quarta-feira, 31 de março de 2010

Setepalcos dedicada a Cabo Verde


O mais recente número da revista setepalcos, integralmente dedicado ao Teatro em Cabo Verde, será apresentado ao público em Lisboa, na Casa da Morna, no dia 31 de Março, pelas 18h30, numa sessão organizada pela Embaixada de Cabo Verde em Portugal e pela Cena Lusófona.

A sessão integra-se no ciclo "A Cena no Café" e contará com a presença do Embaixador de Cabo Verde, Arnaldo Andrade Ramos, do director da revista, António Augusto Barros, e de vários dos colaboradores desta edição, como Odete Môsso, Augusto Baptista e José António Bandeirinha.

Terceiro número temático na história da revista (depois dos números dedicados ao "Teatro Brasileiro", em 1998, e ao "Teatro Galego", em 2003), esta setepalcos inclui dois dossiês de grande relevância para o conhecimento da realidade actual do teatro cabo-verdiano: o inventário de espaços cénicos, com informações detalhadas sobre as salas e os recintos em que é possível apresentar espectáculos nas diversas ilhas, e o inventário de grupos de teatro, com a apresentação e um breve historial dos cerca de 30 grupos em actividade neste momento no arquipélago.

O número inclui ainda vários depoimentos de protagonistas da cena teatral cabo-verdiana (actores, encenadores e responsáveis políticos), bem como duas entrevistas de fundo aos directores dos mais importantes grupos de Cabo Verde: Jorge Martins, do "Juventude em Marcha", e João Branco, do "Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo".Depois da sessão em Lisboa, a revista será igualmente apresentada ao público em Coimbra, no dia 10 de Abril (às 16h00, no âmbito da programação do Mercado Quebra Costas 2010) e no Porto, em data e local a anunciar posteriormente.

terça-feira, 30 de março de 2010

Condecorações para o Teatro

Na véspera do Dia Mundial do Teatro, o Presidente da República relevou o papel da arte dramática na sociedade portuguesa, "de Gil Vicente aos dias de hoje, passando por Almeida Garrett e muitos outros".

O actor Ruy de Carvalho foi condecorado com o grau honorífico de Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, enquanto o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique foi atribuído aos actores António Feio, Beatriz Batarda e Manuela Maria e ao encenador Joaquim Benite.

Maria Custódia Gião foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem do Mérito e a Companhia de Teatro Seiva Trupe recebeu o grau de Membro Honorário da Ordem do Mérito.

Falando em nome dos condecorados, António Feio reconheceu "muita emoção pela distinção", manifestando-se "orgulhoso e honrado em pertencer à família do teatro".

Por seu lado, Ruy de Carvalho manifestou-se "honrado" com a condecoração atribuída pelo presidente da República, lembrando que o teatro necessita de mais apoios. "É um momento muito bonito, é uma alegria saber que se tem sido útil ao povo português", afirmou o actor, à agência Lusa, considerando "uma grande honra" ser distinguido pela mais alta figura do Estado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A decorrer em Coimbra, desde 26 de Março até 2 de Abril


O Interchanging Art Worlds (IAW) a decorrer na Baixa de Coimbra, na Sé Velha, no Pátio da Universidade, no Jardim Botânico e na Oficina Municipal do Teatro é uma iniciativa integrada no BANDO À PARTE: CULTURAS JUVENIS, ARTE E INSERÇÃO SOCIAL 2010-11, um projecto de formação artística nas áreas do teatro, da música e da dança, iniciado em Janeiro deste ano n'O Teatrão. O BANDO À PARTE (BAP) é uma proposta para repensar o exercício da cidadania a partir da formação artística formal e informal de jovens. O IAW é a primeira iniciativa pública do projecto e uma primeira oportunidade para questionar de que forma a educação artística e o diálogo intercultural podem ajudar a repensar as questões da participação activa e da cidadania dos jovens no mundo contemporâneo.

Neste intercâmbio, apoiado pelo Programa Juventude em Acção, participam os dezassete jovens de Coimbra, considerados em situação ou risco de exclusão social, que constituem o primeiro grupo do BAP (2010-2011). Jovens de zonas limítrofes, em especial dos chamados bairros sociais: o Bairro Fonte do Castanheiro, a Conchada, o Bairro da Misericórdia/Loreto, o Bairro da Rosa, o Bairro do Ingote e Celas.

Durante oito dias, o grupo de formandos do BAP receberá jovens de Amsterdão, na Holanda, do Het MUZtheatre, e de Vicenza, na Itália, do Theatro Montegrappa. Serão ao todo 37 jovens a trabalhar conjuntamente nesta residência artística e noutras actividades culturais e sociais paralelas. O programa de actividades parte da ideia da exploração artística de diferentes espaços urbanos, com vista à apresentação de actuações teatrais nos próprios espaços, por parte dos vários grupos, ao longo de toda a semana, e culminando, no último dia, numa dramatização final com todos os participantes.

domingo, 28 de março de 2010

NAKED KING WORKSHOP


Orientado por Jaime Mears e Pedro Fabião, realiza-se nos dias 31 de Março, 1 e 2 de Abril, no CACE Cultural do Porto - Black Box (Rua do Freixo, 1071 - Porto), o Naked King workshop.


O prazer, o jogo contínuo.
A beleza/monstruosidade única de cada pessoa.
Cada um de nós tem uma presença descomunal escondida. Uma presença abafada pelos papéis e personagenzinhas menores com que nos habituámos a agradar ou desagradar os outros. Uma presença que irradia energia, desperta todo o potencial imaginativo e espontâneo, e que provoca movimento e vida no espectador.
Para isso, o actor deve dar-se completamente. Encontrar a sua grandeza, uma coragem que lhe permita saltar no desconhecido, não controlando, sendo sensível e frágil, revelando-se totalmente no fingimento de actuar.
O actor não existe sem um prazer dionisíaco. É nesse estado próximo do transe que as crianças brincam. É nesse estado que o actor pode ser amado em cima de um palco.


JAIME MEARS nasceu em Sydney em 1981 e reside desde 2008 em Paris, onde estuda na École Philippe Gaulier. Membro fundador do Naked King Theatre, em 2009. É licenciada pelo prestigiado National Institute of Dramatic Art NIDA (2002). Actuou em várias produções da The Sydney Theatre Company STC, uma das companhias de referência do teatro na Australia. No âmbito do programa para escolas dessa companhia, ensinou e encenou também várias produções. Participou nos workshops do UK Shared Experience Company e da Compagnie Philippe Genty. Participou em várias séries televisivas, destacando-se All Saints, McLouds Daughthers e Home and Away. É professora no Open Program do instituto NIDA, que oferece cursos intensivos especializados em teatro, cinema e voz.

PEDRO FABIÃO nasceu no Porto em 1981. Licenciou-se em Psicologia mas desde sempre dedicou mais tempo ao teatro do que aos estudos académicos. Fez o curso de formação de actores do CITAC, participou em mais de uma dúzia de produções no CITAC, Teatro do Morcego (Coimbra) e Companhia Alter-Lego, de que é fundador. Foi dirigido por Paulo Castro, Sergio Claramunt, Marcantonio Del Carlo, entre outros. Recebeu formação de Carmem Paternostro, José de Abreu Fonseca, Volker Quandt, Denis Bernard, Gabriel Chame Buendia, Koldovico Vio, Nicolas Bernard, Luisa Sanchez Gaillard, Robert Steijn, Ângela de Castro, Nuno Pino Custódio, Ami Hattab. É palhaço na Operação Nariz Vermelho desde 2004. Desde 2008 reside em Paris e estuda na École Philippe Gaulier. Membro fundador do Naked King Theatre, em 2009. Orienta workshops de teatro e clown desde 2006.

sábado, 27 de março de 2010

Dia Mundial do Teatro - MENSAGEM DE JUDI DENCH

O Dia Mundial do Teatro é uma oportunidade para celebrar o Teatro nas suas múltiplas formas. Fonte de divertimento e inspiração, o teatro tem a capacidade de unificar as inúmeras populações e culturas que existem por esse mundo fora. Mas o teatro é muito mais do que isso, ao oferecer-nos possibilidades de educação e informação.

O Teatro acontece no mundo inteiro, e não apenas nos seus espaços tradicionais: os espectáculos podem ser realizados numa pequena aldeia em África, no sopé de uma montanha na Arménia ou numa pequena ilha do Pacífico. Só necessita de um espaço e de um público. O teatro tem a capacidade de nos fazer rir ou chorar, mas também deveria fazer-nos pensar e reflectir.

O Teatro é fruto de um trabalho de equipa. Os actores são as pessoas mais visíveis, mas há um conjunto enorme de pessoas que não são vistos. São tão importantes como os actores e as suas múltiplas especialidades fazem com que seja possível acontecer uma produção. Eles também devem partilhar os esperados triunfos e sucessos.

O dia 27 de Março é a data oficial do Dia Mundial do Teatro. Mas, de qualquer forma, todos os dias deviam ser considerados um dia do teatro, e todos temos a responsabilidade de continuar a tradição de divertir, educar e esclarecer o nosso público, sem o qual o teatro não existiria.

Tradução de Rui Oliveira

sexta-feira, 26 de março de 2010

O mesmo mas ligeiramente diferente

O mesmo mas ligeiramente diferente é um projecto de dança de Sofia Dias e Vítor Roriz, para a Companhia Instável. O período de criação teve a duração de dois meses, entre Janeiro e Março de 2010 com residências na Cooperativa do Povo Portuense e no Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo. Após a estreia deste projecto na Black-Box do Espaço do Tempo, dias 26 e 27 de Março, o espectáculo será apresentado no Teatro Helena Sá e Costa, dias 31 de Março e 1 de Abril de 2010.

O mesmo mas ligeiramente diferente é um título, um ponto de situação e de partida. Por um lado, traduz algo que a companhia tem vindo a perceber do conjunto dos seus trabalhos anteriores. Apesar de formalmente diferentes, há qualquer coisa que identifica como transversal e semelhante, algo que se tem apurado e que julga ser o cerne da sua colaboração e o seu motor de pesquisa. Essa qualquer coisa, parece relacionada com um estado "performativo" e uma forma de articulação ou composição. Elementos que explora no sentido do particular e do subjectivo e que na sua utopia reflecte um indispensável e ambicioso "ligeiramente diferente". No processo isto não é mais do que um esforço de desvio de determinadas fórmulas de interpretação e composição, experimentando um vazio relativo.


Este projecto com a Companhia Instável reflecte uma nova etapa no nosso trabalho de colaboração. Desde o seu início que tivemos que lidar com um conjunto de novas variáveis, mas sem dúvida que aquela que nos colocou mais desafios e questões foi a de integrar três pessoas no nosso espaço íntimo e reservado de criação. A par com a dúvida de partida: se faria sentido o nosso trabalho distanciar-se dos nossos corpos, existia uma outra questão mais prática, a de como partilhar um universo de ideias sobre interpretação, composição e imaginário, quando para nós quase tudo flui como que intuido. O encontro com o Filipe M., o Filipe P. e a Teresa, revelou-se um estimulante processo de negociação e apropriação, ampliado pela singularidade de cada um.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Antígona, de Sófocles

Antígona, de Sófocles, com tradução de Marta Várzeas e encenação e cenografia Nuno Carinhas, estreia no Teatro Nacional de São João, no dia 26 de Março, com interpretação de Alexandra Gabriel, António Durães, Emília Silvestre, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Maria do Céu Ribeiro, Paulo Freixinho e Pedro Almendra.

Que espaços levantar para conter as palavras que andam pela cidade? Da camarata auschwitziana construída em madeira de Breve Sumário da História de Deus, ao quase semicírculo revestido a cortiça de Antígona, que ora transporta a memória do anfiteatro grego, ora sugere a cratera de um vulcão em lava, Nuno Carinhas desenhou dois lugares pouco amenos para ressoar o som e a fúria das convulsões do mundo, duas orgânicas máquinas de emaranhar perguntas no espaço público. Porque em Antígona – já era assim no Breve Sumário – interroga-se a origem das coisas, porque aqui começa a história do nosso teatro e a vida política das nossas cidades. Com a insubordinação de Antígona, o homem parte à conquista de uma consciência, questiona as fronteiras entre a integridade individual e o bem comum. As personagens de Sófocles são angustiados pontos de interrogação que caminham. Pergunta Creonte: “Então o Estado não é de quem manda?” Responde Hémon: “Nenhum Estado é de um homem só!” Pergunta Antígona: “Como posso eu ainda olhar para os deuses?” De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, o confronto adensa-se e Antígona entrega-se à morte. Vinte e cinco séculos mais tarde, Marguerite Yourcenar dedicou-lhe o mais belo dos epitáfios: “O tempo retoma o seu curso sob o ruído do relógio de Deus. O pêndulo do mundo é o coração de Antígona”. -in website TNSJ

quarta-feira, 24 de março de 2010

Beatriz Batarda estreia-se como encenadora


Beatriz Batarda, actriz premiada, tida por muitos como a melhor da sua geração, enfrenta aquele que é provavelmente o maior desafio da sua carreira, a estreia como encenadora.

Numa co-produção entre a Culturproject e o Teatro da Cornucópia, Beatriz Batarda irá encenar o texto Olá e Adeusinho, de Athol Fugard, com interpretação de Catarina Lacerda e Dinarte Branco.

Olá e Adeusinho fala-nos de dois irmãos que adiaram a responsabilidade de serem adultos, ao ponto de perderem a razão da sua existência. Agora, confrontados com a morte do pai, descobrem que não sabem viver com o outro, com o mundo, nem conseguem construir um futuro.

Beatriz Batarda nasceu em Londres e formou-se pela Guildhall School of Music and Drama (2000), tendo recebido a Medalha de Ouro do curso, na área de representação. Iniciou-se no Teatro da Cornucópia, sob a direcção de Luís Miguel Cintra e Diogo Dória. Salienta-se, como uma das interpretações mais marcantes, o seu trabalho em Berenice, de Jean Racine, no Teatro Nacional D. Maria II (2005).

Estreou-se no cinema em Tempos Difíceis de João Botelho (1988), participando depois em mais de dez películas, entre elas Vale Abraão (1993) e A Caixa (1994), de Manoel de Oliveira, Dois Dragões (1996) e A Costa dos Murmúrios (2004), de Margarida Cardoso, ou Alice (2005), de Marco Martins. Para a televisão salienta-se as séries britânicas My Family, Relic Hunter e The Forsyte Saga.

Recebeu três Globos de Ouro, na categoria de Melhor Actriz, pelos filmes Quaresma, de José Álvaro Morais (2003), Noite Escura, de João Canijo (2004) e A Costa dos Murmúrios, de Margarida Cardoso (2004).

A estreia absoluta de Olá e Adeusinho acontece Sábado, dia 27, no Centro Cultural do Cartaxo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Candidaturas para festival de teatro de língua portuguesa


FESTLIP 2010 abriu as candidaturas para a edição deste ano. O Festival de Teatro de Língua Portuguesa, organizado no Rio de Janeiro, visa promover no período de 14/07/2010 a 25/07/2010 a sua 3ª edição, que será composta por uma mostra teatral e cultural dos países da comunidade da língua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

As inscrições estarão abertas no período de 20/02/2010 a 20/04/2010. Podem solicitar-se informações para o endereço: Avenida Nossa Senhora de Copacabana nº. 794, sala 405 – CEP: 22.050-001 – Rio de Janeiro, RJ – Brasil. Os grupos teatrais elegíveis para as inscrições deverão necessariamente ser dos países acima referidos.

Informações complementares e ficha de candidatura no SITE do FESTLIP

segunda-feira, 22 de março de 2010

Festival das Artes da Costa Rica

O Festival das Artes da Costa Rica, FIA, está a decorrer com espectáculos de teatro, dança, performance, teatro de rua e música, entre outras disciplinas. A actividades realizam-se em vários recintos e espaços ao ar livre de San José e Alajuela, e incluem espectáculos de L´explose, Teatro Yugoslavo de Drama, Nacho Vilar, Tascabile di Bergamo, Ballet Nacional de España, o Teatro Ubu, entre muitos outros.

O certame decorre até 1 de Abril.

domingo, 21 de março de 2010

"Contrapontos visuais" continua a digressão em Paredes de Coura


"Contrapontos visuais", selecção de imagens de Susana Neves e Pedro Sottomayor sobre três edições do FITEI, de 2006 a 2008, continua em digressão, estando neste momento, patente em Paredes de Coura.

A exposição revela dois olhares que ora se complementam ora se opõem, sublinhando também o espírito do festival, que nos últimos anos abriu os seus palcos a outras práticas artísticas.

Pode ser visitada até ao dia 18 de Abril, no Centro Cultural de Paredes de Coura.

A exposição segue depois para o Museu do Teatro, em Lisboa.

sábado, 20 de março de 2010

A Alma Imoral


O Teatro Eva Herz, de São Paulo, recebe a nova temporada do espectáculo A Alma Imoral, monólogo da actriz e dramaturga Clarice Niskier, que através do humor reflete sobre dilemas humanos. A peça é inspirada no livro homónimo de Nilton Bonder e possui supervisão de Amir Haddad.

Com humor fino e delicadeza, Clarice leva à cena as suas adaptações dos pensamentos escritos pelo rabino Bonder, no qual aborda o conflito entre o certo e o errado, a obediência e a desobediência e as fidelidades e as traições.

Autor: Nilton Bonder
Adaptação, concepção cênica e interpretação: Clarice Niskier

sexta-feira, 19 de março de 2010

Teatro Fondazione no CCB

Estreado a 27 de Janeiro de 2010 em Modena (Itália) no Emilia Romagna, AS MENINAS DE WILKO do Teatro Fondazione, a mais recente criação de Alvis Hermanis é um convite à exploração do universo sensível do encenador. Uma obra plena de melancolia e uma reflexão sobre a inexorável passagem do tempo.

Agora em Lisboa, no CCB entre 19 e 20 de Março.

Ao aproximar-se dos 40 anos, Wictor, personagem principal do romance de Jaroslaw Iwaszkiewicz, vai reviver sensações experienciadas quinze anos antes, durante umas férias, na companhia de seis meninas. De volta à sua antiga estância de veraneio e na presença das agora “senhoras” de Wilko, relembra o período longínquo da sua iniciação erótica.
Em As Meninas de Wilko, que alguns recordarão na versão cinematográfica de Andrej Waida, Hermanis revela uma vez mais a sua estética hiper-realista, ponto de encontro entre a tradição e o novo, e a genialidade que o torna uma das mais proeminentes figuras do teatro europeu dos dias de hoje.

A partir do romance de JAROSLAW IWASZKIEWICZ
Adaptação e encenação ALVIS HERMANIS

quinta-feira, 18 de março de 2010

Wake Up em Vigo


Com Wake –up, Nut Teatro quis partir do conceito "casa" (fachada) para chegar a temas como a raiz, a identidade (cara), assim como aos seus antónimos conceptuais: desenraizamento, perda da dignidade e posterior animalização (máscara).

Uma co-produção do Centro Dramático Galego e FITEI. Estreada em Portugal no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica(Fitei). Porto. 2009

Criação artística de Nerea Barros, Xiana Carracelas, Carlos Neira, Iria Sobrado, Arantza Villa. Guillermo Heras foi assessor dramatúrgico e Kònic Thtr assessores tecnológicos.

Em Vigo, no Teatro Ensalle, 19, 20 e 21 de Março.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Truta apresenta Ivanov


Com tradução de José Sinde Filipe e interpretação de António Fonseca, Carla Galvão, João Pedro Vaz, Joaquim Horta, Paula Diogo, Pedro Lacerda, Raul Oliveira, Rita Durão, Sílvia Filipe, Tónan Quito, a Truta apresenta na Sala Principal do Teatro Maria Matos, entre 19 e 27 de Março, Ivanov, de Anton Tchekov.

A peça tem direcção musical e participação especial dos Melech Mechaya.

Cada um de nós é feito de demasiadas rodas, de demasiados parafusos, de demasiadas válvulas, para que possamos julgar-nos uns aos outros à primeira vista ou a partir de dois ou três sinais exteriores. Eu não o compreendo, o senhor não me compreende e nem sequer a nós próprios nos compreendemos...
Tchekov, Ivanov


A peça Ivanov é uma sátira de uma sociedade hipócrita e vazia de princípios, que vive entre a imobilidade e a incapacidade de existir. Ivanov é um homem banal, como muitos outros, que se vê confrontado com o tédio da sua situação familiar e social, com o desgosto e a angústia; e que tem de gerir as suas dívidas, as suas culpas, as pressões dos que o rodeiam, também como os seus problemas. Até que não percebendo nada da sua vida, compreende o que deve fazer... E decide: acabar. E acaba a peça.

terça-feira, 16 de março de 2010

Solos Portáteis


SOLOS PORTÁTEIS DO TEATRO DO FRIO sobem ao palco do TEATRO HELENA SÁ E COSTA, no Porto, nos dias 18 e 19 de Março.

Após passagem pelo Palco do Teatro Municipal de Vila Real em Dezembro último, o Teatro do Frio apresenta nos dias 18 e 19 de Março, pelas 21h30, no âmbito da Quinzena de Teatro Físico e Novo Circo a decorrer no Teatro Helena Sá e Costa , os Solos Portáteis:

SALOMÉ | X-MARK | MALA DE INSTRUÇÕES | XAVIER
Quinta,18 de Março às 21h30

X-MARK | MALA DE INSTRUÇÕES
Sexta, 19 de Março às 21h30

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Rei Vai Nu


O Teatro Extremo, em Co-Produção com Cultideias, apresenta em ante-estreia O Rei Vai Nu, nos dias 20 e 21 de Março. A peça, que conta com interpretações de Bibi Gomes e Rui Cerveira, estreia posteriormente em Ponte de Lima, a 27 de Março. Continua depois em digressão nacional com actuações em Alcanena, Alcochete, Barreiro, Castelo Branco, Leiria, Moita, Montemor-o-Novo, Oeiras, Seia, Seixal e Sesimbra. Regressa a Almada em Outubro e Novembro de 2010 e Janeiro e Fevereiro de 2011, para temporada no Teatro Extremo.

Era uma vez um rei muito vaidoso. Adorava roupas novas. Dois espertalhões ouvem falar da vaidade do rei e vêem nisso uma oportunidade de enriquecer à custa de Sua Majestade. Apresentam-se como sendo dois tecelões capazes de fabricar um tecido mágico de grande qualidade e beleza e cuja principal característica é a de permanecer invisível aos olhos de quem não seja dotado de inteligência. No dia em que o rei saiu à rua, vestindo as suas roupas novas, toda a multidão aplaudia e dava vivas. Ninguém queria admitir que não via nada, ninguém queria parecer estúpido. “Mas ele vai nu”, exclamou um rapazinho. E as pessoas começaram a cochichar. “Há um pequeno que diz que ele vai todo nu!”. “Ele vai nu”, gritou por fim todo o povo. E o rei não teve outro remédio senão admitir que as pessoas tinham razão.

O Projecto

Esta é a história de duas pessoas. Duas personagens, dois seres, comuns e estranhos. No universo em que habitam, uma caixa de costura, as oportunidades não estão sempre a acontecer. É necessário ir à luta. Dispõem de poucos recursos. Usam por isso os sonhos e a imaginação. A única maneira possível de continuar. Juntando a astúcia à candura, e a magia da poesia com o charme da imperfeição, revelam a sua fragilidade, ilustrando a humanidade que existe em cada um de nós.

domingo, 14 de março de 2010

Artistas em Residência Bilbaoeszena


Bilbaoeszena - Centro de Recursos Escénicos, de Bilbau, abriu as candidaturas para a segunda edição do programa “Artistas em Residência”, que se realizará durante o ano de 2010.

O programa “Artistas em Residência” de Bilbaoeszena tem como objectivo principal o apoio, disponibilizando recursos, a todas as estruturas artísticas e artistas a nível individual, que queiram desenvolver um processo de criação ou investigação no âmbito das artes cénicas, especialmente os mais relacionados com as novas tendências, que possuam características específicas e um carácter multidisciplinar, tendo como eixo principal o teatro e/ou a dança (texto e/ou movimento, etc.).

PDF do Programa

sábado, 13 de março de 2010

Os Max no Rainha Sofia



O Museu Rainha Sofia de Madrid acolherá a XIII edição dos Prémios Max de las Artes Escénicas, que se realizará no dia 3 de Maio. Esta cerimónia volta à cidade de Madrid, onde já tinha acontecido a primeira edição, em 1998. Durante todos estes anos, a cerimónia de entrega dos prémios decorreu em diversas cidades espanholas: Barcelona, em 1999 e 2006, Bilbau em 2001 e 2007, Sevilha em 2000 e 2008 - onde o FITEI foi galardoado (foto), Valência em 2002, Vigo em 2003, Saragoça em 2004, Guadalajara em 2005 e Las Palmas no ano passado.

Os Prémios Max consolidaram-se como o maior reconhecimento das artes cénicas em Espanha, dado que o júri é formado pelos próprios profissionais do sector.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Chega ao Porto O Deus da Matança


O Deus da Matança, de Yasmina Reza, na versão de João Lourenço e Vera San Payo de Lemos, chega ao Porto, TeCA, onde estará em cena entre 19 e 28 de Março.

Produção do Teatro Aberto com interpretação de Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal.


Já conhecíamos Yasmina Reza de Arte, espectáculo de um êxito histórico que o TNSJ co-produziu e estreou em 1998. Agora é o Novo Grupo de Teatro quem nos traz de volta o “teatro de nervos” cultivado pela dramaturga francesa, célebre também pelo seu Madrugada, Tarde ou Noite, relato de um ano passado na companhia íntima do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Escrito um ano antes, em 2006, O Deus da Matança parte do encontro de dois casais para analisar a briga dos filhos, uma reunião de gente civilizada que resvala para um violento pugilato verbal (e não só) travado por quatro adultos. Ao encenador, João Lourenço, interessou instalar-se nas discrepâncias entre o ser e o parecer, tirando todo o proveito de um texto que combina leveza e seriedade crítica, humor e crueldade. Dizem os críticos que uma das razões do sucesso de Yasmina Reza radica no facto de se ter virado para a escrita após uma tentativa falhada como actriz, de escrever sobretudo para os actores. Neste espectáculo, a prestação de Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal confere-lhes razão.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Fora de Casa por Agora

Até 13 Março, no Instituto Franco-Português, em Lisboa, é apresentada a 13ª Criação do Teatro do Vestido, Fora de Casa Por Agora.

Em Fora de Casa por Agora, partimos do interior de uma casa, primeiro separados geograficamente, em quartos diferentes para construir uma casa ideal. Essa casa ideal não se tornou uma utopia, os dois inquilinos que a habitam, diferentes e desfasados um do outro, experimentam viver lá dentro. Ela constrói, coloca, oferece. Ele anula, desenha, desiste. Este é um trabalho desenvolvido em colaboração, com direcção de Gonçalo Alegria e interpretação de Joana Craveiro e Pedro Caeiro.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nova criação de Quico Cadaval


Na sala Nasa, em Santiago de Compostela, Berrobambán apresenta Pressing Catch, com Paula Carballeira, Anabell Gago, Chiqui Pereira e Hugo Torres. Texto de Paula Carballeira com encenação de Quico Cadaval, coreografia de David Loira e música de Soyuz, estreia no dia 11 de Março.

Mais informações em
http://www.salanasa.com/

terça-feira, 9 de março de 2010

Nova distinção internacional - FITEI membro honorário do CELCIT


O FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica foi recentemente distinguido com o título de Membro Honorário do Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral, CELCIT Espanha, instituição teatral sedeada em Espanha, dedicada à difusão, formação e investigação na área do teatro iberoamericano.

Mário Moutinho, presidente e director artístico do Festival irá receber o título na cerimónia de homenagem ao FITEI que decorrerá durante a realização de um dos festivais de teatro de Espanha, Cádiz ou Agïmes, em data a anunciar brevemente.

Com esta distinção, o CELCIT pretende assinalar e honrar o contributo do FITEI para a afirmação e promoção do teatro proveniente do espaço ibero-americano. Já em 1989 o festival tinha sido agraciado pelo CELCIT com o prémio especial Ollontay.

Também em 2008, o FITEI tinha sido galardoado com o Prémio Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas, atribuído pela Sociedad General de Autores y Editores de Espanha, um dos maiores reconhecimentos aos profissionais de teatro e dança de Espanha.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Frankenstein na versão de Sarah Wallace em Madrid


Producciones Come y Calla estreia em 10 de Março e mantém em cena até 4 de Abril, no Teatro del Canal, de Madrid, o seu último espectáculo, 'Frankenstein o el moderno Prometeo'. A montagem tem como referência a novela original de Mary Shelley, um dos ícones do romantismo e obra chave da literatura universal.

A representação de Come y Calla parte da versão de Sarah Wallace dirigida por Gustavo Tambascio.

Raúl Peña (Víctor Frankenstein) e José Luis Salcedo, são os actores principais, secundados por Natalia Hernández, Eduardo Casanova, Nerea Moreno, Javier Ibarz, Emilio Gavira, Mario Sánchez e pelo músico Álvaro Alvarado.

domingo, 7 de março de 2010

Galpão do Folias apresenta peça sobre as razões que levam o ser humano a abandonar o seu lugar de origem


Com direcção de Marco António Rodrigues, a peça Êxodos - O Eclipse Da Terra é a primeira encenação do grupo Folias D´Arte desde a morte do actor, encenador e dramaturgo Reinaldo Maia, um dos fundadores do Galpão do Folias. Dessa vez, a companhia aposta num texto audacioso que fala sobre as migrações reais e metafóricas do ser humano.

O texto, escrito pelos próprios actores, foi inspirado no trabalho Êxodos, do fotógrafo Sebastião Salgado, e em Gabriel García Márquez. O espectáculo conta as aventuras de um anjo marinho após o naufrágio de sua tripulação. Ele passa a buscar novos tripulantes, mas os personagens estão em estado de desequilíbrio, esperando encontrar um lugar mágico para viver.

Até a 30 de Maio de 2010, no Galpão do Folias, São Paulo.

sábado, 6 de março de 2010

A arte de comédia no Abadia


El arte de la comedia, de Eduardo de Filippo, com encenação de Carles Alfaro, é a nova produção do Teatro de La Abadía, de Madrid.

O mundo do espectáculo e o espectáculo do mundo são inseparáveis. Oreste Campese, director de um modesto teatro, recorre ao novo governador para solicitar o seu apoio depois de um incêndio no local. Terminada a entrevista, o governador atende outras visitas: o médico, o pároco, a professora... Mas são realmente os habitantes da povoação que vêem expor os seus dramas pessoais ou são os actores de Campese?

Até 21 de Março.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Universo de Beckett na Comuna


Terra, buracos, paisagem, mesas, contentores, latas, água, líquidos, pedras. Um homem nu que executa ações confinado a um espaço; um homem registra em áudio memórias, canções; uma boca vocifera um discurso de forma estonteante; três cabeças enterradas falam sobre a sua vida sem se relacionarem; dois homens executam tarefas à vez, partilham a mesma roupa, porque sim, é inevitável. Não há princípio nem fim apenas o meio.

A Felicidade, Amanhã... é um espectáculo a partir das imagens e do universo dos dramatículos de Beckett, donde emergem Play , Não Eu e Acto sem Palavras II.

Concepção e direcção de Álvaro Correia, com Alexandre Lopes, Carlos Paulo, Hugo Franco, Maria Ana Filipe, Marco Paiva, Miguel Sermão, Rui Neto e Tânia Alves.

Em cena na Comuna, Lisboa, até 27 de Março

quinta-feira, 4 de março de 2010

EL ENCUENTRO DE DESCARTES CON PASCAL JOVEN


Descartes e Pascal encontram-se em 1647. Assistimos à possível discussão entre os dois filósofos unidos pela paixão pela matemática: a razão é a ferramenta para alcançar a verdade através das ciências, ou o empirismo e o racionalismo nunca foram tão longe como a fé na compreensão do universo?

É o regresso de Josep Maria Flotats ao Lliure, num trabalho que dirige e interpreta juntamente com Albert Triola e que estará em cena, na Sala Fabià Puigserver, do Teatro Lliure, até ao dia 21 de Março.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meridional na Póvoa


Contos em Viagem Brasil - outras rotas, espectáculo do Teatro Meridional com encenação de Miguel Seabra e dramaturgia e selecção de textos de Natália Luíza, apresenta-se no Auditório da Póvoa do Varzim no dia 6 de Março.

Brasil, território imenso e grandioso, feito de paisagens plurais, múltiplas especificidades e uma magnificente produção literária. Desenhámos uma rota prévia, escolhendo viajar através de lugares que têm mais perto ou mais longe o Rio S. Francisco ou, como popularmente é chamado, o Velho Chico. Este Rio atravessa cinco Estados - Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe - e foi da produção literária dos autores que nasceram nestes lugares, que organizámos a Outra Viagem: a das palavras. Nessa viagem pelos textos, o pressuposto é sempre sermos levados pela poética das estórias, da geografia dos lugares, pelas diferentes tipologias da sua gente, por diferentes sensibilidades, permitindo que cada espectador redesenhe a sua própria viagem, num encontro com paisagens desconhecidas que possam ser reconfiguradas na sua rede de símbolos, actualizando-as no lugar e no tempo de cada um. Uma actriz e um músico serão os nossos guias. Através do corpo, da voz, da ambiência sonora e de signos cénicos tão abstractos como abertos, seremos conduzidos do rio ao morro, do morro ao lugarejo, onde encontraremos personagens e lugares que habitam o outro lado do Atlântico, com quem partilhamos tantos afectos e o património comum que é o de falarmos a Língua Portuguesa.

terça-feira, 2 de março de 2010

ALT.Vigo 2010


Entre 11 e 20 de Março, Vigo assiste a uma nova edição do ALT.10 Festival Alternativo das artes cénicas de Vigo.

As informações estão já disponíveis no site do festival:
http://www.festivalt.org/

Este ano, a organização afirma que, apesar da “crise”, volta a apostar na cena livre, no trabalho experimental, nas linguagens que se misturam, na inovação, na dedicação, nos novos criadores e nos que levam anos entreabrindo essa porta que parece sempre trancada, essa porta para um palco aberto a muitas possibilidades e a um tipo de trabalho menos convencional e mais arriscado, isento de estrelas de televisão e de discursos fáceis e vendíveis.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Digressão por Espanha


A distribuidora Maribel Mesón anuncia a digressão por Espanha de Brujas, peça da autoria de Santiago Moncada, com encenação de Manuel Galiana.

Cinco antigas condiscípulas de um internado suíço voltam a reunir-se quinze anos depois da sua licenciatura. Depois de se tornarem íntimas amigas durante os cinco ou seis anos de colégio, encontram-se de novo convertidas em cinco belíssimas mulheres de trinta e tantos anos que conquistaram uma magnífica posição social. Três casaram e as que continuam solteiras conseguiram por méritos próprios um invejável status: uma, como escritora, a outra como amante de homens poderosos. Elena decide expor o verdadeiro motivo da reunião: uma delas tem mantido relações íntimas secretas com o seu marido e está decidida a averiguar quem é. As máscaras vão caindo e o autêntico rosto daquelas cinco mulheres começa a revelar-se.

Brujas tem interpretação de Lara Dibildos, Juncal Rivero, Arantxa del Sol, Carla Duval e Cristina Goyanes.