quinta-feira, 31 de março de 2011

"O Fidalgo Aprendiz" no Teatro Nacional


A partir do texto homónimo de D. FRANCISCO MANUEL DE MELO, e com encenação de JOÃO PEDRO VAZ, o Teatro Nacional D. Maria II apresenta até 15 de Maio "O Fidalgo Aprendiz" .

Auto, farsa ou comédia de tipo burlesco, "O Fidalgo Aprendiz" é uma peça de teatro da autoria de D. Francisco Manuel de Melo, publicada pela primeira vez em 1665. Escrita na prisão, esta é uma obra dramática cheia de personalidades e bem portuguesa, uma farsa como o "Bourgeois Gentilhomme", com as mesmas fontes italianas. Nela se faz a crítica ao fidalgo pelintra, seguindo a tradição vicentina do Ridendo castigat mores.Aprender a dançar sem música, esgrimir sem espada, declamar sem poesia… Eis as lições para a instrução tardia de um nobre provinciano que procura deslumbrar as damas e a cidade. E, à força de tanto (se) enganar, sai enganado. Ícone da dramaturgia clássica nacional, esta peça é agora transformada num espectáculo-oficina, onde o público é convidado a mover-se entre palco e plateia, actor e espectador, observado e observador.

Interpretação de AFONSO SANTOS, CARLOS MALVAREZ, CRISTA ALFAIATE, GONÇALO FONSECA, MÓNICA TAVARES, PAULA MORA e VALDEMAR SANTOS. Trata-se de uma co-produção TNDM II e COMÉDIAS DO MINHO.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Conferências de Cucha Carvalheiro e Eugénia Vasques


Integradas nas Comemorações dos 100 Anos da Universidade de Lisboa e no Primeiro ciclo de palestras "100 Lições", na Segunda-feira, 4 de Abril, entre as 18h00 e as 21h00, realizam-se as conferências de Cucha Carvalheiro 'O MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS: DA FILOSOFIA AO TEATRO' e de Eugénia Vasquez 'ENCONTRO MESTR@S NOTÁVEIS'.

Na sala de Conferências, Reitoria da Universidade de Lisboa.

terça-feira, 29 de março de 2011

Morreu Ângelo de Sousa

Morreu Ângelo de Sousa. Um dos grandes artistas portugueses, pintor, escultor, professor e um grande ser humano.

Em 2007 concebeu para o FITEI uma escultura, de que foram feitas 30 cópias numeradas e assinadas pelo autor. Foram oferecidas às companhias que participaram no XXX FITEI.


Nascido em Maputo (então Lourenço Marques), Moçambique, em 1938, Ângelo César Cardoso de Sousa radicou-se no Porto em 1955, para frequentar a Escola de Belas-Artes, onde se formou em Pintura.

Integrou, nos anos 60, nessa cidade, o grupo “Os Quatro Vintes” (com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues). Criou depois uma obra pessoal e única, que viria a marcar a cena artística portuguesa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Azul Longe nas Colinas

"Atravessemos este sonho aflitivo de uma tarde de Verão pela mão do seu autor, o dramaturgo britânico Dennis Potter (1935-1994): “Quando sonhamos com a infância transportamos o que agora somos. Não é o mundo adulto escrito em letra pequena; a infância é o mundo adulto escrito em letra grande”. Willie, Peter, John, Raymond, Donald, Angela e Audrey brincam no bosque. Libertos da presença inibidora dos adultos, entregam-se a jogos de fantasia e selvajaria. Mas à medida que o jogo avança, a sua inocência ameaça perder-se para sempre… Miúdos de sete anos fisicamente dramatizados por corpos adultos, máscara ficcional que Potter engendrou para sublinhar os aspectos mais negros e mais ternos da imaginação das crianças, compondo um retrato ambivalente dessa “terra do azul” (paraíso perdido ou inferno reencontrado?) evocada no poema de A.E. Housman que lhe serve de mote e epílogo (irónico, ou talvez não). Com Azul Longe nas Colinas, peça escrita para televisão que a BBC estreou em 1979, a actriz Beatriz Batarda volta a sentar-se na cadeira da encenação, para materializar em palco estes ecos distantes de uma memória em eterna reconstrução." - in website TNSJ

Azul Longe nas Colinas, de 8 a 17 de Abril no TeCA, Porto, de Dennis Potter, com tradução de Daniel Jonas e encenação de Beatriz Batarda.

domingo, 27 de março de 2011

Mensagem do Dia Mundial do Teatro, por Jessica Atwooki Kaahwa

O TEATRO AO SERVIÇO DA HUMANIDADE

Este é o momento exacto para uma reflexão sobre o imenso potencial que o Teatro tem para mobilizar as comunidades e criar pontes entre as suas diferenças.

Já, alguma vez, imaginaram que o Teatro pode ser uma ferramenta poderosa para a reconciliação e para a paz mundial?

Enquanto as nações consomem enormes quantidades de dinheiro em missões de paz nas mais diversas áreas de conflitos violentos no mundo, dá-se pouca atenção ao Teatro como alternativa para a mediação e transformação de conflitos. Como podem todos os cidadãos da Terra alcançar a paz universal quando os instrumentos que se deveriam usar para tal são, aparentemente, usados para adquirir poderes externos e repressores?

O Teatro, subtilmente, permeia a alma do Homem dominado pelo medo e desconfiança, alterando a imagem que tem de si mesmo e abrindo um mundo de alternativas para o indivíduo e, por consequência, para a comunidade. Ele pode dar um sentido à realidade de hoje, evitando um futuro incerto.

O Teatro pode intervir de forma simples e directa na política. Ao ser incluído, o Teatro pode conter experiências capazes de transcender conceitos falsos e pré-concebidos.

Além disso, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamos colectivamente e que, por elas, teremos de lutar quando são violadas.

Na previsão de um futuro de paz, deveremos começar por usar meios pacíficos na procura de nos compreendermos melhor, de nos respeitarmos e de reconhecer as contribuições de cada ser humano no processo do caminho da paz. O Teatro é uma linguagem universal, através da qual podemos usar mensagens de paz e de reconciliação.

Com o envolvimento activo de todos os participantes, o Teatro pode fazer com que muitas consciências reconstruam os seus pré-conceitos e, desta forma, dê ao indivíduo a oportunidade de renascer para fazer escolhas baseadas no conhecimento e nas realidades redescobertas.

Para que o Teatro prospere entre as outras formas de arte, deveremos dar um passo firme no futuro, incorporando-o na vida quotidiana, através da abordagem de questões prementes de conflito e de paz.

Na procura da transformação social e na reforma das comunidades, o Teatro já se manifesta em zonas devastadas pela guerra, entre comunidades que sofrem com a pobreza ou com a doença crónica.

Existe um número crescente de casos de sucesso onde o Teatro conseguiu mobilizar públicos para promover a consciencialização no apoio às vítimas de traumas pós-guerra.

Faz sentido existirem plataformas culturais, como o Instituto Internacional de Teatro, que visam consolidar a paz e a amizade entre as nações.

Conhecendo o poder que o Teatro tem é, então, uma farsa manter o silêncio em tempos como este e deixar que sejam “guardiães” da paz no nosso mundo os que empunham armas e lançam bombas.

Como podem os instrumentos de alienação serem, ao mesmo tempo instrumentos de paz e reconciliação?

Exorto-vos, neste Dia Mundial do Teatro, a pensar nesta perspectiva e a divulgar o Teatro, como uma ferramenta universal de diálogo, para a transformação social e para a reforma das comunidades.

Enquanto as Nações Unidas gastam somas colossais em missões de paz com o uso de armas por todo o mundo, o Teatro é uma alternativa espontânea e humana, menos dispendiosa e muito mais potente.

Não será a única forma de conseguir a paz, mas o Teatro, certamente, deverá ser utilizado como uma ferramenta eficaz nas missões de paz.

Jessica Atwooki Kaahwa

sexta-feira, 25 de março de 2011

Atribuidos os Prémios de Teatro María Casares 2010

'Super 8', da companhia galega Voadora, ganhou o Prémio para a Melhor Encenação, nos Prémios de Teatro María Casares. Este espectáculo estará no Porto, na próxima edição do FITEI. A direcção artística de "Super 8" é de Marta Pazos.

Os Prémios de Teatro María Casares, de periodicidade anual, foram criados pela Associação de Actores e Actrizes da Galiza como estímulo e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos profissionais das artes cénicas galegas.

A obra 'Un cranio furado', de Producións Teatrais Excéntricas, foi um dos grandes vencedores dos XV Prémios María Casares, uma vez que conseguiu quatro galardões, sendo um deles o melhor espectáculo teatral do ano na Galiza.

A peça 'Trogloditas', de Taranxina Teatro, ganhou nas categorias Melhor Maquilhagem e Melhor Vestuário; 'Memorias das memorias dun neno labrego', de Abrapalabra, e 'Limpeza de Sangue', de Espello Cóncavo, venceram na Melhor Adaptação e Melhor Texto Original, respectivamente.

'Life is a paripé', de Obras Públicas, ganhou a Melhor Música Original e Melhor Actriz protagonista (Iolanda Muíños). 'Volpone', de Talía Teatro, ganhou o María Casares para a Melhor Actriz Secundária (Marta Ríos). 'O incerto señor don Hamlet, príncipe de Dinamarca', de Sarabela Teatro, recebeu o galardão correspondente ao Melhor desenho de Luz.

quinta-feira, 24 de março de 2011

TARDE MUNDIAL DO TEATRO | A FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA – OS EMERGENTES DO PORTO?


TARDE MUNDIAL DO TEATRO A FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA – OS EMERGENTES DO PORTO? finaliza o ciclo de teatro do Porto que o Teatro Municipal São Luiz realiza em Lisboa desde o dia 18 de Fevereiro.

A 27 de Março, a partir das 15h00, na Tarde Mundial do Teatro, os públicos de Lisboa e do Porto juntam-se numa festa performativa e cheia de surpresas.

Uma antiga fábrica (sita na Rua da Alegria logo abaixo da Escola Superior de Musica e Artes do Espectáculo) tornou-se uma incubadora não oficial de novos projectos teatrais que agora vêm ocupar o Teatro São Luiz numa festa performativa cheia de surpresas – serão estes os emergentes do Porto?

O PÙBLICO VAI AO TEATRO
TEATRO MEIA VOLTA E DEPOIS À ESQUERDA QUANDO EU DISSER
ENTRADA PRINCIPAL - ÀS 15h00M/3
DURAÇÃO APROXIMADA 60 MIN

Um ciclo dedicado à produção teatral do Porto em jeito de retrato de família no teatro da capital. Incontornável na definição dos limites da criação e na contextualização dos movimentos artísticos, o público merece a nossa atenção. E se os artistas do Porto vão à capital, porque não ir também o seu primeiro público – conterrâneo e contextual –, se é de traçar um perfil da criação teatral destas Terras de Aquém-Douro que estamos a falar? Dia 27 de Março de 2011, chega às portas do Teatro São Luiz um autocarro cheio de público do Porto para ver o que pelo Porto se faz e para que o público de Lisboa veja quem pelo Porto vê. Mas será que vê? Se não viu, vai ver. E quem quiser, pode levar farnel.


DEAMBULAÇÃO (de UTÓPOLIS)
TEATRO DO FRIO
LARGO CAMÕES E CHIADO - ÀS 15h00 M/6
DURAÇÃO 20 MIN

Eles chegam vindos de outras rotinas em busca de novas perspectivas para os enquadramentos de sempre.

ARRUMADORES DE PESSOAS
RADAR 360º
ENTRADA PRINCIPAL - DAS 15h45 às 20h00

Existem os arrumadores de roupa, os de discos, os de livros, os de lixo... Mas nós, somos os arrumadores de pessoas!

Esta proposta artística vive da interacção com o público e com o espaço físico que acolhe a intervenção. Apostamos numa linguagem plástica forte e procuramos a nossa inspiração na sinalética e nas mensagens codificadas que revestem o nosso quotidiano. Introduzimos o cómico e o absurdo. Orientamos e Desorientamos as regras de organização que suportam as nossas deslocações de um lado para o outro.

Este acto performativo será o resultado de uma acção de formação sob a orientação da Radar 360, que irá decorrer ao longo do Ciclo de Teatro do Porto. O objectivo desta formação será experimentar as ferramentas essenciais que suportam o trabalho de um intérprete de teatro de rua.

DIMAS E GESTAS - Um espectáculo de café-teatro para crucificados
PALMILHA DENTADA
JARDIM DE INVERNO - DAS 16H00 ÀS 20H00
Frase enigmática destinada a criar curiosidade
Dimas, o bom, e Gestas, o mau ladrão, aguardam a chegada de um terceiro elemento que se adivinha que virá pois há uma cruz livre entre as cruzes onde os dois estão crucificados. Enquanto aguardam as personagens vagueiam pelas memórias da sua vida, pelas opções que tomaram e pelas oportunidades que perderam. Quando as personagens se cansam desaparecem, até porque é quase imoral pedir a actores que aguentem 4 horas crucificados. Nesses momentos os dois actores descansam, aproveitando para vaguear pelas memorias da sua vida, pelas opções que tomaram e pelas oportunidades que perderam.


METO A COLHER?!
PELE
LARGO DO PICADEIRO - DAS 16H15 ÀS 20H00

Esta instalação/performance contínua resulta da pesquisa e aprofundamento do tema da violência doméstica, ao longo dos últimos cinco anos, através de vários projectos com diferentes populações, nomeadamente vítimas e agressores. Numa estrutura em forma de cubo, vários intérpretes alternam entre si e recriam quadros domésticos, retratando as diferentes formas de violência no contexto da esfera privada. Como fundo, uma sonoridade constante e cíclica que sustenta a violência doméstica e a improvisação dos intérpretes. Diz o ditado popular que “Entre marido e mulher, ninguém mete a colher!”. Pegando nesta máxima tão profundamente enraizada no quotidiano dos portugueses, esta proposta transfere o espaço privado para o espaço público, desnudando-se aquilo que muitas vezes preferimos não ver, ouvir ou saber. O público opta se entra, ou não, neste espaço íntimo, para que simbolicamente possa, ou não, “meter a colher”.


SILÊNCIO (de DIZ QUE DIZ)
TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 16h15 / 16h50 / 17h30

Em Diz que Diz tomámos um poema e cantámos uma cena. Agora transbordamos essa cena numa atmosfera polifónica a algumas vozes e muitos lençóis.


CEM LAMENTOS
TENDA DE SAIAS
SUB-PALCO - ÀS 16H30 / 17H15 / 18H00
"Sabe que pode contar tudo o que quiser... E a verdade é que precisa de desabafar... Guardou isso tempo de mais. E para quê? O importante é verbalizar. Pôr em palavras estes bocadinhos de realidade que nos pesam na mente... E há pedaços enormes e muito sujos. Sabe a que me refiro, não sabe? Aqueles pedaços mais sujos..."

Regra número 1: se aceitar este encontro, terá de estar seguro de que ele o irá mudar para sempre. Regra número 2: quanto mais expuser de si mesmo, mais probabilidades tem de vir a ganhar o prémio final. Regra número 3: a decisão da Mestre de Cerimónias é soberana. Regra número 4: as apostas apenas podem ser realizadas no momento reservado para tal. Regra número 5: este encontro nunca existiu. Regra número 6: o importante é acreditar. Regra número 7: não há regras. Marta Freitas


FIO DE PRUMO
COMPANHIA ERVA DANINHA
TRAVESSA DOS TEATROS - ÀS 16H30/17H30/18H30/19H30M/12
DURAÇÃO 15 MIN

Encontramo-nos num ambiente industrial assombrado pelos fortes ruídos das máquinas, pelo ar opaco envolto de uma névoa de pó. Perdidos neste amontoado de calor, tijolos e cansaço três malabaristas deixam-se levar pela poesia da construção. Da rigidez de um trabalho árduo nasce a maleabilidade da expressão máxima do corpo com o espaço e com os objectos que o rodeiam.

Neste excerto podemos visualizar uma composição de diferentes momentos deste espectáculo de Circo Contemporâneo. O seu carácter experimental surge do cruzamento entre o malabarismo, a manipulação de tijolos e outras expressões das artes performativas. O trabalho busca um olhar contemporâneo do individuo/artista e do seu lugar na sociedade e na criação.

PERSONAGENS FRAGMENTADAS
RADAR 360º
CAMAROTES DO 1º BALCÃO - ÀS 16h45 / 17h30 / 18h15M/3
DURAÇÃO 30 MIN

Do repErtório de espectáculos criados pela Radar 360º, extraímos algumas personagens e decidimos habitar zonas específicas do Teatro São Luiz. O público é convidado a fazer uma visita panorâmica a estes fragmentos, que transportam universos multidisciplinares e marcam a identidade da companhia.

Decidimos fragmentar os seguintes projectos:

O Baile dos Candeeiros (Projecto Concluído em fase de digressão e internacionalização)
Inspirados em rituais e tradições que remontam ao final dos anos 60, fomos buscar as bases para esta criação ao famoso Baile dos Cinco Candeeiros da Foz do Douro.

Histórias Suspensas (Projecto Concluído em fase de digressão)
Todos nós já ouvimos histórias… Todos nos já a contamos… E quem conta um conto…é um contador de histórias! O Tempo nas histórias ou pára ou passa muito rápido… Aqui suspende-se no olhar de quem assiste e partilha esta aventura!

Off Balance (Work in progress)
Procuramos o equilíbrio no desequilíbrio! Encontramos no absurdo e no burlesco a metáfora perfeita para existir. Reinventamos um mundo ao contrário…Rompemos regras, conceitos e preconceitos, com a vontade clara de comunicar… eu existo, estou aqui, olha para mim.

Zumanos (Projecto em fase de criação)
Uma metamorfose, algures entre Zoo e Humanidade, o indígena civilizado… Uma fronteira ténue, provocativa e simultaneamente poética… O Zoológico: espaço de ficção que pretende recriar a realidade através dos habitats naturais das diferentes espécies que nele habitam.


CENA 10 (de S.Ó.S.)
TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 18H30M/12
DURAÇÃO 10 MIN

Da fragmentação de S.Ó.S. tomámos três cenas em linha de montagem. Ascenção e queda. Abel e Caim. Raquel e Rodolfo. À velocidade da luz.


ÓPERA DOS CINCO EUROS
TEATRO DE FERRO com RADAR 360º E TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 19H00
M/12
DURAÇÃO 60 MIN

“(...) porém foi-nos parecendo que, da mesma maneira que o diplomado sub-empregado a recibo verde deveria sentir-se socialmente solidário do trabalhador sem contrato nem salvaguarda contra a adversidade, o actor sem tecto deveria sentir-se politicamente próximo do migrante sem eira nem beira. É pois de muitos infixáveis que o sonho deste espectáculo se fez e faz. Não imaginávamos que a realidade da actual perseguição movida contra as comunidades ciganas viesse trazer tanta e tão dura água ao nosso moinho. Para combater a tentação modelo único e a formatação made in Europe, os filhos de Caim, grudados aos valores da propriedade e da raiz, terão de reconhecer em si mesmos tudo quanto foram recalcando dos seus desejos inconfessados de nomadismo. Possa a Ópera de 5 Euros ser parte, ínfima mas parte, desse feliz reconhecimento.” Regina Guimarães, Setembro 2010

LIE ACT – THEATRE FOR THE E ARNOISE ’R’ US
FESTA DE ENCERRAMENTO
JARDIM DE INVERNO - ÀS 20H00

Um espectáculo que pretende levar-nos a uma viagem, provocar uma espécie de hipnose. Um concerto-performance de música electrónica, experimental, pop e electroacústica. O meio para fixar a performance de instrumentos musicais passará a ser agora a performance em si.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dois Festivais de Teatro e as Relações Culturais Norte de Portugal/Galiza

Realizam-se as Jornadas de Reflexão Teatral Luso-Galaicas“O CÓMICO DA MAIA E A MOSTRA DE TEATRO DE CANGAS”, no Forum da Maia, nos dias 25 e 26 de Março de 2011(inserido na 5ª edição da “Primavera do Teatro” – Comemorações do dia Mundial do Teatro)

Organização: Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia
Coordenação: José Leitão (director artístico do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia)Colaboração do Teatro Art´ImagemApoio:Asociación Xíria (organizadora da Mostra Internacional de Teatro Cómico e Festivo de Cangas do Morrazo)RGT – Revista Galega de Teatro

Temas em debate:
RELAÇÃO E HISTORIAL DOS DOIS FESTIVAIS
a) Suas estruturas de criação e produção
b) A presença de companhias dos dois lados do Minho
c) Aprofundamento dos conceitos “cómico” e “festivo”.

2. RELAÇÕES TEATRAIS NORTE DE PORTUGAL/GALIZA
a) O historial e a situação actual
b) Relação e informação sobre entidades públicas e privadas existentes e estratégias para melhorar o trabalho de cooperação
c) Festivais, companhias e estruturas teatrais destas regiões e seu relacionamento
d) O português e o galego ou o português “galego” e o galego “português” e /ou a proximidade geográfico –cultural como plataformas imediatas de aproximação teatral.

3. AS AUTARQUIAS E O ESTADO NO DESENVOLVIMENTO DAS RELAÇÕES CULTURAIS DAS DUAS REGIÕES

terça-feira, 22 de março de 2011

"Missa do Galo", uma "cantata pop"

O Cine-teatro Constantino Nery, em Matosinhos, tem em cena "Missa do Galo", uma "cantata pop" e profana, inspirada nas cerimónias da noite de Natal em Trás-os-Montes, mas que leva ao palco os pecados dos dias que correm numa atmosfera actual e urbana.

"Missa do Galo" é uma metáfora musical da autoria do letrista Carlos Tê e do ex-trovante Manuel Paulo, com encenação da directora artística do teatro, Luísa Pinto.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um espectáculo de Mónica Calle na Casa Conveniente

ANÚNCIO DE MORTE 1. ÁLBUM DE FAMÍLIA, um espectáculo de Mónica Calle a partir de "A Máquina-Hamlet" de Heiner Müller, com Tiago Vieira, estreia dia 24 de Março, mantendo-se em cartaz até 3 de Abril de 2011, todos os dias, em sessões contínuas, das 20h às 24h, na Casa Conveniente, em Lisboa.

"A fórmula do teatro é apenas nascimento e morte. O efeito do teatro, o seu impacto, é o medo da transformação porque a última transformação é a morte. Existem apenas duas formas de lidar com esse medo: como comédia, deflagrando o medo da morte; e como tragédia, elevando-o".

Com o tríptico ANÚNCIO DE MORTE, inicia-se na Casa Conveniente uma programação inteiramente dedicada a Heiner Müller até ao final do ano. "Álbum de Família", "Sete Espelhos no Quarto de Dormir" e "O Passeio das Raparigas Mortas", três monólogos a estrear em Março, Abril e Maio de 2011, marcam a abertura deste ciclo.

domingo, 20 de março de 2011

No dia Mundial do Teatro a Casa da Música apresenta A Fevre de Wallace Shawn

O teatro e a música trocam de casa para se celebrarem: a Casa da Música comemorou, no dia 1 de Outubro, o Dia Mundial da Música no TNSJ, que no dia 27 de Março retribui o gesto, assinalando o Dia Mundial do Teatro no edifício de Rem Koolhaas. Na ocasião, João Reis interpreta A Febre, monólogo incómodo de Wallace Shawn, actor que reconhecemos de filmes de comédia norte-americanos, mas que é também autor de peças politicamente controversas. Neste texto de 1990, o dramaturgo explora sem piedade a ambiguidade moral da América liberal na relação com os países do "terceiro mundo". Num cenário de guerra, um homem adoece num miserável quarto de hotel. Olhar pela janela implica testemunhar execuções e outras atrocidades. Mergulho em profundidade na consciência da culpa, este A Febre encenado por Marcos Barbosa tem em João Reis um intérprete inteiro, que nos devolve um teatro para ver o mundo no dia em que o mundo olha para o teatro.

A Febre é um texto político, com certeza, mas não como esses outros, aqueles outros, esses tais que sabiam a verdade toda, e a verdade logo com V grande, ó caneco, e não admitiam qualquer "senão", nenhum "porém", nem sequer um tremelicante "quê?". Não, este A Febre não é nenhuma cassete desbobinada a partir do púlpito ou do palanque, aqui não há nada dessa pose de "dono da verdade" de tanto texto dito "político". Aqui "político" não precisa de aspas, aqui "político" não é a tradução nacional-porreirista de "fraquito", ou "ali entre o medíocre e o mediano", ou chato-como-a-potassa-mas-aguentem-lá-em-nome-da-crença-ideológica-ou-clubística-cá-da-malta. Nesta magnífica peça - monólogo? conto? ensaio? discurso? - de Wallace Shawn, o político vem do próprio texto, não aparece imposto de fora, caído de pára-quedas, descido dos céus para nos vender uma qualquer metáfora-lição em palavras de pedra. Aqui o político surge das entrelinhas da vida; de uma vida na primeira pessoa que nos é mostrada mais do que explicada. Aqui o político implica-nos de imediato porque parte de um viver concreto, de uma história bem-feita, isto é, feita verdade.- Jacinto Lucas Pires - Excerto de "Punho fechado". In Solos: [Programa]. Porto: Teatro Nacional São João, 2010.

Jacinto Lucas Pires é responsável pela tradução e a interpretação é de João Reis.

sábado, 19 de março de 2011

Continua em Lisboa o "CICLO DE TEATRO DO PORTO? DE ANTÓNIO PEDRO à FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA"



"CICLO DE TEATRO DO PORTO? DE ANTÓNIO PEDRO à FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA" continua no Teatro São Luiz, em Lisboa. Destaques deste fim-de-semana:

18 e 19 Mar
A COMISSÃO
de Ana Vitorino e Carlos Costa
VISÕES ÚTEIS
Sexta e Sábado às 22h00
Foyer Jardim Inverno

Numa sala de reuniões uma Comissão reúne para aprovar o Plano de Acção elaborado pelo Comité Executivo a partir do Programa Estratégico previamente definido e aprovado. Os membros do Comité Executivo (o elenco) recebem os restantes membros da Comissão (os espectadores) e têm a delicada missão de apresentar de modo convincente o Plano de Acção que prepararam de modo a obter uma maioria de votos positivos. Ao longo da reunião exibem-se gráficos, esmiúçam-se burocracias e esgrimem-se terminologias. E aos poucos vai-se instalando a dúvida quanto à competência e à isenção dos principais responsáveis. Conseguirá esta Comissão reunir o consenso generalizado? Uma bem-humorada reflexão acerca dos actuais mecanismos de decisão política e económica, questionando a linguagem enquanto mecanismo de exercício de poder e domínio.

18 e 19 Mar
LIBRAÇÃO
de Lluïsa Cunillé
AS BOAS RAPARIGAS VÃO PARA O CÉU, AS MÁS VÃO PARA TODO O LADO
Sexta e Sábado às 23h30
Teatro-Estúdio Mário Viegas

Libração significa "movimento como que de oscilação que um corpo, ligeiramente perturbado no seu equilíbrio, efectua até recuperar pouco a pouco." Libração é o "encontro entre duas mulheres num parque de uma cidade durante três noites de lua cheia. Faz frio, talvez seja Inverno ou finais de Outono." (Lluïsa Cunillé)
O tempo: meia-noite em ponto. O espaço: um parque onde tudo é de ferro. No parque, mobiliário urbano onde se encontram imagens de infância: cavalos que chiam, placas que proíbem deixar os cães à solta, a ronda da polícia vigiando ciclicamente todas as presenças reais... As palavras, as estratégias, os reconhecimentos, as memórias, as necessidades, o filho de uma e os cães da outra...

19 e 20 Mar
MÃO NA BOCA
de Joana Providência
TEATRO DO BOLHÃO
Sábado às 21hOO; Domingo às 17h30
Sala Principal

Mão na Boca nasce do desafio lançado pelo Museu de Serralves à coreógrafa e membro da direcção artística da companhia, Joana Providência, no âmbito da Exposição Retrospectiva de Paula Rego, em 2004. Para Joana Providência a criação de Mão na Boca "desenvolveu-se num duplo sentido: por um lado, constituíram-se como impulsos geradores do processo as gravuras, os desenhos e as pinturas de Paula Rego e os universos de conto/fábula/romance que são a sua moldura, por outro lado, configuraram-se como motes do trabalho as marcas escondidas, ou menos legíveis, de uma memória: os seus medos, os seus sons, o seu imaginário".

sexta-feira, 18 de março de 2011

José Monleón receberá no dia 9 de Maio em Córdoba o Prémio Max de Honra.


O dramaturgo, crítico teatral e encenador José Monleón foi galardoado com o Prémio Max de Honra 2011. Prémio Nacional de Teatro (2004), o crítico teatral vê premiada assim uma vida inteira dedicada ao Teatro. Fundador e director do Instituto Internacional de Teatro do Mediterrâneo, a sua trajectória profissional esteve sempre vinculada à promoção e defesa das Artes Cénicas.

O Prémio Max de Honra é uma das quatro estatuetas entregues por designação directa, tal como o PrémioNovas Tendências, o Prémio da Crítica e o Prémio Iberoamericano. José Monleón receberá o galardão na cerimónia de entrega da XIV Edição dos Prémios Max, em Córdova.

Nota de imprensa dos Prémios Max AQUI

quinta-feira, 17 de março de 2011

Jacinto Lucas Pires de novo no TNSJ

Exactamente Antunes, de Jacinto Lucas Pires a partir de "Nome de Guerra", de Almada Negreiros, com encenação de Cristina Carvalhal e Nuno Carinhas, que também assina a cenografia e figurinos, e interpretação de Joana Carvalho, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Mané Carvalho, Paulo Freixinho e Paulo Moura Lopes, estreia no Teatro nacional São João, no dia 17 de Março.

“Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.” Com Exactamente Antunes, é como se Jacinto Lucas Pires – concitado por Nuno Carinhas – respondesse ao apelo de Almada Negreiros, desencaminhando-lhe Nome de Guerra para a cena. Obra de uma prodigiosa frescura e ingenuidade, o romance instala-nos no percurso (ou carrossel) iniciático de Antunes, provinciano sacudido pelos acasos da sorte na grande cidade, que, entre o clube nocturno e o quarto de hotel, acumula a experiência bastante para concluir que… nenhum saber resulta da acumulação de experiência. Partilhando com Almada o prazer dos paradoxos e a lúdica reinvenção da linguagem, Jacinto Lucas Pires explora a teatralidade que informa este “espectáculo de um homem em luta livre consigo mesmo”, ora pirandellizando-o – por lá irrompe, em futurista fato-macaco, o Autor em busca da sua personagem –, ora brechtianizando-o, ao projectar em cena títulos de capítulos e outras sentenças, irónicas e desconcertantes. Nuno Carinhas assume, enquanto cenógrafo e figurinista, o papel de tridimensionar esta “obra-prima de desenho”, como lhe chamou David Mourão-Ferreira. A encenação, partilha-a com Cristina Carvalhal, num gesto de celebração do génio de Almada, para quem o teatro é “o escaparate de todas as artes”. - in Web site TNSJ

quarta-feira, 16 de março de 2011

O Pyrgo de Chaves no Teatro Maria Matos

Um dos fundamentais projectos experimentais portugueses estreia a sua nova peça num concerto intimista no palco do Teatro Maria Matos. David Maranha, Patrícia Machás e Manuel Mota dedicam-se aos instrumentos convencionais, André Maranha e Francisco Tropa a outras fontes sonoras e a projecções de imagens num jogo minuciosamente calculado de luz e som, de sombras e percussões: O Pyrgo de Chaves, Domingo. 20 de Março, às 18h00.

Entre Janeiro e Março de 2010, os Osso Exótico apresentaram na Fundação Serralves (Porto), na Appleton Square (Lisboa) e no Beursschouwburg (Bruxelas) O Vapor Que Se Eleva Do Arroz Enquanto Coze, uma das peças que define melhor o actual estado de alma deste projecto: David Maranha, Patrícia Machás e Manuel Mota dedicaram-se aos instrumentos convencionais, André Maranha e Francisco Tropa a outras fontes sonoras e a projecções de imagens arquitectando um som que orbitou entre o rigor tenso dos instrumentos de teclas e a guitarra sinuosa de Manuel Mota, aliado a um contraponto visual, também minimal, de projecções de figuras fora de escala, equilibrando na perfeição o que o grupo lisboeta quer fazer dentro de um campo artístico muito alargado. Sons e imagens tornam-se formas plásticas, moldáveis ao longo do tempo, jogando habilmente com a nossa percepção. Levando ao limite a nossa aproximação ao seu universo, os Osso Exótico propõem uma nova peça,convidando o público para se sentar em seu redor, no palco, atraindo diferentes perspectivas das suas novas composições.

Osso Exótico - David Maranha, Patrícia Machás, Manuel Mota, André Maranha, Francisco Tropa

terça-feira, 15 de março de 2011

"Holiday" no Porto, no dia mundial de teatro e integrado no programa Odisseia.


Chamam-lhe musical barroco contemporâneo e dizem que é de um realismo minimal. Depois de se ter apresentado em Lisboa, é a vez da galardoada peça da companhia australiana Ranters Theatre se mostrar ao Porto. De 24 a 27 de Março, no Estúdio Zero, a convite do Teatro Nacional de São João.A língua é a inglesa (com legendas), a banda sonora barroco-contemporânea (com Vivaldi, Corelli e Albinoni) e o cenário principal, uma piscina insuflável. É em torno dela que dois homens (Paul Lum e Patrick Moffatt), supostamente de férias, falam das ansiedades escondidas, das fantasias privadas, do tédio, das mitologias pessoais e de comportamentos inexplicáveis do homem.

"Holiday" foi bem recebido pela crítica e pelo público. Os dois actores foram distinguidos com o prémio de melhor intérprete masculino do Dublin Fringe Festival 2009 e a peça recebeu cinco Green Room Awards em 2007.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Encenação de Chung-euy Park na abertura da dFeria de Donostia

Começou hoje em Donostia / San Sebastian, no País Basco, mais uma edição da dFeria, este ano com uma dimensão um pouco mais pequena. O espectáculo de abertura coube ao grupo CHO-IN THEATRE, com a tragédia "Hotel Splendid", sobre as 200.000 jovens coreanas transformadas em escravas sexuais pelo exército japonês durante a II Guerra Mundial.

Na edição de 2011 da dFeria, Portugal está representado pelo Teatro de Marionetas do Porto, que apresentará "Wonderland", no dia 16.

domingo, 13 de março de 2011

Xan Cejudo galardoado na Galiza


A Associação de Actores e Actrizes da Galiza (AAAG) entregará o prémio de Honra Marisa Soto de 2011 ao actor da Corunha, Xan Cejudo, pela “longa trajectória e singular contribuição à profissionalização do teatro na Galiza”.

O presidente da Associação, Antonio Durán Morris, afirmou que Cejudo “deixou um legado técnico e intelectual no teatro”, e salientou que o mundo da cena lhe deve muito”. Também a vogal de AAAG, Casilda Alfaro elogiou o premiado, a que chamou “mestre dos mestres, de grande capacidade criativa e generosidade artística”.

O galardão será entregue no próximo dia 23 de Março, no Teatro Rosalía de Castro, da Corunha.

sábado, 12 de março de 2011

Ciclo de Teatro do Porto? | 4ª semana


O Ciclo de Teatro do Porto? prossegue no Teatro São Luiz, em Lisboa.

12 e 13 Mar
MANSARDA, pela Companhia
CIRCOLANDO
Sábado às 21h00; Domingo às 17h30
Sala Principal
M/6
Duração 80 min

Espectáculo final do ciclo Poética da Casa, Mansarda instala-nos nesse lugar entre céu e terra – o sótão, as águas-furtadas –, propondo-nos uma súmula de várias ideias de casa. Uma súmula de memórias vivas, feitas de terra, ar e água, com a forma redonda do tempo solar: dia, noite, Inverno, Verão. Na base das nossas pesquisas, as casas onde guardamos o coração. As casas com raízes e sabor a terra, com a lembrança dos campos e dos animais, com o frio, a neve e os serões em comunidade. As casas com vento, barcos-baloiços, amores e desamores. As casas da terra sedenta, as casas com sonhos de mar. Sucessão de quadros que podem ter diversas leituras, a obra abre-se às histórias singulares de cada espectador.

Debate 12 MAR
DRAMATURGIA A NORTE

Participantes Daniel Jonas, Jorge Louraço Figueira, Luís Mestre, Regina Guimarães e Saguenail
Moderação Alexandra Moreira da Silva

sexta-feira, 11 de março de 2011

PEDRO E INÊS - ESTREIA NACIONAL, pelo Teatro O Bando, dia 11 Março no Grande Auditório das Caldas da Raínha


Pretendendo revisitar a lenda e a história de Pedro e Inês, o Teatro O Bando convidou o encenador russo Anatoly Praudin e a dramaturga alemã Odette Bereska a criarem um espectáculo onde a sua visão externa, influenciada por outras tradições literárias, pudesse trazer algo de novo a uma história profundamente enraizada na cultura portuguesa. Procurando também promover o contacto com novos autores portugueses, foi pedido a Miguel Jesus que criasse um texto inédito para esta produção. Num registo dramático e realista que caminha progressivamente para o poético e para o metafórico, o texto actualiza esta temática conferindo-lhe um cariz intemporal que explora sobretudo as relações de culpa e de vingança que se estabelecem entre os vários personagens envolvidos no assassinato de Inês.

A partir do texto inédito "Inês Morre" de Miguel Jesus

Encenação de Anatoly Praudin

Interpretação de Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer

Coordenação artística de João Brites

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Philosophia do Gabiru, de Quinta, 10 a Segunda 14 de Março, no Teatro Maria Matos em Lisboa

A Philosophia do Gabiru revisita o universo literário de Raul Brandão. As diversas personagens que povoam a sua poesia correspondem a um prolongamento do seu eu contraditório e do seu pensamento crítico. O espectáculo pretende explorar aquilo que eram os sonhos e as liberdades filosóficas deste filho da República.

direcção artística e encenação Martim Pedroso texto Raul Brandão & Nelson Guerreiro dramaturgia Martim Pedroso & Nelson Guerreiro consultoria literária Maria Antónia Oliveira assistência de encenação Ana Ribeiro interpretação Carlos Alves, Flávia Gusmão, Martim Pedroso, Nelson Guerreiro, Paula Só, Tânia Leonardo e Tiago Barbosa colaboração no espaço cénico Sttiga colaboração nos figurinos Carla Freire sonoplastia António Duarte desenho de luz Mafalda Oliveira produção executiva Filipa Achega produção Materiais Diversos co-produção Teatro Maria Matos / Centro Cultural Vila-Flôr residência artística Negócio – ZDB apoios CCB – Centro Cultural de Belém / São Luiz – Teatro Municipal / Atelier RE.AL / Flora Garden

quarta-feira, 9 de março de 2011

Programação do ALT VIGO 11

Começa no próximo dia 10 o ALT11, realizado em Vigo, um dos mais inovadores certames de artes cénicas realizados em Espanha.

Na sua 10ª edição o ALT VIGO apresenta o seguinte programa:

Dia 10 Dia especial da Mulher
"Novas creadoras galegas" (programa em colaboração com a unidade de igualdade da Universidade de Vigo)

Local: MARCO ( 20h)
Compahia: Nut Teatro (Galiza) - "My Own Life" (teatro/performance)

Local: Auditório do Concelho de Vigo (21h30)
Compahia: Nuria Sotelo (Galiza) - "Métanse nos seus asuntos" (dança)

Dia 11
Local: MARCO (20h.)
Companhia: Neil Harbison e Mon Ribas - "SONOCROMATISMO"
(Debate sobre o trabalho do dia 11: Neil Harbisson é o primeiro homem reconhecido oficialmente como cyborg)

Local: Auditório do Concelho de Vigo (21h30)
Compahia: Francisco Camacho (Portugal)
"RIP" (dança)

Sábado 12
Local: MARCO (20 h.)
Companhia: Neil Harbison e Mon Ribas (Cataluña)
"El sonido del naranjo" (Dança- teatro experimental)

Local: Auditório do Concelho de Vigo (21.30h.)
Companhia: Flakos Danza (Euskadi)
"Out" (Dança Contemporânea)


Domingo 13
Local: Auditório do Concelho de Vigo (18h.)
Compahia: Ambra Senatore (Itália)
"Passo-duo, EDA-solo" (dança contemporânea, dança-teatro)

Dia 17
Local: MARCO
Companhia: José Antonio Portillo (Valencia)
"Biblioteca de cuerdas y nudos" (Instalação – Espaço - narração)

Local: Auditório do Concelho de Vigo
Companhia: Mimán Teatro (Madrid)
"Y así pasan los días"

Dia 18
Local: Praza da Constitución (19h.)
Companhia: Los Torreznos (Madrid)
"El cielo" (Performance)

Local: MARCO (19h00)
Companhia: José Antonio Portillo
"Biblioteca de cuerdas y nudos" (Instalação – Espaço - narração)

Local: Auditório do Concelho de Vigo (21.30h.)
Companhia: Javier Martín (Galiza)
"El estado crudo" (artes do movimento)

Sábado 19
Local: MARCO (20h.)
Companhia: Los Torreznos
"El desierto" (Performance)

Local: Auditório do Concelho de Vigo (21.30h.)
Compahia: Macarena Recuerda (Catalunha)
"That’s the story of my life" (Performance stop motion)

Domingo 20
Lugar: Auditório do Concelho de Vigo (19h.)
Compahia: Kaputt (Madrid)
"Hamlet"

DURANTE TODO O ALT PERMANECERÁ NO HALL DO AUDITÓRIO A INSTALAÇÃO "La medusa parlante" de Marco Canevacci.

terça-feira, 8 de março de 2011

El Trueque repõe a sua adaptação de Lolita

A companhia colombiana Teatro El Trueque, de Medellin, repõe durante o mês de Março, entre os dias 3 e 19, "Confesiones de un amor casi posible", baseado no romance de Vladimir Nabokov "Lolita".

"Confesiones de un amor casi posible", tem encenação e adaptação dramatúrgica de José Félix Londoño. A companhia, que já encenou textos de Marco Antonio de la Parra, Edgar Allan Poe, Tennessee Williams, Charles Bukowski, Bernard-Marie Koltès, Tomás Carrasquilla e Tchekov, estreou esta peça em 2010.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A companhia de dança La Intrusa apresentou a sua nova criação


ATARAXIA, a nova criação da companhia La Intrusa Danza, estreou no País Basco, no dia 4 de Março de 2011 no Auditorium Kultur de Leioa.

Segundo Ana Lopez Asencio, “Virginia atraviesa delirios, deseos de hacer, de obtener, de parecer alrededor de un ser ausente. Luego resiste a los encantos de su propia alma y perfora el corazón del éxtasis para caer en las tinieblas donde por fin puede sonreír, sobre un rojo reposado. Con Damián bien cerca. Precioso trabajo recién estrenado el de La Intrusa Danza..."

domingo, 6 de março de 2011

Prémio APCA para As Folhas do Cedro


©f e r n a n d o s t a n k u n s

O prémio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) para o melhor autor 2010, foi atribuído a Samir Yazbek, por "As Folhas do Cedro".

A peça, que iniciou carreira no SESC Vila Mariana, em São Paulo, é inspirada na imigração libanesa no Brasil, durante a construção da estrada trans-amazónica, no período da ditadura militar.

"As Folhas do Cedro" é o quinto trabalho da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou, com Helio Cicero, a mesma de "O Fingidor" (Prémio Shell/99 de melhor autor).


Este prémio foi o coroamento de uma temporada de sucesso de crítica e público em São Paulo, além de outras cidades, durante o segundo semestre de 2010.

sábado, 5 de março de 2011

Estreia absoluta de O Senhor do Seu Nariz


5 de Março é a data de estreia, no Teatro da Vilarinha, de O Senhor do Seu Nariz, história de Álvaro Magalhães, com encenação de João Luiz e interpretação de Patrícia Queirós. O Senhor do seu Nariz fica em cena até 10 de Abril.

Segundo João Luiz, director da companhia Pé de Vento e encenador do espectáculo, a transposição deste conto para o palco «aposta de novo na personagem do contador/narrador e na ambiguidade que a leitura dramatúrgica permitiu aprofundar. A nossa proposta é fazer uma transposição da situação narrada para um plano onde é possível reencontrar a dimensão mágica da escrita de Álvaro Magalhães».

Custou-me muito a nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado, sem ter nada que fazer. Mas tinha que ser e lá acabei por nascer. Foi então que apareceu a fada… Pousou a mão na minha testa e disse:- A vida deste rapaz vai dar para o torto. E foi isso que aconteceu. Era desagradável ser tão diferente do resto da gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?

Assim começa a história de um rapaz condenado a carregar desde a nascença um nariz do tamanho de um chouriço e que transforma a sua graça em desgraça.


sexta-feira, 4 de março de 2011

"DO OUTRO LADO" DE JOÃO BRITES NA 12ª QUADRIENAL DE PRAGA

A Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura de Portugal convidou o encenador e cenógrafo João Brites para representar oficialmente Portugal na Quadrienal de Praga 2011 - Espaço e Design da Performance, a exposição de maior prestígio internacional na área da cenografia e design performativo, este ano com direcção artística de Sodja Zupanc Lotker. A Quadrienal de Praga, organizada pelo Ministério da Cultura da República Checa e pelo Instituto de Teatro de Praga desde 1967, é hoje um evento único à escala global constituindo-se como uma exposição que, juntamente com as suas actividades paralelas, cria um espaço para seminários, workshops e encontros de profissionais e estudantes das artes de palco de todo o mundo. Esta edição organiza-se em 3 secções principais: Países e Regiões, Estudantes e Arquitectura.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ciclo de Teatro do Porto | 3ª semana

No próximo fim-de-semana continua em Lisboa a mostra de teatro da cidade do Porto, com a presença de duas das estruturas mais representativas das artes cénicas da cidade: Assédio e Ensemble. O “Ciclo De Teatro Do Porto? De António Pedro À Fábrica Da Rua Da Alegria”, decorrerá até 27 de Março, numa iniciativa do Teatro São Luiz, ciclo ainda pensado pelo anterior director Jorge Salavisa com a colaboração de Isabel Alves Costa e realizado agora tendo João Pedro Vaz como comissário.

4 e 5 Mar
OSSÁRIO de Mark O’Rowe
ASSéDIO
Sexta às 22h00; Sábado às 23h15 Teatro-Estúdio Mário Viegas

Ossário é “sobre um lugar ficcional na Irlanda, uma pequena cidade abandonada por qualquer espécie de bondade, na qual todo o tipo de transacções, sejam elas físicas, comerciais ou emocionais, têm lugar a um nível violento e desumano. É como uma espécie de cidade de fronteira, sem leis, é a história de três mulheres diferentes que decorre durante um período de seis horas, e é basicamente sobre esse pequeno vislumbre de bondade, essa tentativa de sobreviver num lugar tão completamente perdido e desumano” (Mark O’Rowe). Três personagens, três mulheres, três monólogos, três narrativas que se cruzam para nos contar uma história passada algures num território entre o pesadelo e a realidade. Através da alternância de intervenções monologadas, multiplicam-se as visões sobre um mesmo conjunto de acontecimentos violentos, servidas por uma linguagem ágil, inventiva e veloz, erguida da sarjeta às alturas da mais surpreendente poesia.


5 e 6 Mar
DUETO PARA UM de Tom Kempinsky
ENSEMBLE
Sábado às 21hOO; Domingo às 17h30 Sala Principal

Uma história simples e trágica. Inspirada na vida da famosa violoncelista inglesa Jacqueline du Pré, é a história de uma mulher, Stephanie Abrahams, conceituada violinista que contrai esclerose múltipla no auge da sua carreira. O seu marido, um compositor, convence-a a visitar o psiquiatra Dr. Alfred Feldman ao perceber o efeito corrosivo que uma tão grande perda está a provocar na mulher. A peça gira à volta das sessões de Stephanie com o médico alemão e das difíceis questões que este lhe coloca e que a forçam a revelar os seus sentimentos e ansiedades mais íntimos perante ela própria, o médico e, claro, o público.A primeira de um conjunto de peças sobre artistas e sobre o papel da arte na vida das pessoas que o Ensemble pretende dar a conhecer ao público. O teatro a conjurar para o palco os músicos, os pintores, os poetas.


No Sábado, dia 5, pelas 17 horas, mais um debate, desta feita subordinado ao tema CONJUNTURAS, POTENCIALIDADES E CONSTRANGIMENTOS que contará com a presença de Ada Pereira da Silva, Daniel Pires, João Alpoim Botelho, José Luís Ferreira e moderação de Rui Pina Coelho.