quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Morte de Danton, de Georg Büchner


A Morte de Danton”, de Georg Büchner, lança questões do teatro que interessam a Jorge Silva Melo. A herança de Shakespeare é ultrapassada e o sopro histórico absorvido.

Peça desequilibrada, insólita, premonitória, desarrumada, desalinhada, em que às cenas de multidão se sucedem as insónias mais íntimas e em que a História é vista como um pesadelo noturno. Peça de um negro pessimismo, é uma peça sangrenta de um rapaz olhando a morte. Jorge Silva Melo, rodeado de alguns dos seus mais regulares criadores, traz a Guimarães esta peça política para tempos conturbados. Inserida no âmbito da programação da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, “A Morte de Danton” tem estreia absoluta no Centro Cultural Vila Flor.

Com Miguel Borges, Pedro Gil, Sylvie Rocha, João Meireles, Maria João Pinho, Rita Brütt, Afonso Lagarto, Alexandra Viveiros, Américo Silva, António Simão, Elmano Sancho, Estêvão Antunes, Gustavo Vargas, Hugo Samora, Joana Barros, João Delgado, João de Brito, José Neves, Luís Moreira, Marco Trindade, Mafalda Jara, Mirró Pereira, Nuno Bernardo, Nuno Pardal, Pedro Luzindro, Pedro Mendes, Tiago Matias, Tiago Nogueira, Ricardo Neves-Neves, Rúben Gomes, Rui Rebelo, Vânia Rodrigues e estagiários da ESTC (Bernardo Nabais, Damião Vieira, Daniel Viana, Diogo Tormenta, Filipe Velez, Isac Graça, Ivo Silva, João Pedro Mamede, João Ventura, Pedro Loureiro, Rafael Gomes, Ricardo Teixeira)

Sexta, 2 Março | 22h00 a Sábado, 3 Março | 22h00

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

"Bombas (ou agonias para estes tempos felizes de crises)" de Susana Vidal

© Sandra Ramos

Produção da B Negativo Associação Cultural, vai estar em cena entre 28 de Fevereiro a 4 de Março (de terça a domingo) "Bombas (ou agonias para estes tempos felizes de crises)", na Casa Conveniente, em Lisboa. Texto e encenação de Susana Vidal e interpretação de Carla Ribeiro, Maria João Garcia e Sara de Castro. A cenografia está a cargo de Eric Costa.

Porque tenho que levar a bomba ao peito hoje.
Porque já não posso ouvir falar em economia.
Porque não tenho outra arma senão meu corpo enxuto para explodir, mesmo enxuto com carne suficiente para espalhar entre a vossa.
Agarrem nas bombas, ponham um colete ao peito e corram.
Está todo armadilhado...este lugar é uma bomba prestes a explodir
.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Encenação de Quico Cadaval seleccionada para os Pémios Max

OESTE SOLITARIO, o último espetáculo de Excéntricas, foi selecionado como finalista para a XV edição dos Prémios Max na categoria de Melhor Espetáculo Revelação.

No ano passado, Quico Cadaval ganhou o Max para Melhor Autor Teatral em Galego por "Shakespeare para Ignorantes", outro espetáculo produzido por Excéntricas e protagonizado por Mofa e Befa e pelo próprio Quico Cadaval.

OESTE SOLITARIO de Martin McDonagh é protagonizado por Evaristo Calvo, Víctor Mosqueira, María Lado e Marcos Correa, todos eles dirigidos por Quico Cadaval.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ALMA | de Gil Vicente | dramaturgia Nuno Carinhas, Pedro Sobrado

©TUNA

A thing of beauty is a joy forever
. Foi com este verso de John Keats – “Uma coisa bela é uma alegria que dura para sempre” – que o tradutor inglês do Auto da Alma, Aubrey Bell, descreveu há quase cem anos aquele que é considerado o cume do drama litúrgico português e uma das mais perfeitas realizações da arte medieval. Dois anos depois de se ocupar desse esplêndido mistério vicentino que é o Breve Sumário da História de Deus, transpondo-o para um universo concentracionário, de inquietantes ressonâncias auschwitzianas, Nuno Carinhas toma agora de Gil Vicente a sua Alma. Um auto escrito entre a composição da Barca do Inferno e da Barca do Purgatório, que ao contrário destas não situa a ação no território post mortem, mas recria a ancestral metáfora da vida como peregrinação – um caminho de provação, mudança, descoberta. Com os seus diabos, anjos, doutores da Igreja e uma “Alma caminheira” que é, a um tempo, alegoria de todas as almas e expressão dramática de um carácter individual, Alma questiona, com rara força interpeladora, a natureza humana, a sua liberdade e o seu destino último, a sua inscrição no tempo e a sua demanda de eternidade. Uma obra imensamente divina, logo, profundamente humana, daquele que Teixeira de Pascoaes chamou “o mais Anjo e o mais Demónio de todos os poetas portugueses”.

Alma, no Teatro Nacional S. João, de 9 de Março a 1 de Abril.

Interpretação de Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho e Paulo Moura Lopes.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Segundo volume da vida de Guilhermina Suggia


Acaba de ser lançado o novo livro de Isabel Millet 'A Dama do Castelo', segundo volume da trilogia 'Imagem no espelho', que retrata a vida da grande violoncelista portuguesa Guilhermina Suggia. Escrito com grande conhecimento da sua vida - a autora é filha de uma aluna, grande amiga e confidente da violoncelista - com recurso a ampla documentação e correspondência, este volume centra-se na vida de Guilhermina Suggia após a separação de Pablo Casals, em Inglaterra, onde se relacionou com escritores, intelectuais e artistas das mais diversas áreas.

'A Dama do Castelo' tem a chancela da Chiado Editora. É o quarto livro da autora - o primeiro foi editado sob pseudónimo - que começou a sua carreira no teatro, como actriz, carreira que entretanto abandonou para se dedicar à escrita.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

R.E.A. Danza estreia BROKEN TANGO 2.0

No dia 11 de Março estreia a nova produção de R.E.A. Danza,no Teatro Cervantes de Málaga. A companhia, que esteve no FITEI 2011, integra a montagem de BROKEN TANGO 2.0 nas comemorações do 20º ano de actividades, iniciadas em Mar del Plata, na Argentina e continuadas, a partir de 2001, em Málaga.

Como un tango roto por la mentira, quebrado por las artificiales relaciones humanas, las emociones y sentimientos prefabricados por la sociedad; así es la vida en un burdel en el Buenos Aires de principio del Siglo XX.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Candidaturas abertas para festival na Argentina

Abriram as candidaturas para as companhias argentinas e estrangeiras para VIII Festival Iberoamericano CUMBRE DE LAS AMERICAS 2012, num prazo que termina em 30 de Abril de 2012. O Festival decorre na cidade Mar del Plata, na Argentina de 1 a 9 de Dezembro de 2012, com o objectivo de estimular, promover, intercambiar e difundir as obras e os criadores de artes cénicas.

Podem participar todos criadores com espectáculos destinados ao público adulto de teatro, teatro-dança, mímica, etc.

A ficha de inscrição e outras informações podem ser solicitadas a
hugokogan@yahoo.com.ar

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Workgroup Teatro trazem Romeu e Julieta para a actualidade

Na actualidade decorre uma nova versão da célebre história dos jovens amantes enfrentados por Montéquios e Capuletos, em Verona. Está em cena em Madrid entre 23 de Fevereiro e 11 de Março, na Sala Mirador.

Workgroup Teatro é uma companhia que surge pela mão de antigos alunos da Real Escola Superior de Arte Dramática (RESAD) no ano de 2004. Especializados na investigação e criação de novas linguagens teatrais, puseram em cena diversas montagens como Asfixia, (Sala Réplika, 2006) Gluglu Dreams, (Escena Simulacro, Sala Triángulo 2009) e, mais recentemente, De noche justo antes de los bosques, de Bernard-Marie Koltès.

Nesta sua versão do clássico de Shakespeare ‘Romeu e Julieta’, conjugam os textos clássicos com um intenso trabalho psicofísico dos actores.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ana Bigotte Vieira e Ana Pais em Nova Iorque

Amanhã, dia 22 de Fevereiro de 2012, Ana Bigotte Vieira e Ana Pais falam das artes performativas portuguesas no departamento de Performance Studies da Tisch University em Nova Iorque.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"Tisanas" no Teatro do Bairro


As dezenas de poemas em prosa que a escritora Ana Hatherly tem vindo a publicar, e que apelidou de "tisanas", foram reunidas num espectáculo de António Pires que se estreia na quarta-feira, no Teatro do Bairro, em Lisboa.

"Tisanas - um antídoto contra o cinzento dos dias" é uma peça do encenador António Pires para três atores e uma tecnologia visual: Alexandra Sargento, Francisco Nascimento, Rafael Fonseca e "videomapping".

O cenário é minimal, com uma tela branca do lado esquerdo e quatro blocos brancos do lado oposto. Os três atores, vestidos de branco, servem também de tela para a projecção e manipulação de imagens.

O encenador António Pires construiu uma dramaturgia a partir de um texto não teatral, a partir dos pequenos poemas em forma de prosa que a artista plástica Ana Hatherly tem vindo a escrever e a publicar ao longo das últimas décadas.

Em 1969 começou com "39 Tisanas". Actualmente são "463 Tisanas", curtos textos sobre temas diversos que António Pires tem à cabeceira, como explicou à agência Lusa.

"Conheço estes pequenos poemas em prosa há imenso tempo, desde o início dos anos 1990. É um livro de cabeceira" e "acho que estas tisanas têm imenso de esperança", porque Ana Hatherly constrói e desconstrói o texto e cria de novo, disse António Pires.

[por lusa]

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Chavela em Matosinhos

No dia 1 de Março estreia "CHAVELA", texto de Pedro Pinto e Filipe Pinto, com encenação e dramaturgia de Luisa Pinto e direcção musical de Carlos Tê. A interpretação é de Inês Mariana Moitas, João Miguel Mota e Flora Miranda. Produção Cine Teatro Constantino Nery

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Feria de Teatro de Castilla La Mancha volta a Albacete




A décima sexta edição da Feria de Teatro de Castilla la Mancha será realizada entre 17 e 19 de Abril em Albacete, regressando assim a uma cidade onde já tinha sido organizada em 2010, ainda que excepcionalmente, uma vez que é habitualmente realizada em Portollano.

A Feria de Teatro de Castilla La Mancha é das mais participadas pelos profissionais das artes cénicas de Espanha e dá particular atenção às novas propostas que vão aparecendo por todo o território do estado espanhol, em particular às novas tendências das artes cénicas.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Paco Bezerra encenado por José Luis Gómez

© Ros Ribas

Grooming, de Paco Bezerra, encenado por José Luis Gómez e produzido pelo Teatro de La Abadía, está em cena até 11 de Março.

Um homem e uma jovem conhecem-se através da internet e encontram-se num parque. Um encontro repleto de excitação. Identidades falsas, manipulação e desejos obscuros marcam este cara a cara nocturno, que se desenrola numa atmosfera inquietante, digna de um thriller.

Para além do tema específico da abordagem sexual a menores, a obra explora a forma como tantas vezes se perverte a comunicação entre as pessoas e aborda a necessidade, própria do ser humano, de escapar à sua realidade imediata.

José Luis Gómez mergulha no turvo mundo criado por Paco Bezerra, novíssimo escritor de extraordinário talento, que recebeu em 2009 o Prémio Nacional de Literatura Dramática.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Paper Dolls de Lola Correa pela Inversa Teatro




A companhia galega sediada em Pontevedra Inversa Teatro, dirigida por Marta Pérez, estreia a peça Paper Dolls de Lola Correa, com as actrizes Vanesa Sotelo e Marta Pérez. O projecto é acompanhado do documentário Paper Dolls.doc, dirigido pelo realizador Manu Paz, com a participação de Adrián Figueroa como director de fotografia, Carla Piñeiro na produção e Sara Iglesias no som.

Paper Dolls e Paper Dolls.doc são um claro exemplo da aposta da companhia na procura duma linguagem cénica própria onde convivem os diferentes campos artísticos (desde as artes cénicas ao audiovisual passando pela música e as artes gráficas).

É um projecto peculiar e experimental que consta de uma obra de teatro + um documentário sobre o próprio processo de criação da peça teatral.

Dias 17 e 18 de Fevereiro no Salón Teatro de Santiago de Compostela.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

La Cuadra de Sevilla comemora 40 anos de actividade

Neste dia 15 de Fevereiro, completam-se quatro décadas de actividade da companhia sevilhana La Cuadra. Desde e a estreia de 'Quejío' estreado em Paris, no Festival du Théâtre des Nations, em 1972, foram quarenta anos onde La Cuadra de Sevilla e Salvador Távora se converteram numa das referências incontornáveis das artes cénicas do estado espanhol, um dos modelos paradigmáticos do compromisso, da fusão, da transdisciplinaridade das artes.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

FIM OU PROJECTO FRÁGIL EM ESTRUTURA SUSPENSA


A estreia do espectáculo FIM OU PROJECTO FRÁGIL EM ESTRUTURA SUSPENSA está marcada para o próximo dia 16 de Fevereiro pelas 21h45, na Sala Estúdio do Teatro da Trindade.

“Gostava mesmo de saber o que resta depois do fim... o que vem a seguir a ele... Como lidamos nós com a percepção de um fim?”
Partir do fim e de vários fins, para reflectir sobre a sua inevitabilidade e explorar as reacções humanas perante esta realidade.
Uma mulher idosa que reflecte isoladamente sobre a sua percepção individual do que já foi e do que agora é, surge como o ponto de partida para esta criação. Já Raul Brandão perguntava “O que fizeste da tua vida?”, sendo possível acrescentar “E o que estás a fazer com ela?”
São estes fragmentos, estes restos de memórias, redescobertos e ditos pela boca de uma mulher idosa, e o seu olhar, que impulsionaram as quatro actrizes para uma reflexão sobre as suas próprias vidas, sobre os seus medos, os seus sonhos, os seus percursos, as suas escolhas.
Fim ou projecto Frágil em Estrutura Suspensa é acima de tudo uma reflexão sobre a condição humana, a incompletude que nos acompanha, a nossa limitação frente à inelutável passagem do tempo e a consciência inequívoca deste. A nossa limitação perante a morte e o universo e sobre o silêncio de Deus.

Direcção: Margarida Bento
Assistência: Luís Gomes
Apoio à Dramaturgia: Tiago Vieira
Apoio ao Movimento: Mariana Lemos
Cenografia e Figurinos: Lilo Neto
Desenho de Luz: Miguel Cruz
Música: Joaquim Ponte
Design gráfico: José Fictício
Vídeo e Fotografia: Miguel Godinho
Com: Carla Gomes, Margarida Barata, Rita Neves, Solange Freitas

Produção: A Vara Teatro

De 16 de Fevereiro a 11 de Março
5ª a sábado às 21h45
domingo às 17h
Sala Estúdio do Teatro da Trindade
Lisboa

29 de Março a 1 de Abril
5ª a sábado às 21h45
domingo às 17h
Fábrica da Rua da Alegria
Porto

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quem te porá como fruto nas árvores

Ao longo de um percurso com pouco mais de uma década, foram várias as aproximações que a ASSéDIO promoveu a ficções exteriores ao universo estritamente dramático. Recordemos Doze noturnos em teu nome (2001), a partir de textos de Maria Gabriela Llansol, ou o mais recente O olhar diagonal das coisas (2008), a partir da poesia de Ana Luísa Amaral. Nem dramas com personagens, nem tão pouco recitais, mas objetos disruptivos que ensaiavam diversos modos de fazer teatro, por outras interpostas palavras. Quem te porá como fruto nas árvores visita agora os vértices mais inequívocos e os motivos mais procurados da obra poética de Ruy Belo (1933-1978), construindo-lhe um percurso que transcenda o exercício da declamação, que surja antes da confluência entre as artes cénicas e as artes visuais, trazendo à composição de uma paisagem múltipla o trabalho do videasta Alberto Plácido. Poeta do confronto entre a humanidade e a transcendência, mas também atento desenhador do quotidiano, dos lugares da memória, dos milagres da natureza, e voz aguda da inquietação intelectual e amorosa, Ruy Belo é aqui celebrado para lá do reconhecimento académico ou da leitura privada. - in web site TNSJ


De 16 a 26 de Fevereiro no TeCA, Porto.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

HAMLET 2012 | Teatro Maria Clara Machado

HAMLET 2012, a partir de William Shakespeare. Tradução e adaptação Carolina Floare. Direcção de Sílvia Carvalho. Com Carolina Floare, Vívian Rodrigues, Rodrigo Viegas, Luiza Valente, Camila Falconi, Thais Favatto. Em algum Reino indefinido à beira-mar, morre subitamente a Rainha. Dois meses passados, o Rei viúvo já está casado com sua antiga cunhada, Cláudia, para espanto do povo e revolta da Princesa, Hamlet, ainda em luto pela mãe. Mas o espírito inquieto da Rainha falecida ronda o palácio durante as madrugadas até conseguir comunicar com a filha e revelar as circunstâncias do seu assassinato. Hamlet, intimada a fazer justiça e a endireitar seu Reino caído na corrupção de valores, renuncia ao amor, reflecte e, consequentemente, hesita, procura provas através da loucura e do teatro. Uma tragédia com pitadas de humor, que reflecte sobre a condição humana. Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea), Rio de Janeiro, 13, 14, 15 e 16 de Fevereiro.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

As Comédias do Minho venceram o Prémio da Crítica 2011

As Comédias do Minho venceram o Prémio da Crítica 2011, atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

Num texto assinado por Maria Helena Serôdio, presidente do júri, pode ler-se: "As Comédias do Minho venceram o Prémio da Crítica 201 "Em 2011, e como já vem sendo hábito, as Comédias do Minho investiram na formação e na criação artística dentro e fora de portas, promovendo ações de formação, oficinas e encontros com criadores, e co-produzindo espectáculos com estruturas tão diversas quanto o Teatro Oficina, a Fundação Lapa do Lobo, Ao Cabo Teatro ou o Teatro Nacional Dona Maria II. Estrutura actualmente dirigida pelo ator e encenador João Pedro Vaz, as Comédias integram uma Companhia de Teatro, promovem o Projeto Pedagógico "aproximarte", no qual estão envolvidas várias escolas dos cinco concelhos do Vale do Minho, e apostam num conjunto de Projetos Comunitários em que participam regularmente grupos de teatro amador e associações locais, dando provas de uma sólida e intensa atividade, mostrando-nos, se alguma dúvida persistisse, que o teatro é necessário."

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ovo é a nova criação da companhia Teatro de Marionetas do Porto

© João Tuna

OVO, a partir de uma ideia original de Eric de Sarria, é o novo espectáculo do Teatro de Marionetas do Porto, com estreia marcada para hoje no Mosteiro de São Bento da Vitória, onde ficará em cena até 26 de Fevereiro.

O homem caiu. O crânio abre-se. O tempo expande-se.
O que resta da memória esvai-se no chão. Acabou de perder a noção de futuro, apenas o passado e os seus automatismos persistem.
Era um actor – sem o lastro do teatro – um marionetista?
Aquilo que foi a sua vida, e de que não restam mais do que as ruínas da memória, vê-se fragmentado, dividido em 4 personagens. Nesses instantes em que tudo se constrói e desconstrói com a mesma facilidade, as fronteiras entre os mundos tornam-se cada vez mais porosas. O espaço do palco é o espaço interior povoado pelas 4 personagens surgidas do inconsciente mas capturadas no mundo da representação teatral.

Co-criação de Edgard Fernandes, Eric de Sarria, Isabel Barros, Rui Queiróz de Matos, Sara Henriques e Shirley Resende, com música dee Pedro Tudela e Miguel Carvalhais e interpretação de Edgard Fernandes, Rui Queiróz de Matos, Sara Henriques e Shirley Resende.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Carmen Werner regressa a Madrid

A coreógrafa e Prémio Nacional de Dança em Espanha Carmen Werner e a sua companhia Provisional Danza regressam à Sala Cuarta Pared, em Madrid, entre os dias 22 e 25 de Fevereiro com 'La Mujer Invisible', uma montagem com a linguagem directa e discreta do corpo, sobre o privado e o público.

A companhia Provisional Danza, com presença habitual nos festivais internacionais de dança e participante habital em co-produções com inúmeros países, é dirigida pela coreógrafa e bailarina Carmen Werner.

Para esta criação, Carmen Werner (directora artística e coreógrafa da montagem) contou com o seu colaborador habitual Daniel Abreu e com intérpretes tanto da sua própria companhia, como da 360 Danza, para além da colaboração especial de Rebeca Martín Tassis.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

'Dantzaldia' em Bilbao

No dia 3 de Fevereiro começou em Bilbao o festival de dança contemporânea 'Dantzaldia' , na sua 13ª edição, que até 29 de Março oferecerá representações, projecções de vídeo e ateliers, ocupando um largo número de espaços culturais da cidade.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

“ÓPERA DO MALANDRO” em cartaz na Sede do Teatro Contemporâneo


Ópera do Malandro, de Chico Buarque, uma das peças mais conhecidas do teatro musical brasileiro, é de novo levada a cena, agora numa adaptação e direcção de Eliza Pragana. Repleta de músicas, humor e cenas inusitadas, a peça, que originalmente conta a trajetória da decadência da malandragem carioca dos anos 40, foi transposta para a actualidade onde Max Overseas, o malandro contrabandista, se casa com Teresinha, acobertado pelo delegado Chaves para o desespero dos pais da noiva, Duran e Vitória – donos de todos os prostíbulos da Lapa e inimigos de Max. O enlace instaura a disputa pelo poder entre o malandro e seu sogro.

O texto é extremamente actual, pois o poder do dinheiro, a malandragem e a corrupção estão bem presentes nos dias de hoje, tornando essa montagem, segundo eles próprios, 'a mais política da companhia'.

“ÓPERA DO MALANDRO” em cartaz na Sede do Teatro Contemporâneo, Rio de Janeiro, até 12 de Fevereiro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Propósito da Senhorita Júlia | Teatro Nelson Rodrigues

100 anos após a morte de August Strindberg, a peça A propósito de senhorita Júlia está em cartaz no Rio de Janeiro para homenagear um dos maiores escritores da dramaturgia escandinava. Baseado em 'A Menina Júlia', do dramaturgo sueco, com pitadas também de 'After miss Julie', do inglês Patrick Marber, o drama tem direcção de Walter Lima Jr e conta nos papeis principais com Alessandra Negrini e Armando Babaioff.

A história, adaptada por José Almino, passa-se no Brasil do início do século XXI, questionando o duelo dos sexos e das classes sociais tão presentes na sociedade. Na história, a milionária Júlia envolve-se com o motorista do pai, Moacir (Jean, no original). A relação ganha diferentes tons de acordo com os sentimentos da protagonista: ora ela odeia os homens, ora os deseja de forma quase compulsiva. A fragilidade feminina e o poder do dinheiro levam a narrativa a um desfecho trágico.

No Teatro Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro, até 12 de Fevereiro.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nova montagem de "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant"

Foi estreada do dia 3 de Fevereiro, no Auditório Carlos Paredes, com representações nos dias 4, 5, 9, 10, 11 e 12 de Fevereiro de 2012, uma nova montagem da peça de Rainer Werner Fassbinder As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, na tradução de Yvete Centeno, com direcção de Manuela Passarinho.

Nas palavras da encenadora, "Petra von Kant representa a genialidade lado a lado com a fragilidade".

Adriana Pereira, Diana Figueiredo, Inês Kapinha, Isabel Carreira, Maria Figueiredo, Myriam Santos, Rafaela Covas, Susana Rodrigues e Vitória Sousa interpretam esta nova montagem do texto de Fassbinder, escrito no início dos anos 70.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

TRISTEZA E ALEGRIA NA VIDA DAS GIRAFAS | Teatro Viriato

A produção Mundo Perfeito & AnaPereira.PedroGil TRISTEZA E ALEGRIA NA VIDA DAS GIRAFAS está hoje em cena no palco do Teatro Viriato, em Viseu.

Uma menina de 9 anos, a quem a mãe chamava girafa por ser demasiado alta para a sua idade, atravessa a cidade de Lisboa à procura da única pessoa que pode ajudá-la: o Primeiro-Ministro português Pedro Passos Coelho. Ao longo desta procura pertinente cruza-se com personagens familiares à maioria dos portugueses. A crise económica, a aventura heroica de um urso de peluche com tendências suicidas, o Discovery Channel, uma violinista que já é só uma fotografia, um pantera negra, o dicionário escolar da editorial Sampaio, o cientista búlgaro ou dramaturgo russo Anton Tchekhov compõem esse estranho mundo chamado Lisboa.

Em a Tristeza e alegria na vida das girafas, Tiago Rodrigues volta a usar o teatro para tentar interferir com a nossa perceção da realidade social e política, mas também do próprio teatro. E fá-lo através da voz de uma criança que apresenta um trabalho escolar e empreende a tarefa enciclopédica de tentar explicar o mundo. Mergulhado nas trevas esperançosas do imaginário infantil, este espetáculo tem medo do que as crianças pensam e raiva do que os adultos fazem.

Texto e Encenação Tiago Rodrigues

Intérpretes Carla Galvão, Miguel Borges, Pedro Gil e Tónan Quito

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mujer muerta caminando


Mujer muerta caminando’ é uma proposta cénica fruto de um processo de investigação teatral desenvolvido a partir de textos da novela ‘O Idiota’ de Fiodor M. Dostoievski. Um espaço cénico pequeno com os espectadores rodeando a cena íntima, como clientes dum peep-show, convidados a presenciar uma cerimónia de autodestruição, um harakiri público.

Mujer muerta caminando’ a partir de textos da novela 'O idiota' de Dostoievski, pela Cámara Negra Teatro, com Teté García, Alfredo Padilla, Xosé M. Esperante e Mónica de Nut, sob a direcção de Carlos Álvarez-Ossorio. De 2 a 25 de Fevereiro na Zona C, Santiago de Compostela.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A grande catástrofe do Teatro Baquet em cena no Cine-Teatro Curvo Semedo

A partir da obra “A grande catástrofe do Teatro Baquet. Narrativa fidedigna do terrível incêndio ocorrido na noite de 20 para 21 de Março 1888”, de Jayme Filinto.

Onde eram os camarins são os quartos, os arrumos, e o elevador. A recepção era a bilheteira, a plateia ficava situada onde hoje está o bar. De teatro resta apenas o nome e a memória que hoje remexemos.

Esta é uma história trágica que aconteceu na noite de 20 para 21 de Março de 1888 no Porto. Um espectáculo de homenagem decorria, a sala estava lotada, perfazendo cerca de seiscentos espectadores quando em menos de meia hora um fogo destruiu um teatro por completo.

Sabia que um teatro, desde que o fogo lhe pegasse, ardia depressa e não havia meio de o salvar; mas o que não sabia era que ardesse tão rapidamente.

O texto propõe uma fragmentação do discurso em vozes. A palavra e a sua escuta serão o espaço privilegiado para a emergência de imagens. Depois já só falta chegar à forma, à acção teatral (ou a sua recusa), à possibilidade de estarmos em 1888 ou de estarmos no aqui e no agora. O Teatro Baquet desapareceu ficando para a história apenas um mausoléu no cemitério de Agramonte no Porto em homenagem às vitimas desse trágico incêndio. É uma metáfora perigosa!

Estreia no dia 9 de Fevereiro, no Cine-Teatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Homenagem a Fernando Urdiales

A Associação de Directores de Escena de España (ADE) entregou a medalha da entidade a Fernando Urdiales, a título póstumo, correspondente a 2011. Fernando Urdiales foi director do Teatro Corsario e esteve várias vezes no Porto, no FITEI.

Neste reconhecimento, resultado da votação de todos os associados da ADE, prestigiada associação profissional e cultural, ressalta o rigor, a tenacidade e a extensa trajectória do dramaturgo de Castela e Leão durante os 29 anos que esteve à frente do colectivo Teatro Corsario.