quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ópera "Jeremias Fisher" no CCB


CCB inicia 2010 com ópera "Jeremias Fisher", adaptação portuguesa da peça de teatro "Jérémy Fisher", que se estreou em 2007, em França, com texto de Mohamed Rouabhi, música de Isabelle Aboulker e direcção de Michel Dieuaide.

Jeremias, o filho de pescadores que se transforma em peixe, é o protagonista da ópera contemporânea "Jeremias Fisher", metáfora sobre o crescimento, que o Centro Cultural de Belém (CCB) estreia sexta-feira, em Lisboa.


No palco do pequeno auditório do CCB estarão 16 crianças do Coro Infantil da Companhia de Ópera do Castelo, o quarteto de cordas ArtZen e os intérpretes Luís Rodrigues, autor da adaptação, Armando Possante, Pedro Frias e Catarina Molder, que assina a direcção artística.

"Jeremias Fisher" conta a história de um menino, nascido numa família de pescadores, que, à medida que cresce, se vai transformando num peixe, até ao grande dia em que decide ir viver para o Oceano.

JEREMIAS FISHER - A HISTÓRIA DO MENINO PEIXE, no Centro Cultural de Belém, Pequeno Auditório, estreia dia 1 de Janeiro de 2010, às 19h; dias 2 e 3 também às 19h e dia 4 às 15h. Em Abril estará no Teatro Carlos Alberto, no Porto.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Início do ciclo Solos


O ciclo Solos programado pelo Teatro Nacional São João, com apresentação de 5 espectáculo no TeCA (até 7 de Fevereiro), inicia-se com Dois Homens, de José Maria Vieira Mendes, com encenação de Carlos Pimenta e interpretação de Ivo Alexandre.


Já completou dez anos, a primeira peça do dramaturgo que em Junho de 2007 aqui estreou o seu O Avarento ou A Última Festa (Teatro Praga/TNSJ). Colagem de excertos de contos, diários, cartas e romances inacabados de Kafka – o essencial descritor do indivíduo encerrado num mundo de burocracia e alienação –, Dois Homens lança-nos num vórtice de memórias autobiográficas e obsessões, como a culpa e o pesadelo da perseguição. Nova produção do monólogo nervoso que valeu a José Maria Vieira Mendes os Prémios Acarte (Fundação Calouste Gulbenkian) e Ribeiro da Fonte (Ministério da Cultura), esta criação encenada por Carlos Pimenta conta com a interpretação de um valoroso actor, Ivo Alexandre, que no TNSJ protagonizou O Café, de Goldoni, encenado por Giorgio Barberio Corsetti (2007), e integrou o elenco de vários espectáculos de Ricardo Pais e Nuno Carinhas. - in website TNSJ

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Centro Dramático de Évora estreia O FIM


O Fim – História Dramática em dois quadros, de António Patrício (1878-1930), é um clássico da Literatura Portuguesa Dramática do séc. XX, publicado em 1909, um ano antes da queda da monarquia. Nesta obra fortemente marcada pelos movimentos estéticos do Simbolismo e do Expressionismo, o autor constrói a fábula teatral a partir de dados oriundos da conturbada situação histórica e política do país, no quadro da Europa de então, criando uma fascinante galeria de personagens, de onde se destaca a enlouquecida Rainha Velha, inspirada na rainha-avó Maria Pia, que perdeu a razão depois do regicídio de 1908, onde morreram o filho (o rei D. Carlos) e o neto (o príncipe Luís Filipe).Trata-se de um poderoso retrato poético das angústias e utopias do Portugal de há cem anos, escrito por um grande estilista da nossa língua, dez anos mais velho do que Fernando Pessoa, e cuja obra este muito admirava. O Fim é uma espécie de laboratório teatral no qual o dramaturgo António Patrício prenuncia não só a extinção do regime monárquico em Portugal, de que assinalamos agora o centenário, mas também toda uma atmosfera de tragédia colectiva que parece ser premonitória dos conflitos bélicos que devastaram o mundo ao longo do século passado. Revisitar O Fim permite-nos por isso viajar para um tempo que nos antecedeu e compreender melhor, graças às potencialidades de sentido que são próprias do teatro, os rumos colectivos que nos trouxeram até aos dias de hoje, do ponto de vista nacional e global.

O Fim tem estreia marcada para 7 de Janeiro, no Teatro Garcia de Resende, em Évora. Versão dramaturgica de Armando Nascimento Rosa e Victor Zambujo e interpretação de Álvaro Corte Real, Jorge Baião, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"Pareja Abierta" volta a Sevilha


Depois da digressão em Espanha, o espectáculo "Pareja Abierta" de Producciones Imperdibles voltará ao Teatro Duque La Imperdible, em Sevilha, a partir de 15 de Janeiro.
Em "Pareja Abierta", as Producciones Imperdibles encenam uma sátira sobre a vida conjugal, da autoria de Dario Fo e Franca Rame. Escrita nos anos 80, é um texto ágil e divertido que toca o suposto "progressismo" da nossa sociedade, sobretudo quando se trata da igualdade da mulher na relação de casal, ou, olhando mais adiante, não só da mulher, mas de qualquer parelha.

"Pareja Abierta" é encenado por Jose Mª Roca e conta com interpretações de Belen Lario de Blas e Javier Castro.

domingo, 27 de dezembro de 2009

David Harrower encenado por Tiago Guedes


Tiago Guedes encena Blackbird, peça do dramaturgo David Harrower, um dos autores-revelação da escrita para teatro. A sua primeira peça, Knives in Hens, foi estreada em 1995 (numa encenação de Philip Howard) e rapidamente obteve sucesso nos mais importantes palcos europeus. Blackbird (2005) foi produzida para o Festival Internacional de Edimburgo, conhecendo outras apresentações um pouco por todo o país, em Londres e Kingston.


A estreia será no dia 14 de Janeiro, no Teatro Nacional D. MariaII, em Lisboa. Tradução e encenação TIAGO GUEDES, cenário e figurinos JOANA ROSA, desenho de luz NUNO MEIRA com MIGUEL GUILHERME, ISABEL ABREU, CONSTANÇA ROSADO, FILIPA REBELO e MARGARIDA LOPES.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ecos da Inquisição


©Cláudia Ferreira

No Teatro Justiça Federal, no Rio de Janeiro, até 7 de Fevereiro, é apresentado o espectáculo Ecos da Inquisição, texto de Miriam Halfim e encenação Moacir Chaves.
A história dos que foram perseguidos pelo tribunal do Santo Ofício durante a Inquisição, entre os séculos XV e XIX, em três momentos importantes: a prisão de acusados por denúncias de sodomia e bigamia, as prisões e a condenação ao desterro do Padre António Vieira, e a prisão do dramaturgo português António José da Silva.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Boas Festas


O FITEI Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, a sua direcção e colaboradores, desejam Boas Festas e um Feliz 2010.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Espectáculo de Madalena Vitorino na Artemrede


Espectáculo de arte comunitária, com dança e música ao vivo, VALE tem coreografia e direcção artística de Madalena Victorino e música de Carlos Bica, sendo interpretado por 7 artistas oriundos da dança e do teatro e por 6 músicos locais.

Com o VALE, criado em residência em Alcanena, Montijo, Santarém e Sobral de Monte Agraço, a Artemrede pretende dar um novo sentido à programação e, verdadeiramente, ouvir a respiração dos lugares, captar o odor dos caminhos, saborear as cores da vida, tocar a memória dos espaços e cruzar outros olhares.

Em cada local o espectáculo será único, dada a presença de cerca de 30 participantes escolhidos entre a população.

A itinerância contempla espectáculos em:

Alcanena | sáb 09 Jan 10 | 21H30

Cine-Teatro São Pedro

Alcanena | dom 10 Jan 10 | 16H00

Cine-Teatro São Pedro

Sobral de Monte Agraço | sáb 16 Jan 10 | 21H30

Cine-Teatro do Sobral de Monte Agraço

Sobral de Monte Agraço | dom 17 Jan 10 | 16H00

Cine-Teatro do Sobral de Monte Agraço

Torres Vedras | sáb 23 Jan 10 | 21H30

Teatro-Cine de Torres Vedras

Torres Vedras | dom 24 Jan 10 | 16H00

Teatro-Cine de Torres Vedras

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Contrapontos visuais em Santarém


Inaugurou em Santarém, no passado dia 8, a exposição Contrapontos Visuais, selecção de dois fotógrafos sobre as últimas três edições do Fetival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica. Especializados em fotografia de cena, Susana Neves e Pedro Sottomayor, têm registado inúmeros espectáculos e são os fotógrafos oficiais do FITEI. Esta exposição foi criada no âmbito de um acordo com o Centro Português de Fotografia e foi inaugurada durante o FITEI 2009. Esteve depois patente em Ciudad Rodrigo, durante o festival de teatro daquela cidade de Castilla y Léon. O Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, expõe agora Contrapontos Visuais, até 31 de Dezembro.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Prémios em Espanha


A companhia 'Pelmánec', da Catalunha, ganhou o Prémio do Melhor Espectáculo e o Prémio do Público no XII Certamen Nacional de Teatro 'Garnacha Rioja Haro 2009', pela obra “Don Juan. Memoria amarga de mí”.

Este espectáculo apresenta uma nova leitura do mito de Don Juan através de textos de Tirso, Zorrilla, Molière e Palau i Fabre. Miquel Gallardo com este trabalho obteve também o Prémio do Público no Festival de Teatro de Belo Horizonte, Brasil. Parte de um Don Juan na sua velhice, cuidado por um jovem frade a quem transmite muitas das suas reflexões sobre a vida. Uma encenação com marionetas manipuladas com grande elegância.

Para além deste prémio, o jurado outorgou uma menção especial à companhia Titzina pela representação da obra 'Éxitus'

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Temporada Alta com 50.265 espectadores


O Festival Temporada Alta-Festival de Tardor de Catalunya, que se realiza em Girona, consolidou-se como um dos grandes festivais de Espanha. Segundo a crítica, a edição deste ano foi a melhor das 18 realizadas até agora naquela cidade da Catalunha.

O seu director artístico, Salvador Sunyer, informou que Temporada Alta, que terminou no passado dia 11 de Dezembro, teve a participação de 50.265 espectadores, com uma taxa de ocupação média de 90,66%. O Festival Temporada Alta decorre durante mais de dois meses, entre 1 de Outubro e 11 de Dezembro. Apresentou 74 espectáculos, com 30 propostas internacionais e 30 estreias absolutas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma visita inoportuna


A partir de 14 de Janeiro e até 7 de Fevereiro de 2010, com tradução Jorge Pereirinha Pires e com interpretação de André Gomes, Diogo Dória, João Farraia, José Martins, Laurinda Chiungue e Maria Frade, o Teatro Municipal de Almada apresenta "Uma visita inoportuna", de Copi.

Num ambiente improvável - o quarto de hospital onde Cirilo morre de Sida -, assiste-se a um desfile de personagens bizarras. É o aniversário de Cirilo e o seu amigo Humberto – velho dandy de uma elegância arcaica - resolve ir vê-lo, facto ampliado numa sequência felliniana de visitas exóticas: um jovem e tímido jornalista; uma diva operática italiana, engasgada com um osso de galinha; um lascivo professor de medicina e a sua amante; uma enfermeira drogada e histericamente assassina. O humor negro do dramaturgo e encenador argentino Copi - nasceu em 1939, morrendo de Sida em 1987 - conduz esta desvairada companhia a uma carnavalesca morte colectiva, dissimulando num final típico do Ultra-Romantismo a dor lancinante do fim inevitável.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Prémio para o Festival de Olite


A edição de 2009 do Festival de Teatro Clássico de Olite recebeu o PREMIO TARASCA concedido pela ADE, associação dos encenadores de Espanha.

Segundo comunicado da organização do festival, este prémio constitui o reconhecimento pelo grande êxito desta edição, onde se concretizaram novos projectos e novas linhas temáticas.

Em 2009 o festival realizou-se entre 17 de Julho e 1 de Agosto, em Olite, uma histórica cidade de Navarra. Tratou-se da décima edição.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O SOLO, de Clara Andermatt


O processo parte de um ponto central, a essência da personagem, o princípio onde tudo é novo e ainda por descobrir; um ser atirado para uma viagem. Ela encontra-se numa espiral de tempo fragmentado, à procura, num contínuo processo de crescimento e transformação. Através de obstáculos, confrontações, forças antagónicas de resistência e prazer, conflito e rendição, ela inicia um diálogo interior em busca de temperança e equilíbrio. E descobre a possibilidade de transformar a sua realidade, já que nunca está completa, à medida que evolui para o ciclo seguinte. - Alejandra Orozco

O SOLO, de Clara Andermatt
11 e 12 de Dezembro 2009, às 21h30
Grande Auditório Culturgest, Lisboa

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Banqueiro bilingue em cena no Trindade

O Banqueiro Anarquista’, está em cena no Teatro da Trindade, em Lisboa até dia 13 de Dezembro, projecto que nasceu de um sonho do actor e encenador Amândio Pinheiro, que em tempos de crise decidiu fazer um espectáculo que tivesse como temática o funcionamento da economia mundial. A surpresa chamou-se, depois, Fernando Pessoa e um texto originalmente escrito em 1922. O actor diz ter encontrado um texto visionário, onde o poeta antecipa o ‘crash’ de 29 e a queda do regime soviético. Depois de se deixar encantar pelo texto de Pessoa, Amândio Pinheiro decidiu pedir a Virginio Alberti – um brasileiro que vive em Itália há 20 anos – para encenar o espectáculo e desafiou uma actriz italiana, Laura Nardi, a acompanhá-lo em cena.

‘O Banqueiro Anarquista’, que fará uma curtíssima carreira no Trindade, em Lisboa, deverá posteriormente ser apresentado em Itália, resultado da colaboração de uma equipa internacional.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Novo texto de Gemma Rodríguez


No Teatro Helena Sá e Costa, o Visões Úteis estreia o espectáculo "O Anzol", no dia 11 de Dezembro de 2009, espectáculo que estará em cena até ao dia 13 de Dezembro.

Em "O Anzol" Gemma Rodríguez alia com mestria a amargura à comicidade, a fantasia poética à rude realidade, numa obra em que a tensão cresce minuto a minuto, em direcção a um desfecho que tem tanto de dramático como de banal. Nas palavras da própria autora, as três personagens "têm em comum as suas vidas fracassadas mas não perdem a esperança de apanhar o anzol da felicidade! Depois da produção de “Mal Vistos" em 2006, "O Anzol" é a segunda incursão do Visões úteis na obra da dramaturga catalã Gemma Rodríguez.

domingo, 6 de dezembro de 2009

This is not a fucking Happening


This is not a fucking Happening, de Alexandre Lyra Leite, estreou no Grande Auditório do Ateneu Artístico Vilafranquense. This is not a fucking Happening é uma comédia absurda sobre o frágil equilíbrio que sustenta o mundo "civilizado". E se de repente o sistema entrasse em colapso? Qual seria o nosso papel no teatro do caos?

Interpretação de Afonso de Melo, Linda Valadas e Ulla Janatuinen.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Otelo no Teatro do Bolhão


O Teatro do Bolhão tem em cena OTELO, de WILLIAM SHAKESPEARE, numa encenação de KUNIAKI IDA.

“As nossas viagens ainda são as de Ulisses, os nossos trabalhos ainda são os de Hércules” diz George Steiner afirmando que só o regresso às origens - aos clássicos e à sua força canónica, permite o novo e alimenta a nossa necessidade permanente de originalidade.
Com a produção de Otelo, de W. Shakespeare, a ACE/Teatro do Bolhão regressa a uma das suas linhas nucleares de programação: a revisitação dos textos e dos autores mais emblemáticos da dramaturgia universal. O ciclo que propomos não é, evidentemente, literário mas teatral; no entanto constrói-se a partir de clássicos, essas raras obras que permanecem no Tempo, que nunca são esgotáveis, que cada geração tem necessidade de re-olhar e de tentar a sua leitura sempre incompleta. Pois, ao contrário da obra vulgar, o clássico não se deixa domesticar pela descodificação - “ o clássico é a obra significativa que nos lê”, diz Steiner de novo.
Neste sentido uma encenação de Shakespeare constitui, provavelmente, o desafio de reinterpretação mais paradigmático que poderemos encontrar no universo teatral já que continuamos a procurar, há mais de quatrocentos anos, através de réplicas e releituras das suas obras, um conhecimento mais profundo de nós mesmos. Ficamos tentados a acreditar, como Peter Acroyd, que “Shakespeare ainda é o limite até ao qual conseguimos ver”.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Encontro Internacional sobre Políticas de Intercâmbio


A Cena Lusófona – Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral, organiza o Encontro Internacional sobre Políticas de Intercâmbio, em Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo, entre 3 e 6 de Dezembro de 2009


O intercâmbio cultural entre os países de língua portuguesa tem sido objecto de várias resoluções oficiais, projectos de intervenção e iniciativas pontuais. Permanece, contudo, a sensação de que há muito por fazer na aproximação e no inter-conhecimento entre os agentes culturais dos diversos países e na capacidade de articular meios e vontades em nome deste interesse comum. Quando caminhamos para a celebração do 15º aniversário da CPLP (em 2011), e num momento em que vários dos oito palcos lusófonos (aos quais se junta, como parceiro privilegiado, a Galiza) estão a iniciar um novo ciclo político (Angola, Portugal, Guiné-Bissau e Moçambique), a Cena Lusófona promove um encontro entre responsáveis institucionais e agentes culturais, ciente do papel relevante que o teatro pode desempenhar também enquanto instrumento de promoção da língua portuguesa. Tal como a Cena Lusófona, várias outras estruturas e personalidades têm desenvolvido projectos nesta área ao longo dos últimos anos. Por razões várias, o diálogo regular entre elas (condição basilar para uma intervenção sustentada, capaz de produzir resultados duradouros) nem sempre tem sido possível. Por outro lado, subsiste um grande desconhecimento, por parte das instituições oficiais, do trabalho que tem sido feito no terreno, mesmo, por vezes, dentro dos próprios países de onde emanam os projectos. O objectivo deste encontro é contribuir para ultrapassar estes constrangimentos. Sem o carácter oficial das cimeiras de Estados, mas com a vantagem de juntar à mesma mesa responsáveis políticos, artistas e outros agentes com experiência no terreno, ele constitui uma oportunidade para que nos possamos ouvir mutuamente. A partir deste conhecimento reforçado, e num contexto de diálogo informal, acreditamos que é possível realizar uma verdadeira reunião de trabalho, centrada não nos grandes princípios e estratégias de actuação, mas nas possibilidades concretas de articulação que estão ao alcance de todos.
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in Apresentação do Encontro


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Quatro profissionais do teatro reuniram em livro reflexões sobre a sua experiência

«Quatro Ensaios à Boca de Cena», de Américo Rodrigues, Manuel Portela, Fernando Mora Ramos e José Luís Ferreira. Quatro testemunhos sobre o desenvolvimento das políticas culturais em Portugal. Com prefácio de José Gil. Edições Cotovia.

Quatro profissionais do teatro reuniram em livro reflexões sobre a sua experiência. Notícias de um descontentamento, notas a partir de um bloqueio cultural.

O que têm em comum um director de um teatro municipal do interior (falamos da Guarda); um ex-director de um teatro universitário, em Coimbra; o director artístico de uma companhia de teatro, nas Caldas da Rainha; e o director de um departamento de um teatro nacional, no Porto? Por outras palavras, o que têm em comum Américo Rodrigues, Manuel Portela, Fernando Mora Ramos e José Luís Ferreira?


O livro, agora apresentado ao público, tem uma informação desenvolvida no suplemento IPSILON, do jornal PÚBLICO.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nova encenação de João Grosso


O TNDM II apresenta Vulcão, uma das últimas obras para teatro do dramaturgo, poeta e romancista Abel Neves. Autor de textos para teatro como Amadis, Anákis, Touro, Medusa, Amo-te, Atlântico, Amor-Perfeito – um disparate em três actos, A caminho do oeste, Madressilva, Provavelmente uma Pessoa ou, mais recentemente, Querido Che, pelo Teatro Mundial, Abel Neves tem seis romances publicados, alguns textos para televisão, conto, poesia e ensaios (Algures entre a resposta e a interrogação, 2002).

Submissa quanto pode, e deve ser, Valdete vive os seus dias nas garras de um monstro, o seu marido Samuel. Antes de casar, sonhou com ele um amor feliz, mas depois o nascimento de um filho cego revela a natureza bizarra do seu homem. Obcecado com a ideia do extermínio, de acabar com os fracos, Samuel recolhe todos os cães que encontra e atira-os à morte, construindo perto da casa um poço semelhante ao dos antigos fojos de lobo. Uma noite, entrega o seu pequeno filho à máfia do tráfico de órgãos e, muito provavelmente também, à morte.
Prisioneira na sua própria casa, algemada, Valdete resiste ao martírio, à violação e, sempre na esperança de poder saber onde está o seu querido filho, aceita continuar a vida junto do homem que odeia. Até que ele, alcoolizado, sofre um ataque...

Vulcão, com CUSTÓDIA GALLEGO, tem encenação de JOÃO GROSSO e está em cena até 20 de Dezembro.


domingo, 29 de novembro de 2009

SUPER8, da Voadora, residência em Portugal

VOADORA regressou a Portugal, ao Novo Ciclo Teatro ACERT, para realizar uma residência artística com o seu musical sobre a memória, SUPER8, projecto em co-produção com o Centro Dramático Galego.

Se os primeiros amores, os primeiros beijos existem só porque nós os recordamos, e se essa é a sua única existência, então todo o vivido vem a ser um romance em fase contínua de correcção, um relato permanentemente reescrito…
O mundo não existiria sem a memoria, na verdade é só o que existe. Também o futuro não existe, o presente pasa a ser memória no momento seguinte e um dos grandes achados deste século é o papel transcendental da memoria na configuração da nossa vida.
A marca que deixa no inconsciente uma experiencia individual sob a forma memória, instala-se nosso hardware. Por isso se diz que estamos programados para ser únicos, e as nossas opções são o resultado não só da genética, mas também das marcas deixadas pela nossa propria experiência individual. A memoria, portanto, não é só un gigantesco armazém, mas um prodigioso disco duro, que nos dá uma identidade e nos torna absolutamente únicos.
Em SUPER8 questiona-se o papel da memória e dos seus mecanismos na nossa identidade. Teatro, música ao vivo e dança unem-se, num espectáculo onde os intérpretes se confrontam com a obsessão de recordar e a importância de esquecer.
SUPER8 é a segunda parte da triología Lugares Comuns- fracasso-memóriaparaíso.
O projecto investiga os espaços, reais e imaginários que partilhamos e como esses pontos de encontro influenciam a busca de identidade do indivíduo contemporâneo.

Estreia 2 de Dezembro, 21:45 h.


sábado, 28 de novembro de 2009

Exercício do Mestrado em Teatro no Teatro Bruto


cratera as crianças com segredo, de Valter Hugo Mãe, de 9 de Dezembro de 2009 até 12 de Dezembro, no Teatro Bruto, Fundação Escultor José Rodrigues, Fábrica Social, Porto.

Encenação, Cenografia e Figurinos: Ana Luena. Exercício do Mestrado em Teatro / especialização em Encenação da Escola Superior de Teatro e Cinema.

A mulher, como belo sexo, suporta também a condenação de o ser, suscitando os mais extremos desejos do homem, por vezes ao limite das coisas, ao limite da morte. O mundo persiste falocrático e a mulher prossegue como adorada e menosprezada ao mesmo tempo.
cratera, as crianças com segredos, propõe uma maneira mais difícil de ver uma mulher. Propõe que ela seja vista através de um homem, um actor que, nada disfarçando-se, é beatriz, a irmã de um estranho miguel que, na ausência dos pais, toma as rédeas da família que resta. miguel diz à irmã que os homens sempre olham para as mulheres como se estas estivessem nuas, e beatriz pensa que melhor seria se fosse também um homem para poder sair livremente à rua, sem perigo. Mas o perigo, aqui, vem de quem se espera cuidado, vem dessa louca e complexa componente do amor, a posse, que, degenerando, facilmente chega ao grotesco e ao desumano.


Esta mulher, que somos obrigados a ver através do corpo de um homem e, por isso, nos custa despir, é uma manifestação simples do desespero de se ser aprisionado por um desejo desequilibrado. É uma mulher no mundo de um homem, como se a existência, em si mesma, fosse domínio dos homens e a eles apenas devesse prestar contas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Damaturgia de Maria Adelaide Amaral em São Paulo


O Teatro Eva Herz recebe a primeira temporada da peça As Meninas, adaptação feita pela dramaturga Maria Adelaide Amaral a partir do romance homónimo de Lygia Fagundes Telles. Com direção de Yara Novaes, o espectáculo apresenta as actrizes convidadas Clarisse Abujamra (como Mãezinha) e Tuna Dwek (como Irmã Priscila), que contracenam com Clarissa Rockenbach (Lorena), Luciana Brites (Ana Clara), Silvia Lourenço (Lia) e Julio Machado (Max, Guga e M.N.).

"A obra de Lygia conta a história de três jovens que vivenciaram o drama da censura imposta pela ditadura militar no Brasil. Lorena lê Che Guevara e às vezes se desliga do real para a fantasia; Lia é uma garota subversiva, que tranca a matrícula na faculdade, pega a mochila e vai à luta pela causa da liberdade; e Ana Clara, a drogada Ana Turva, possui um segredo e fecha a gola do casaco para esconder o Coração de Jesus."

No Teatro Eva Herz, São Paulo até 13 de Dezembro.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estreia da nova peça "Cerrado por Aburrimiento” de Ana Vallés com participação da portuguesa Sofia Sarmento


Ana Vallés e o Matarile Teatro estreiam nos próximos dias 27 e 28 de Novembro a nova peça "Cerrado por Aburrimiento”, no Teatro Colón Caixa Galicia de A Coruña. A peça conta com a participação da jovem portuguesa Sofia Sarmento, seleccionada após a realização do workshop “O Vício de Olhar – uma aproximação ao processo de criação cénica”, realizado entre os dias 20 de Maio a 3 de Junho de 2008, no âmbito do 31º FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, no Porto.

O workshop “O Vício de Olhar”, orientado por Ana Vallés, foidirigido a alunos das escolas de teatro do Porto - Balleteatro, ESAP e ACE – e contou com duas apresentações públicas no decorrer da 31ª edição do Festival.


Ana Vallés nasceu em Ferrol, na Galiza, em 1959. É autora, directora de teatro e actriz, recebeu diversos prémios de encenação e interpretação. É co-fundadora do Matarile Teatro, Teatro Galán e do Festival Internacional de Danza em Pé de Pedra, de Santiago de Compostela.


Mais informações em matarileteatro.com

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estreia absoluta de Isabel Barros em Matosinhos


O Cine-Teatro Constantino Nery, Teatro Municipal, apresenta nos dias 26 e 27 de Novembro, em co-produção com o Ballet Teatro, a nova criação de Isabel Barros NA MINHA PAREDE ESCARLATE RETRATOS

Será um lugar de ficção onde a partir da ideia de auto-retrato se inscrevem imagens sucessivas que nunca se deixam fixar. Espécie de travelling pela paisagem memória. Num cenário branco, os "números" sucedem-se sem censura
.

Intérpretes Carlos Silva, Jaime C. Soares e Sónia Cunha
Cenografia Isabel Barros e Helena Medeiros
Música Jonathan Saldanha
Figurinos Helena Medeiros
Desenho de Luz Alexandre Vieira

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Avarento de Molière


Rogério de Carvalho encena pela primeira vez O AVARENTO, de Molière, a convite do Ensemble, no TeCA - Teatro Carlos Alberto, no Porto.

Na senda da revisitação cénica de clássicos da literatura dramática universal, o Ensemble recupera em boa hora este texto, numa altura em que o lamento “Deixo um legado de vergonha” do financeiro Bernard Madoff poderia ser partilhado por um Harpagão (nome cuja etimologia, não por acaso, remete para rapacidade) subitamente acometido pelo remorso. Mas a “actualidade” de Molière transcende em muito qualquer “actualidade” informativa. Com ele e com a sua galeria de personagens obsessivas, agarradas à loucura de dominar, angustiamo-nos e rimo-nos das permanências, das teimosias da História.

No TeCA, até 20 de Dezembro.

Interpretação de Jorge Pinto, Emília Silvestre, Clara Nogueira, Isabel Queirós, Pedro Galiza, Vânia Mendes, Miguel Eloy, António Parra, Júlio Maciel, Tiago Araújo e Ivo Luz Silva.

sábado, 21 de novembro de 2009

A Serpente, de Nelson Rodrigues


O espectáculo A Serpente, de Nelson Rodrigues, está em cena até 6 de Dezembro, no Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, Brasil, produção do Grupo Teatral Neelic (Núcleo de Experimentação da Linguagem Cênica), en cenada por Caco Coelho, que dirige pela primeira vez uma peça em Porto Alegre. Morando no mesmo apartamento com seus respectivos maridos, Lígia, sexualmente infeliz por depois de quase um ano de casada ainda ser virgem e Guida que empresta o seu marido Paulo para passar uma noite com ela. O triângulo amoroso está formado. A Serpente é um dos textos mais representados do dramaturgo Nelson Rodrigues.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Morreu Mário Barradas

Afirmou-se no Portugal pré e pós-revolucionário, tornando-se num pioneiro da descentralização através da Cultura. Mário Barradas, encenador e fundador do Centro Dramático de Évora (Cendrev), morreu ontem em casa, em Lisboa. Tinha 78 anos. O seu corpo vai estar em câmara-ardente no Palácio Galveias até à saída do funeral, hoje, às 15h, para o cemitério do Alto de S. João.

Foi aluno da Escola do Teatro Nacional de Estrasburgo, tornando-se num dos poucos portugueses, à época, a estudar teatro fora do país. Marcado pela estética do realismo e as teorias "brechtianas", chegou à direcção do Conservatório Nacional apontado por Madalena de Azeredo Perdigão durante as reformas educativas de Veiga Simão em finais da década de 1960. Um ano depois do 25 de Abril fundaria o Centro Cultural de Évora, antecessor do Cendrev, responsável, para além de inúmeras produções, pela recuperação e revitalização de um importante espólio de marionetas tradicionais do Alentejo (Bonecos de Santo Aleixo). Foi presidente da Associação Técnica e Artística de Descentralização Teatral durante a década de 1980 e e esteve ligado a diversos ministérios da Cultura, nomeadamente, no período de Manuel Maria Carrilho.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Novo projecto de Patrícia Portela

Entre os dias 20 e 22 de Novembro, às 16h00, no Museu do Chiado, em Lisboa, é apresentado Audiomenus2 - O Chiado de Acácio Nobre, projecto de Patrícia Portela e Christoph de Boeck, inserido Festival Temps d'Image.

Resolvemos fazer estes AudioMenus- o Chiado de Acácio Nobre – no ano, e mais precisamente no dia em que se celebram os 99 anos do seu manifesto, porque apesar do seu desejo de ser esquecido, faz todo o sentido, hoje, relembrar um homem tão importantíssimo para o desenvolvimento da arte em Portugal.


Tentando respeitar a sua vontade e ao mesmo tempo fazer tudo ao nosso alcance para a contrariar, decidimos homenagear Acácio Nobre reconstruindo alguns dos fragmentos do complexo e incompleto projecto urbanístico de Acácio Nobre para o Chiado, através da alteração da sua banda sonora.

Texto - Patrícia Portela / Acácio Nobre
Som – Christoph de Boeck

Voz – Tiago Rodrigues

Apoio à pesquisa – Isabel Garcez

Imagem e efeitos especiais – Irmã Lúcia efeitos especiais

Produção – Conceição Narciso

Com o apoio de Festival Temps d’Images/Museu do Chiado, Centro

Nacionalde Cultura e da Associação de Amigos de Acácio Nobre (AAAN)
Produtores associados – ZDB

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Começa hoje o MIT de Valongo


MIT 2009 ENTREtanto MIT Valongo – Mostra Internacional de Teatro, que inicia hoje a sua 12ª edição, presta homenagem a Simone de Oliveira,

Evento que marca toda a Mostra e que pretende contribuir para a aproximação das várias faixas etárias e segmentos de público ao projecto de uma vida no palco, à entrega, tantas vezes difícil, do profissional do espectáculo. Não podemos deixar de admirar quem abraçou, uma vida inteira, a responsabilidade de pertencer a uma convicção, levando ao palco um dom invulgar. É por tal reconhecimento e admiração que anualmente o MIT presta homenagem a uma personalidade desta área.
Uma carreira, entre outros méritos, marcada pelos prémios de interpretação, talento que impregna as actuações de Simone de Oliveira de dramaticidade e teatralidade. A forma como canta a paixão, a raiva e a revolta; o encanto, a força e as raízes que quase se tornam visíveis e que tal como uma árvore cravada à terra a parecem manter cravada ao palco, foram razões mais que muitas para esta homenagem.
Simone de Oliveira brinda-nos com a sua presença e a apresentação do espectáculo “Intimidades”. O ENTREtanto MIT Valongo inaugura “Simone de Oliveira…talento, vontade e querer” uma exposição de fotografias sobre a sua vida e carreira, que ficará patente durante toda a Mostra, e apresenta “Simone de Oliveira…O Palco” um documentário coordenado por Júnior Sampaio e realizado por Tiago Soares. - in Programa do MIT

Programação completa do MIT 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Breve Sumário da História de Deus


Na hora de eleger o seu primeiro texto enquanto Director Artístico do TNSJ, Nuno Carinhas opta por regressar a Gil Vicente, depois de em 2007 ter organizado a extroversão de Beiras. A escolha incide sobre um auto de forte pendor religioso, escassamente frequentado por leitores e encenadores: Breve Sumário da História de Deus. Estreado na corte de D. João III “na era do Senhor de 1527”, o auto propõe um especioso mosaico de passos das Sagradas Escrituras – da Queda do Homem à Ressurreição de Cristo – e possui uma densidade retórica que, cruzando a exaltação lírica e o impulso satírico, amplia as potencialidades de representação muito para lá do mero intuito doutrinal. Da adoração de Abel à “voz que clama no deserto” de João Baptista, passando pelas provações de Job ou pelas profecias de Isaías, Vicente promove um casting bíblico para contar (usemos, para efeitos promocionais, o título de um dos blockbusters de Hollywood) a maior história de todos os tempos. Também habitado por figuras malignas e pelas alegorias do Mundo, do Tempo e da Morte, Breve Sumário da História de Deus revela-nos, afinal, a misteriosa condição de criaturas cuja desesperada humanidade se redime na esperança de Deus. - in Web site TNSJ

Estreia 20 de Novembro, no Teatro Nacional São João.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Marquesa de O


No Bellas Artes, de Madrid, a actriz e encenadora Magüi Mira tem em cartaz LA MARQUESA DE O, espectáculo que estará em cena até 10 de Janeiro de 2010.

É uma adaptação de Emilio Hernández a partir do texto da novela La marquesa de O, o texto mais popular do romântico alemão Heinrich von Kleist, poeta, autor dramático e novelista do século XVIII. Para pôr em cena esta história sobre uma mulher inocente que é repudiada socialmente, Mira conta com os actores Amaia Salamanca, Josep Linuesa, Juanjo Otegui e Tina Sainz.

domingo, 15 de novembro de 2009

Curso no Teatro Universitário


O TUP Teatro Universitário do Porto organiza mais um curso de interpretação com início no dia 15 de Fevereiro de 2010. Os candidatos a participantes terão de fazer uma breve entrevista e um workshop.

As entrevistas serão entre 30 de Novembro e 4 de Dezembro na sede do TUP, na Travessa de Cedofeita, 65 - 4050 Porto, entre as 17:00 e as 20:00. Devem fazer a marcação para o endereço electrónico tupporto@gmail.com com o nome completo, idade, contacto telefónico e, no caso de serem alunos da Universidade do Porto, o curso que estão a frequentar.

O workshop, que serve igualmente de audição, tem lugar nos dias 5 e 6 de Dezembro.

O curso terá a duração aproximada de 12 semanas e contempla formação em técnicas de voz, movimento e interpretação e a produção de um espectáculo final. As aulas e posteriores ensaios serão de frequência diária, das 21:00 às 24:00.

sábado, 14 de novembro de 2009

Cal, de José Luís Peixoto, pelo Teatro da Terra

O Teatro da Terra, apoiando-se no universo singular de José Luís Peixoto, constroí um espectáculo onde o imaginário corresponde ao local onde esta estrutura se decidiu fixar.Nesta segunda produção o Teatro da Terra mergulhou nos sons, cheiros, silêncios e nos diversos mundos interiores do Alto Alentejo, sob a direcção de três criadores (Maria João Luís, Gonçalo Amorim e Gonçalo Luz) toda uma equipa de criativos e colaboradores se juntou num processo que pretende cruzar o universo contemplativo do filme com a crueza da cena.

CAL percorre três contos de José Luís Peixoto extraidos do livro homónimo ( "A velha Carlota", "A idade das mãos", "O homem que está sentado à porta"), escolhidos pela sua placidez aparente, carregada de uma tensão provocada pela espera, uma espera que também é a da morte, da tomada de consciência n’"A velha Carlota": "-Eu já não presto para nada." e sua possibilidade redentora: "-Não diga isso, … a gente gostamos muito de si." Pelo rejuvenescimento provocado pelo amor, e pela aceitação tranquila de que é tempo de deixar ir o corpo em "A idade das mãos". Pela incredulidade de que alguém alguma vez se poderia lembrar desta gente em "O homem que está sentado à porta", onde a literatura e a arte aparecem como um caminho possível para aproximar as pessoas.

CAL, de José Luís Peixoto ( a partir do livro homónimo), com Maria João Luís e Gonçalo Amorim, video de Gonçalo Luz e música de Baltazar Gallego com interpretação de Janita Salomé e Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor, estará em cena de 18 a 29 de Novembro, noCine-Teatro Municipal de Ponte de Sor.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Prémio para a Sala Cuarta Pared


A XVII MUESTRA DE TEATRO ESPAÑOL DE AUTORES CONTEMPORÁNEOS decidiu conceder o prémio honorífico “Palma de Alicante” da edição deste ano à SALA CUARTA PARED DE MADRID, pelo seu compromisso com a dramaturgia espanhola viva, através da contínua programação de autores espanhóis actuais, assim como a concretização, iniciada em 2008, do PROYECTO ESPACIO TEATRAL CONTEMPORÁNEO (ETC), aberto à investigação das diferentes linguagens desenvolvidas na actual cena contemporânea. ETC constitui um laboratório permanente onde, a partir da construção de uma dramaturgia viva, se articulam todos os elementos que confluem no espectáculo, pelo que o eixo da autoria ocupa um lugar fundamental.

Javier G. Yagüe, director da SALA CUARTA PARED, afirma que “com enorme alegria descobrimos que o conteúdo deste prémio reflecte fielmente o espírito e os objectivos do nosso projecto”.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Centro de Documentação do TNSJ


Inaugurou ontem o Centro de Documentação do Teatro Nacional São João. Situado numa das salas do Mosteiro de São Bento da Vitória, este novo espaço de consulta e pesquisa estará aberto ao público de segunda a sexta-feira, entre as 14h30 e as 18h.

O novo Centro de Documentação do TNSJ, para o qual o arquitecto Nuno Lacerda Lopes desenhou uma cenografia funcional, reúne um espólio com mais de quatro mil livros (teatro, dança, dicionários, enciclopédias…), cerca de mil números de publicações periódicas nacionais e internacionais, 150 exemplares de vídeos, mais de 300 dossiers fotográficos, 300 textos cénicos, entre muitos outros documentos.

Todo este material especializado que agora está disponível ao público em geral resulta de um longo trabalho de recolha e armazenamento iniciado no ano 2000. Desde 2001 que parte destes documentos (referências bibliográficas, fotografias, materiais promocionais, recortes de imprensa, gravações áudio e vídeo) estão disponíveis numa base de dados, o Cinfo – Centro de Informação alojado no sítio do TNSJ (www.tnsj.pt). Esta plataforma digital tem funcionado igualmente como biblioteca online.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Requiem em palco


Inspirado no "Requiem" de Mozart, a coreógrafa e bailarina espanhola Marta Carrasco criou o espectáculo "Dies Irae". Em palco, 15 intérpretes representam o Dia do Juízo Final, tema a que alude o "Dies Irae", um dos movimentos desta obra litúrgica. O medo e a impotência perante a morte misturam-se aqui com a fúria, a revolta e o desespero. Este espectáculo será apresentado no Salón Teatro de Santiago de Compostela, dias 28 (às 20h30) e 29 de Novembro (às 18h00).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Workshop O Monstro de Muitas Cabeças | O público da perfomance contemporânea com Joshua Sofaer | 27, 28 e 29 de Novembro de 2009, Porto


O Núcleo de Experimentação Coreográfica, NEC, estrutura convidada do FITEI 2010 - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, onde apresentará a 1ª edição do projecto "Livro de Visitas" com uma nova criação do artista inglês Joshua Sofaer, organiza nos próximos dias 27, 28 e 29 de Novembro de 2009, das 11h às 18h, o workshop 'O Monstro de Muitas Cabeças - O público da perfomance contemporânea', orientado por Sofaer.

O workshop de três dias, que decorre no Espaço NEC, Fábrica Social (Rua da Fábrica Social, s/n - Porto), pretende ser uma investigação crítica e prática daquilo que, actualmente, está em jogo para o público quando assiste a um evento ao vivo. Os participantes serão encorajados a explorar, examinar e criar formas inovadoras de trabalhar com o público.

O workshop dirige-se a artistas emergentes e estabelecidos (de qualquer meio de expressão artística, incluindo artes visuais, performance, dança e teatro) que estejam interessados em expandir as possibilidades de integração do público no seu desempenho.

Joshua Sofaer (n. 1972, Cambridge, Inglaterra) é um artista que tem como preocupação central os modos de colaboração e participação.

Muitas vezes com um uso irreverente do humor, Joshua joga com as formas de produção estabelecidas, aproveitando e reconfigurando o chat show, a competição, a palestra, ou a exposição no museu. Desempenha as funções de director, produtor ou realizador de uma vasta gama de projectos, incluindo eventos de larga escala, performances íntimas, e publicações. Mais informações em www.joshuasofaer.com

As inscrições estão abertas até 20 de Novembro. Todos os interessados deverão solicitar a ficha de inscrição através do e-mail nec@nec.co.pt

A participação no workshop custa 90 euros, os associados e amigos do NEC beneficiam de um desconto de 30%.

Inscrições e programa completo em www.nec.co.pt

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Cuarta Pared apresenta espectáculo de Factoria Teatro


Na Catalunha Sumergirse en el agua foi representado na sua língua original, o catalão. Este espectáculo de Factoría Teatro, prémio SGAE de Teatro 2007, é apresentado agora em Madrid, na Sala Cuarta Pared, como estreia absoluta em castelhano.

Este texto de Helena Tornero, com direcção de Gonzala Martín Scherman, conta com a interpretação de Silvia García De Pé, Victoria Teijeiro, Chendo Lestao, Ivan Ugalde, Salvador Sanz e Giovanni Mateo.

A sala madrilena mantém este espectáculo em cartaz de 26 de Novembro até 13 de Dezembro.

Outras informações no site da Cuarta Pared

domingo, 8 de novembro de 2009

Ana nos Artistas Unidos


ANA de José Maria Vieira Mendes, uma produção CCB/ArtistasUnidos/CTAlmada, com António Simão, Pedro Lacerda, Rita Brütt e Sylvie Rocha, cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves e encenação de Jorge Silva Melo, apresenta-se no Centro Cultural de Belém dias 13, 14, 16, 18 e 19 às 21h; dias 15, 20, 21 e 22 às 19h, seguindo para o Teatro Municipal de Almada, onde estará em cena de 26 de Novembro a 13 de Dezembro.

Uma mulher, Ana, e um homem, Paulo, em casa, num dia de descanso. Ele, apesar de tudo, irrequieto, parece que assustado, não se sabe ao certo com o quê. Ela resolve fazer um chá que o acalme mas quando voltar a entrar encontrará já outro homem, um que vem de trás, de outro tempo. E o tempo, motor de Ana, continuará a baralhar à medida que formos avançando pelos Três Dias que fazem por estruturar uma narrativa que se estilhaça e abre. Para o final, uma mulher sozinha, chamando pelo seu próprio nome, à procura de alguém ao seu lado que justifique a existência.

sábado, 7 de novembro de 2009

Tryo Teatro Banda em Santiago


A obra "Pedro de Valdivia, La gesta inconclusa" apresenta-se agora na Sala Arrau del Teatro Municipal de Santiago, Chile, entre l 6 e el 29 de Novembro, despois de uma excelente temporada no CELCIT de Buenos Aires.

Espectáculo de teatro musical dirigido por Sebastián Vila, com três trovadores em cena que contam a história dos primeiros anos da conquista do Chile (1.536-1.553), centrando-se na figura de Pedro de Valdivia e tendo como fio condutor as cartas que o conquistador espanhol enviou ao rei de Espanha Carlos V.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O que se leva desta vida


Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues são dois cozinheiros criativos que dirigem o restaurante Cópia, em Lisboa. Costumam dizer que a descoberta de um novo prato contribui mais para a felicidade dos seres humanos do que a descoberta de uma nova estrela. Mas quando tentam inventar juntos a receita que lhes pode conquistar a primeira estrela Michelin, o confronto é inevitável. Um espectáculo sobre a arte e a ciência da cozinha, sobre a insatisfação permanente e o espírito inventivo de dois cozinheiros que acabam por descobrir que um prato conta sempre a história de quem o cozinhou.

O que se leva desta vida

Texto Gonçalo Waddington, João Canijo e Tiago Rodrigues
Encenação e Interpretação Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues
Dramaturgia João Canijo

Uma produção

MUNDO PERFEITO, no Teatro São Luiz, em Lisboa, de Quarta a Sábado às 21h00; Domingo às 17h30

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Encontros Teatrais em Badajoz


O FORO TEATRAL IBÉRICO - II ENCUENTROS TEATRALES EN LA RAYA, realizam-se em Badajoz entre 6 e 8 de Novembro, no Teatro López de Ayala.

Serão analisados diversos temas, como projectos conjuntos entre Espanha e Portugal, circuitos de colaboração e festivais, programas transfonteiriços, problemática das empresas teatrais, fiscalidade e convénios.

Conta com a participação de representantes de estruturas, companhias e festivais de Portugal e Espanha.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Materiais Diversos


Tiago Guedes é o director artístico do Festival Materiais Diversos, organizado no Cine-Teatro de Alcanena, entre 19 e 29 de Novembro.

"O Festival Materiais Diversos é um festival de artes performativas que cruza
espectáculos internacionais vindos da Alemanha, Hungria, Inglaterra e país de Gales com espectáculos nacionais, muitos deles desenvolvidos com as associações locais. A programação parte da ideia de que a música, e em particular a relação que estabelece com as outras disciplinas, é o fio condutor que une os espectáculos. Não se trata aqui de tomar a música como tema, mas sim pensar nela como elo de ligação, criando relações particulares com o que vemos em palco." - Tiago Guedes

Segundo Vitor Costa, director do Cine Teatro de Alcanena, "se o perfil do festival está tão intimamente ligado às preocupações estéticas e artísticas do Tiago Guedes, estruturado em torno de memórias e espaços vivenciais da sua infância e juventude, por onde passarão muitos dos novos e promissores criadores nacionais da sua geração (Martim Pedroso, André Murraças, Tânia Carvalho, John Romão, entre outros), Materiais Diversos também nunca deixou de ser um projecto claramente vocacionado para a conquista de públicos e para o enraizamento na região de um festival internacional que sustente novas dinâmicas culturais locais".

O programa do festival pode ser consultado AQUI

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Tesouro do Teatro Extremo


No ano em que a companhia comemora 15 anos, o Teatro Extremo apresenta na sua sala a sua 37ª criação, a peça “O Tesouro – Poema em Movimento” inspirada no livro de Manuel António Pina. Após digressão no distrito de Setúbal para celebrar os 35 anos do 25 de Abril em co-organização com a Associação de Municípios da Região de Setúbal, a peça vai estar em Almada de 14 de Novembro a 20 de Dezembro, às Sextas e Sábados às 21h30 e Domingos às 16h.

Uma turista visita um lindo país de clima agradável, mas os seus habitantes parecem ser um povo infeliz e solitário, aparentemente sob o peso de uma misteriosa tristeza. Que teria acontecido? Vozes sussurravam, na noite, que aquele povo tinha perdido o seu mais valioso tesouro: a Liberdade.

Autor: Manuel António Pina; Encenação: Fernando Jorge Lopes; Interpretação: Bibi Gomes, Fernando Rebelo, Isabel Leitão, Rogério Jacques e Rui Ventura

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Há uma nova Cinderela




A nova produção do Teatro de Marionetas do Porto, Cinderela, espectáculo para maiores de 4 anos, não é uma Cinderela tradicional. Há uma reescrita, um tanto ou quanto anacrónica, da história tradicional, a partir das versões de Perrault e Grimm. Personagens saídos de outros contos de fadas caem do céu para dificultar a vida a Cinderela. Há uma Bruxa-Má que detesta histórias com final feliz e um Lobo-Mau disfarçado de GNR a patrulhar as estradas da floresta. Os Sete Anões são chamados para salvar Cinderela de morte certa, na sua qualidade de especialistas em técnicas de salvamento de meninas envenenadas. A Fada-Madrinha é uma tia irascível e ajusta contas com a Bruxa-Má, num combate de wrestling. No final Cinderela casa mesmo com o príncipe e têm imensos filhinhos, para descanso de todos.

7 a 29 Novembro - Balleteatro Auditório, Porto
2 a 4 Dezembro - Auditório da Academia de Música de Espinho, Espinho
12 Dezembro - FIMS - Chão de Oliva, Sintra

Encenação, texto e cenografia João Paulo Seara Cardoso
Marionetas a partir de desenhos de João Vaz de Carvalho
Música Paul Ferrer
Figurinos Pedro Ribeiro
Coordenação de movimento Isabel Barros
Desenho de luz António Real e Rui Pedro Rodrigues
Produção Sofia Carvalho
Interpretação Sara Henriques Sérgio Rolo Shirley Resende

Co-produção Teatro de Marionetas do Porto, Academia de Espinho e FIMS - Chão de Oliva

domingo, 1 de novembro de 2009

A Cena no Café

A Cena Lusófona organiza no dia 9 de Novembro, em Braga, no Café A Brasileira, uma conversa sobre o intercâmbio cultural entre os países de língua portuguesa. A sessão tem o apoio da Companhia de Teatro de Braga e contará com as presenças dos encenadores Rui Madeira e António Augusto Barros (membros da direcção da associação), e de Rogério Boane, actor moçambicano da CTB que frequentou um estágio internacional de actores organizado pela Cena Lusófona. Será ainda exibido o documentário “Narradores orais da ilha do Príncipe”, de Ivo Ferreira, editado pela associação.

Esta conversa insere-se no ciclo de conversas informais “A Cena no Café”, iniciado há alguns anos na cidade de Coimbra e que agora se alarga a outras cidades portuguesas.

sábado, 31 de outubro de 2009

Os Ossos de que é feita a Pedra


Durante todo o mês de Novembro estará patente no Espaço Gesto, no Porto, uma instalação plástica e sonora inspirada pelo audio-walk que o Visões Úteis criou para a Cidade da Cultura da Galiza - "Os Ossos de que é feita a Pedra".

Esta instalação tem inauguração marcada para esta noite, 31 de Outubro, e é precedida, às 23h, pela projecção do vídeo "Os Ossos de que é feita a Pedra", inspirado neste audio-walk, da autoria do realizador italiano Michele Putortì.

A inauguração conta com a actuação especial da banda galega "504", cujos músicos colaboraram na banda sonora do audio-walk.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Peça de Manoel Teixeira-Gomes em Braga


SABINA FREIRE, apresentada no âmbito das Comemorações do Centenário da República, em co-produção Companhia de Teatro de Braga e Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra, estreia hoje, dia 30 de Outubro, no Theatro Circo, em Braga.

Um espectáculo construído a partir de um texto notável, de um intelectual de elevada craveira que foi, também, nosso Presidente da República: Manoel Teixeira-Gomes. Estadista e escritor, vindo a ser Presidente da Repúblico entre 1923/1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus momentos mais críticos. Como diplomata coube-lhe enfrentar situações de grande complexidade, como combater a hostilidade das monarquias europeias perante o regime republicano implentado.
Na sua actividade literárias da qual se destacam obras como Gente Singular, Novelas Eróticas, Maria Adelaide e Sabina Freire, única peça de teatro publicada, de quem Fialho DAlmeida disse: "é uma obra-prima: é o mais estranho trabalho que há 20 anos tem aparecido. O teatro Português moderno não tem nada que se lhe compare. Radia génio." Pelo mesmo diapasão se manifestaram intelectuais como Carlos Malheiro Dias ou Urbano Tavares Rodrigues... Singular e promonitório foi também o tempo da sua Presidência, o modo como a exerceu e a forma como renuncia e parte para um exílio voluntário na Argélia, em 1925, onde viria a morrer. Em 1926, a 28 de Maio, acontece o golpe fascista. -
Rui Madeira