Fuma-se, bebe-se, dança-se, canta-se, reza-se, fode-se… e também se fala.

“Agrada-me ultrapasar todas as regras. Deleito-me compartilhando a ejaculação. Chegar ao limite por prazer, pelo prazer chegar ao limite. Tenho medo que seja a última vez.” Carmen Werner.

A mais recente visita de Carmen Werner ao Teatro Ensalle teve lugar em Março deste ano, quando apresentou com Vicky P. Miranda o duo "Te voy a echar de menos", co-produção do Teatro Ensalle e Provisional Danza. Anteriormente tinha estado no Festival Catropezas 06, onde estreou o solo "Bajo la campana del vacío", participou na noite de improvisação dentro do programa especial Seis Cordas e apresentou o espectáculo "Matar el 9". Em Março de 2006 apresentou seis espectáculos e dirigiu uma oficina intensiva de dança. Um ano antes, Carmen Werner com o espectáculo "Pie Izquierdo" encerrou o Isto Ferve 05, com Ana Vallés, directora de Matarile Teatro.

Carmen Werner naceu em Madrid. Licenciada em Educação Física pela Universidade Politécnica de Madrid, estuda Dança Clássica e Contemporânea em Madrid, Barcelona e Londres. Cria a sua própria companhia: Provisional Danza. Recebe o Prémio de Cultura na Secção de Dança dla Comunidade de Madrid 2000. Terceiro Prémio Internacional de Dança Onassis 2001. Alexander S. Onassis Public Benefit Foundation. Premio Mención do XIII Festival de Cinema de Girona para o vídeo em formato cinema "La noche, marejada de un cuerpo" 2001. Carmen Werner foi nomeada para os Premios Max das artes cénicas 2006 na categoria de Melhor intérprete feminina de dança.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Danilo de Alencar distinguido no Brasil

Acaba de ser anunciado pelo Grupo de Teatro Artes & Fatos que Danilo de Alencar conquistou a Medalha Tiokô Otávio Arantes, da Secção de Goiás da União Brasileira de Escritores (UBE-GO), como “personalidade que mais se destacou na categoria Teatro”. O prémio será entregue em sessão solene a realizar-se no dia 22 de Novembro, no auditório Augusto da Paixão Fleury Curado, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, pela escritora Maria Luisa Ribeiro.

Na sexta edição do Festival Internacional Goiânia em Cena, iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, encerrado recentemente, o jornal “O Popular” destacou o trabalho de Danilo Alencar como uma das atracções entre os grupos de Goiânia, com a peça “Balada de um Palhaço”, conquistando prémios com o texto de Plínio Marcos.

Esta distinção surge na sequencia de outras já conseguidas pelo grupo goiano noutros estados. O Grupo de Teatro Arte & Fatos, recebeu quatro prémios durante o 2º Festival Nacional de Teatro Elizabeth Savala, de Juiz de Fora, Minas Gerais. O festival realizado em Setembro rendeu os prémios de Melhor Espectáculo – Júri Popular; Melhor Direcção, para Danilo Alencar; Melhor Actor, para Edson de Oliveira; e Melhor Cenário, para Paulinho Pessoa. Nessa altura, Danilo Alencar afirmou que o prémio foi uma surpresa e, emocionado, lembrou como o grupo foi bem recebido pelo público do festival.

Danilo de Alencar é Coordenador do Grupo de Teatro Artes & Fatos, da Coordenação de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil da Universidade Católica de Goiás, no Brasil.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

MIT Valongo - Mostra Internacional


Paralelamente ao projecto de criação, o ENTREtanto TEATRO organiza anualmente, desde 1998, o ENTREtanto MIT Valongo - Mostra Internacional de Teatro. No festival já participaram diversas companhias de diferentes proveniências (Brasil, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Suiça, Cabo Verde, Itália, Bélgica, Moçambique, Holanda, Guiné Bissau e República Checa).

A 10ª edição da mostra decorre entre os dias 13 e 24 de Novembro.

Uma homenagem ao actor António Reis marca o arranque da 10.ª edição que inclui teatro, a exibição de um vídeo e a inauguração de uma exposição evocativa da carreira do actor e director da companhia Seiva Trupe.

A homenagem e toda a mostra decorrem no Fórum Cultural de Ermesinde. A homenagem inclui a representação da peça de teatro "Yepeto - a dor de uma paixão", pela Seiva Trupe, a exibição do vídeo/documentário "António Reis, o actor" e a inauguração da exposição "António Reis uma vida no teatro", que ficará patente até ao fim do festival.

No segundo dia de programação do MIT será apresentada a peça do “Aullidos” pelo grupo espanhol Teatro Corsário, que se tem apresentado diversas vezes em Portugal, sempre com sucesso, nomeadamente no FITEI, e que apresenta desta feita um espectáculo de formas animadas com forte componente fantástica e plástica.

A programação completa pode ser consultada em http://www.entretantoteatro.pt/_site/04_01.php

O MIT é organizado pela ENTREtanto Teatro, associação cultural que iniciou a sua actividade em 1994 e que, desde 1996, tem sede em Valongo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Cidade da Maia na Interlocal


A INTERLOCAL tem um novo membro em Portugal. Depois da cidade de Almada, acaba de ser anunciada a entrada da cidade da Maia para esta Rede, que conta já com a participação de 59 cidades.


A INTERLOCAL nasceu da necessidade de organizar uma rede iberoamericana de cidades para a cultura e foi promovida no ano 2000, pela Diputación Provincial de Barcelona e pela Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, Ciência e Cultura.


Foi também divulgado o programa do III Foro Interlocal que terá lugar na cidade de Escazú (Costa Rica), entre os dias 26 e 29 de Novembro.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

OBSCENA #07 já está disponível


O que é a identidade cultural europeia? Robert Rauschenberg
Pré-publicação: Fundação Calouste Gulbenkian 50 anos 1956-2006
Claude Régy DocLisboa 2007 Carta branca a João Leonardo Rodrigo García
Yvonne Rainer e Trisha Brown em diálogo DBM – Danse Basin Mediterrannée
Eszter Salamon Indústrias Criativas

www.revistaobscena.com

O regresso da OBSCENA #07 [http://revistaobscena.com/], lançada no passado dia 1 de Novembro, prossegue com a reflexão em torno da identidade cultural europeia, depois do anterior número da revista ter sido dedicado às políticas culturais europeias, aproveitando os últimos meses da Presidência Portuguesa da União Europeia. Nesta edição, a OBSCENA convidou um painel de agentes culturais de diversos Estados-membros a reflectirem sobre aquilo que entendem por identidade nacional e identidade europeia. Na primeira parte deste dossier especial foram recolhidas as opiniões de onze países: Alemanha, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Eslovénia Grécia, Holanda, Hungria, Roménia e Suécia em textos assinados por críticos, encenadores, artistas plásticos, comissários, jornalistas e investigadores.

A edição de Novembro propõe ainda uma reflexão sobre o futuro da cultura na sociedade contemporânea através de um ensaio que põe em discussão o papel que as indústrias criativas têm vindo a desempenhar na definição do acesso aos bens culturais. Em Novembro está publicado a primeira parte deste ensaio, deixando para Dezembro a apresentação de casos práticos, mês em que também encerra o dossier dedicado à Europa cultural.

A OBSCENA #7 traz-lhe ainda, em primeira mão, a pré-publicação do livro comemorativo dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, num longo percurso, assinado por António Pinto Ribeiro, através da implicação da FCG na história cultural do país.

Esta edição marca também o início da abertura da revista à divulgação de outras disciplinas artísticas que ocupam um lugar na construção de um discurso sobre a criação performática. A exposição que Serralves dedica a Robert Rauschenberg e a recente edição do DocLisboa são temas em destaque, num número que traz uma carta branca de João Leonardo, Prémio EDP Novos Artistas 2005.

Outros destaques da OBSCENA #07 vão para as entrevistas com os encenadores Claude Régy e Rodrigo Garcia, que se apresentam este mês em Paris, no âmbito do 36º Festival d’Automne e na publicação de um diálogo entre as coreógrafas Trisha Brown e Yvonne Rainer a propósito do seu trabalho, de Rauschenberg e do modo como concebem a criação em dança.

Para além disso, são publicadas as habituais colunas de opinião de André Dourado, Eugénia Vasques e Mónica Guerreiro, o cartoon do Bandeira, críticas, recensões e 150 páginas de muita informação que vão continuar a sair até 15 de Dezembro, data em que sai a última OBSCENA de 2007.

O site da OBSCENA mudou, sendo que agora é necessário um novo registo para quem quiser assinar a revista.

Curso de Artes da Performance

A Fundação Gulbenkian anuncia a realização de um curso de natureza teórica e prática com vista à concepção e à produção de obras artísticas multidisciplinares, criadas em colaboração e utilizando os novos media interactivos, destinadas a serem apresentadas num contexto performativo.

Decorrerá de 16 de Junho a 23 de Agosto de 2008.

Os docentes do programa de pós-graduação em Artes Performativas e dos Media Interactivos/Performing and Interactive Media Arts, do Brooklyn College da City University de Nova Iorque, vão proporcionar um curso intensivo de dez semanas nas áreas da performance, colaboração interdisciplinar e media tecnológicos interactivos. O curso é uma versão condensada do primeiro semestre de estudos daquele programa.

Doze artistas, de diferentes áreas, vão associar-se activamente com o objectivo de executarem vários trabalhos semanais, no domínio das artes performativas, com vista à realização final de dois espectáculos. O estudo da história e da teoria da improvisação, da performance e da colaboração em artes da performance também será um componente importante deste curso. O software a utilizar será o Max/MSP/Jitter.

O curso é composto por dois módulos, de aulas teóricas e de actividades supervisionadas em estúdio, com a duração de quatro semanas cada, separados por um intervalo de duas semanas, durante as quais os participantes, organizados em grupos, irão desenvolver trabalho em regime independente.

As candidaturas estão abertas até 11 de Dezembro de 2007.

domingo, 11 de novembro de 2007

Teatro El Convento (Buenos Aires - Argentina)


Mais uma vez a companhia Teatro El Convento (Buenos Aires - Argentina) foi convidada a participar num festival internacional.

Desta vez foi a comissão organizadora do VII Festival Internacional UPA Al Teatro 2008, que seleccionou o trabalho Macbeth de W. Shakespeare. Este festival realiza-se na cidade de Iquique, Chile, entre 14 e 20 de Janeiro de 2008.

O Teatro El Convento faz, com este Macbeth de William Shakespeare, a terceira aproximação à poética do autor, à sua concepção da condição humana, tão profunda como caótica, tão provocatória e desmesurada como a própria vida.

Segundo a companhia “a 400 anos da sua criação é uma de suas grandes tragédias e a que hoje desafia com mais força a imaginação da companhia. Os seus acontecimentos estão perigosamente próximos da nossa realidade; se não como uma possibilidade absoluta, pelo menos como um espelho que nos devolve um passado demasiado presente para cicatrizar. A companhia pôs em cena Macbeth porque é um notável exercício para a nossa memória: impossível não reconhecer nesse monstro insaciável as espantosas experiências que deambulam na nossa história”.

Autor: William Shakespeare

Adaptação: Martín Barreiro

Intérpretes: Martín Barreiro, Gabriela Caponetto, Lilia Cruz, Carlos Delger, Mimí Ferraro, Fernando López, Diego Verni

Direcção e encenação: Martín Barreiro

sábado, 10 de novembro de 2007

Revista ADE TEATRO de Outubro


Já está em distribuição e venda o número de Outubro da Revista ADE TEATRO, edição dedicada em grande parte à celebração dos vinte e cinco anos de existência da “Asociación de Directores de Escena de España”. Para além de inúmeras saudações pelo quarto de século, este número da ADE TEATRO apresenta um conjunto de artigos sobre a história e significado da associação, as origens, o percurso, pensamento e acção. Desde Junho de 1982, data da sua fundação, a Associação organizou oito Congressos nacionais e numerosos Encontros, Mesas redondas e Seminários de carácter organizativo e formativo, acções largamente documentadas nesta revista.

A Revista ADE TEATRO, é uma publicação periódica de carácter trimestral, dedicada à análise e à informação da actividade cénica em Espanha. A revista publica em todos os seus números um texto teatral, geralmente contemporâneo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A Caminho do Resto do Mundo, estreia do filme de Pedro Maia


Novembro é o mês de estreia do filme A Caminho do Resto do Mundo de Pedro Maia.

A Caminho do Resto do Mundo é um filme/documentário que resulta do cruzamento entre o registo do espectáculo O Resto do Mundo e de um workshop realizado na Fundação de Serralves com 8 jovens dos bairros de S.João de Deus, Lagarteiro e Cerco do Porto, onde os participantes foram desafiados a filmarem, em Super 8, a sua visão pessoal do bairro a que pertencem.

No dia 9 de Novembro é apresentado na Biblioteca Almeida Garrett às 14h30, no âmbito do ciclo Olhares sobre a Cidade, e no dia 30 de Novembro é apresentado no Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã às 21h30 (apresentação que coincide com o encerramento da semana Porta Aberta do Programa Escolhas e está incluída na programação do Pular a Cerca II).

O espectáculo O Resto do Mundo estreou a 25 de Maio de 2007 no XXX FITEI

Mais informações disponíveis em:

Visões Úteis
mail@visoesuteis.pt
www.visoesuteis.pt
Rua do Bolhão, 65 - 6º
4000-112 Porto PORTUGAL

“DON JUAN” no Ágora de S. Paulo


Está marcada para o dia 9 de Novembro, às 21h, a estreia do espectáculo “DON JUAN de MOLIÈRE”, no Ágora Teatro, em S. Paulo (Rua Rui Barbosa, 672 - Bela Vista – São Paulo).

O Ágora Teatro é uma estrutura coordenada por Roberto Lage e Sylvia Moreira que tem como missão oferecer à cidade de São Paulo um espaço que provoque, através de diversas actividades sempre relacionadas ao teatro, a reflexão e a produção de novos sentidos para os temas contemporâneos que envolvem o próprio teatro, a cidade e a cultura contemporânea.

O espectáculo é uma adaptação realizada por Celso Frateschi do texto de Molière (1622-1673). Trata-se de uma comédia dirigida por Roberto Lage, onde as conquistas amorosas de um sedutor amoral interpretado por Jairo Mattos revelam um profundo estudo sobre a hipocrisia. O vício da moda que se transforma em virtude. De acordo com os realizadores, o espectáculo “Don Juan de Molière”, propõe o desejo como motor vital e o riso revelador de nossas vicissitudes, como estratégia do prazer estético, aguçado pelo cuidado artístico dos figurinos de Sylvia Moreira e Geraldo Lima. As roupas recebem aplicação de tecidos ilustrados com figuras sexuais, todas criadas especialmente para a peça pela artista gaúcha Ângela Alegria.

O tempo transformou Don Juan em adjectivo qualificativo no mundo contemporâneo. Esta montagem, dentro das propostas do Ágora Teatro, quer atingir a preciosidade da sua menor grandeza: torná-lo novamente substantivo concreto para que possa ser apreciado em sua melhor dimensão. A Arte é uma forma elevada de conhecimento e prazer e Don Juan é o clássico que confirma a tese.

Tirso de Molina, Moliere, Corneille, Goldoni. Gluck, Mozart, Pushikin, Baudelaire, Shaw, Brecht, Saramago e muitos outros mestres já visitaram o mito de Don Juan e dele extraíram inspiração para suas obras que dialogaram com épocas e conjunturas muito diferentes entre si. De alguma forma o mito sobrevive e se renova sempre. O Ágora Teatro se inspira nos mestres para mais uma vez colocar em pauta as provocações de Don Juan.

ELENCO:

Jairo Mattos - Don Juan
Angelo Brandini - Sganarello
Bete Correia – Maturina
Cinthya Chaves – D. Elvira
Christiane Galvan – Charlotte, Violeta
Marina Bianco – La Ramee
Arô Ribeiro – Mendigo, Sr. Dimanche, Comendador
Hermes Baroli – Pierrot, Don Carlos
Luiz Eduardo Frin – Don Alonso, Don Luis

FICHA TÉCNICA:

ADAPTAÇÃO: Celso Frateschi
DIRECÇÃO: Roberto Lage
CENÁRIOS: Sylvia Moreira
FIGURINOS: Geraldo Lima e Sylvia Moreira
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: André Toledo Piza
LUZ: Roberto Lage
TRILHA SONORA: Maestro Marcello Amalfi
FOTOS: João Caldas
PROGRAMAÇÃO VISUAL: Luiza Ollé e Pedro Becker
ADEREÇOS: Luis Rossi
ARTE NO FIGURINO: Angela Alegria
FOTO DO PROGRAMA: Gaspar Delgado
COMUNICAÇÃO: Maria Cultura
REALIZAÇÃO: Ágora Teatro.

A peça fica em cartaz até ao dia 23 de Dezembro.

Roberto Lage, que já assinou diversas encenações em Portugal, e Celso Frateschi foram os autores da mensagem ao FITEI 2006.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Outono de feiras e festivais em Espanha


Uma leitura das revistas de artes cénicas ou uma consulta às agendas culturais espanholas, dá uma ideia da quantidade de feiras e festivais de teatro que acontecem neste Outono um pouco por toda a Espanha.

Ainda que as feiras, as mostras e os festivais tenham lógicas de funcionamento e de programação diferentes, são cerca de trinta os eventos desta natureza programados desde meados de Setembro até aos finais de Novembro.

O Festival de Outono de Madrid, que decorre na capital Espanhola até 18 de Novembro, aparece com algum destaque, mercê do entusiasmo com a sua programação foi recebida.

Mas a lista dos festivais generalistas ou temáticos e das feiras inclui, entre outros:
Festival Les Translatines, em Baiona e Biarritz, onde o grupo brasileiro XIX de Teatro apresentou “Hysteria” (esteve no FITEI 2004)
XXII Festival Iberoamericano de Cádiz
XXVIII Festival de Teatro de Santurtzi
XXXII Festival Internacional de Teatro de Vitória-Gasteiz
II Festival Alter-Arte de Múrcia
XXII Festival Internacional Madrid-Sur
XXII Festival Medieval de Elx
Temporada Alta – Festival de Catalunya
VII Festival Internacional de Teatro Contemporáneo de Almagro
XI Festival Cuento de Buen Humor (Madrid)
Festival Internacional de Mimo y Teatro Gestual de Réus
XXX Festival Internacional de Teatro y Danza Contemporáneos de Badajoz
Bilbao Antzerkia Dantza
Danza Gijón 2007
VIII Dantzaldia de Bilbao
III Mostra de Danza y Teatro Contemporáneo de Sevilla
Mostra de Teatro de Autores Contemporâneos (Alicante)
eBent – Festival Internacional de Performance em Barcelona
BAC! 07 VIII Festival Internacional de Arte Contemporáneo (Barcelona)
10ª Mediterrania – Fira d’Espectales d’Arrel Tradicional de Manresa
XV Feira Galega de Artes Escénicas
XXI Feria de Teatro e Danza de Huesca
XII Fira de Teatro de Menacor
VIII Festival de las Artes Enclave de Calle de Burgos
La Mercè Arts de Carrer de Barcelona
Escena Poblenou – VI Festival de Tardor
III Ciclo de Teatro Fisico Danza y Perfomance (Barcelona)
VII Festival de Pequeño Teatro (Valencia)
XII Galicreques – Festival Internacional de Títeres (Santiago)
III Festival Internacional de Titeres de Gant
XXVI Festival Internacional de Títeres de Bilbao
Titirijai 2007 XXV Festival de Títeres de Tolosa
El Pilar de Zaragoza
XXV Jornadas de Teatro de Getxo
XXIII Mostra de Teatro Jovem de Irun

Esta quantidade de eventos aparece na comunicação social de Espanha com maior ou menor destaque e tem tido, por parte da crítica e da imprensa especializada, reacções diversas: enquanto, por exemplo, Gil Zamora na revista Artez manifesta o seu entusiasmo por esta profusão, outros manifestam algumas reservas, considerando a necessidade de manter a qualidade dos trabalhos e a resposta dos mercados, principalmente em relação ao número de feiras que se realizam.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Duas estreias da ESCOLA DE MULHERES



A Companhia ESCOLA DE MULHERES - OFICINA DE TEATRO estreia nos primeiros dias de Novembro duas novas produções: SONATA DE OUTONO e DENTADAS, respectivamente no Teatro S. Luis e no Teatro da Comuna, em Lisboa.




SONATA DE OUTONO


O instinto maternal é uma mentira ou Sonata de Outono. Mãe e filha encontram-se depois de sete anos de separação. A mãe, Charlotte, é uma pianista mundialmente famosa, já sexagenária e ainda no auge da sua carreira. Uma mulher capaz de interpretar as mais delicadas composições de Chopin ou Beethoven, mas sempre incompetente ao tentar interpretar a própria filha, Eva. A Eva nenhuma palavra ou gesto lhe passou despercebida ao longo da sua vida, especialmente se estas palavras e gestos vieram da mãe. Considera-se "filha de uma mãe que nunca fica frustrada, decepcionada ou infeliz", definição que, mesmo irónica, a marcou para sempre, uma vez que Charlotte lhe impôs doses equivocadas de felicidade e segurança. Casada com Viktor, um pastor protestante passivo e observador, ela vê o marido como um amigo, sendo, como é, incapaz de acreditar no amor. Helena, a irmã mais nova, sofre de uma doença degenerativa, o que afastou sempre de si a mãe. Neste regresso, Charlotte é obrigada a confrontar-se com o facto de as duas irmãs viverem juntas. Bergman destrói a convenção das relações afectuosas entre mães e filhas. A dor é a personagem central deste huis-clos que nos sufoca pela sua dureza.

de 2 a 25 de Novembro na SALA PRINCIPAL DO TEATRO MUNICIPAL SÃO LUÍZ

Interpretação Ana Bustorff, Fernanda Lapa, Virgílio Castelo e Marta Lapa
Texto: Ingmar Bergman
Tradução: Fernanda Lapa e Jonas Omberg
Encenação: Fernanda Lapa e Cucha Carvalheiro
Cenografia e Figurinos: António Lagarto
Desenho de Luz: Mário Bessa
Selecção Musical: Nuno Vieira de Almeida
Elocução: Luis Madureira
Co-produção: SLTM / Escola de Mulheres, Oficina de Teatro


DENTADAS

Bem-vindos ao nosso banquete! Servimos cinco deliciosos pratos, e no final fazemos a conta!
"A guerra é imparável" diz Mo, um homem do ocidente que luta ao lado dos guerrilheiros islâmicos.Vivemos num mundo em guerra. Milhões de refugiados deslocam-se diariamente à procura da paz. Os senhores da Guerra, os Deuses do Capital, enviam para a morte um número incontável de mulheres e crianças. A economia comanda o mundo. Até quando o permitiremos?

DENTADAS representa a última refeição num mundo destruído pela guerra, uma ementa de amor, morte e vingança. É um festim poético de estórias universais, um olhar sobre sobre um futuro cada vez mais tenebroso.

de 6 de Novembro a 2 de Dezembro na SALA DAS NOVAS TENDÊNCIAS DO TEATRO DA COMUNA

Com ALBANO JERÓNIMO, JOSÉ WALLENSTEIN, LEONOR SEIXAS, LUCINDA LOUREIRO e SÃO JOSÉ CORREIA
Texto: KAY ADSHEAD
Encenação: ISABEL MEDINA
Tradução: PEDRO CAVALEIRO
Dramaturgia: ISABEL MEDINA E ANA VAZ
Música: JOÃO BENGALA
Cenografia: ANA VAZ
Coreografia: MARTA LAPA
Figurinos: RAFAELA MAPRIL
Desenho de Luz: CLÁUDIA RODRIGUES
Fotografia: ARMANDA CLARO
Caracterização: SÓNIA SEABRA – Ciclos de Imagem
Produção Executiva: MANUELA JORGE
Assistência de Encenação e Operação de Luz: INÊS POMBO
Construção de Cenário: MANUEL VITÓRIA

domingo, 4 de novembro de 2007

"2666" produção dos Lliure em Barcelona


Três críticos literários chegam a Santa Teresa, no México, em busca de um eminente escritor que quase nunca era visto. Ali conheceram a história de mais de 700 mulheres assassinadas e desaparecidas durante os últimos anos na zona. É apenas um dos muitos argumentos desta obra monumental de Roberto Molaño, uma indagação nua e crua sobre a maldade humana que oscila entre o humor e o horror.

Adaptação de Alex Rigola e Pablo Ley que foi recebida com grande entusiasmo pela crítica durante o Festival de Barcelona Grec 2007.

Direcção Álex Rigola / Cenografia Max Glaenzel e Estel Cristià / Vestuário Berta Riera e Georgina Viñolo / Caracterização Mariona Trias / Iluminação Maria Domènech / Movimento Ferran Carvajal / Video David Vericat / Espaço sonoro Sila / Som Ramon Ciércoles / Colaboração video Pere Arquillué

Intérpretes Chantal Aimée / Andreu Benito / Cristina Brondo / Joan Carreras / Ferran Carvajal / Manuel Carlos Lillo / Julio Manrique / Alícia Pérez / Víctor Pi / Fèlix Pons / Alba Pujol


2666
Co-produção Teatre Lliure, Festival de Barcelona Grec 2007 e Teatro Cuyás del Cabildo de Gran Canaria

Teatre Lliure Montjuïc - Sala Fabià Puigserver
Barcelona
de 8 a 25 de Novembro

sábado, 3 de novembro de 2007

Artistas Unidos estreiam Disco Pigs


Foi em 1997, há dez anos, que Enda Walsh estreou Disco Pigs , uma das revelações mais marcantes de todo o Festival de Edimburgo. Uma história de amor e dependência escrita numa linguagem inventada e eloquente.
Eu gostava da peça , diz Enda Walsh, porque achava que era muito romântica. Mas toda a gente gostava porque achavam que era brutal.
Os Artistas Unidos estreiam finalmente em Portugal um dos mais penetrantes autores contemporâneos, o irlandês Enda Walsh. Disco Pigs é a sua primeira peça. O Artistas Unidos vão continuar com ele. Já para o ano que vem.

RUNT
Saiam da frente!! Por amor de Deus saiam da frente!
PIG
Grita a enfermeira gorda ca cara sebosa!
RUNT
As duas mães aos berros nas macas, os carrinhos vão disparados pela enfermaria. Saiam da frente, porra!

Enda Walsh, Disco Pigs

DISCO PIGS de Enda Walsh
Tradução Joana Frazão
Com Cecília Henriques e Pedro Carraca
Voz de Américo Silva
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos
Som André Pires e Dinis Neto
Direcção de Produção Andreia Bento e Pedro Carraca
Encenação Franzisca Aarflot assistida por Paulo Pinto
M 16
Na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul.
Av. D. Carlos I, nº 61 - 1º andar.
4ª a sábado às 21h30. Domingo às 17h.
No dia 15 de Novembro o Autor estará presente e falará com os espectadores no final. Entrada livre na medida dos lugares disponíveis.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Trama no Porto


Começa hoje, na cidade do Porto, a 2.ª edição da Trama – Festival de Artes Performativas.
Resultante de uma parceria entre a Fundação de Serralves, a Casa da Música, o brrr _Live Art, o Lado B e a Matéria Prima, este evento apresenta no fim de semana de 2, 3 e 4 de Novembro várias propostas nas áreas da música, da dança e da live art.

Pensado para a cidade em que se inscreve, a Trama constrói uma malha neste território, da Baixa à Boavista, passando pelo Castelo do Queijo, revelando - por vezes devolvendo - novas geografias aos públicos e criadores. Ocupando diferentes espaços – do auditório à sala de estar, do hotel à loja, da praça ao bar e ao parque de estacionamento – a Trama transforma a forma como são percebidos na sua dimensão pública. Instaura a rua como possível palco para a experiência e explora as suas potencialidades performativas e experimentais.Introspectiva, mas também festiva, a Trama vive de dia e de noite. Pela noite de sexta-feira, a Festa acontece simultaneamente em três espaços culturais de uma mesma rua, ligados à noite do Porto. No sábado o Tramming, na Casa da Música, toma o lugar do habitual Clubbing.

As propostas – diversificadas nos seus suportes, protocolos, durações e intenções – questionam o formato e a prática convencional do espectáculo, confrontando-nos com a dúvida, a hesitação, as perguntas dos próprios criadores. A Trama propõe práticas artísticas onde a performatividade se entende actual, actuante e reveladora de imaginários, perspectivas e pensamentos encarados/apresentados numa dimensão aberta e reflexiva.

Mais informações e programa completo em myspace.com/festivaltrama