segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Entrada em 2013 com teatro



Em véspera de novo ano, ficam duas sugestões para quem quiser ter um réveillon teatral. A companhia Fatias de Cá apresenta na Destilaria da Brogueira, em Torres Novas, a peça "L'Odeur", de Carlos Carvalhais. Recria-se aqui a demanda alquímica de um perfume - nigredo, rubedo e albedo - desenrolada numa destilaria de figo desactivada. O espectador vai deambulando pelo enorme espaço atrás dos protagonistas, indo ao encontro dos diversos cenários. Esta sessão de passagem de ano inclui jantar (20h20), espectáculo (22h22) e ceia (0h00). Mais informações aqui.
O Teatro A Barraca, Lisboa, também tem sessão especial de passagem de ano. A proposta é o espectáculo "Make Love Not War" (a partir do clássico grego "Lisístrata", de Aristófanes), com dramaturgia Helder Costa e encenação do próprio e de Maria do Céu Guerra. Conta-se aqui a luta das mulheres contra a guerra através de uma greve do sexo. A sessão começa às 22h30. depois a noite com uma aula de tango e baile até às 4h00. Mais informações no sítio www.abarraca.com.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Paulo Rocha (1935 - 2012)

Figura central da história do cinema português, Paulo Rocha faleceu ontem, aos 77 anos. Com os seus filmes "Os Verdes Anos" (1962) e "Mudar de Vida" (1966), destacou-se como um dos mobilizadores do movimento do Cinema Novo Português, que revelou outros nomes como Fernando Lopes ou António da Cunha Telles. Nascido no Porto em 1935, abandonou os estudos de Direito, em Lisboa, partindo para Paris, em 1959. Lá, frequentou o Institut des Hautes Études Cinematographiques, onde obteve o diploma de Realização de Cinema. Foi assistente de realização estagiário de Jean Renoir em "Le Corporal Épingle" (1962).
De regresso a Portugal foi assistente de Manoel de Oliveira em "Acto da Primavera" (1963) e "A Caça" (1964), estreando-se na realização, em 1962, com "Os Verdes Anos", obra-chave do cinema novo. Teve ainda participações como actor em filmes de Jorge Silva Melo, Manoel de Oliveira, João Canijo, Fernando Lopes e Raquel Freire. Foi director do Centro Português de Cinema e Adido Cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, onde estudou a vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua longa-metragem "A Ilha dos Amores".
Lançou vários actores importantes para o cinema e o teatro, sendo de destacar a actriz Isabel Ruth, com quem trabalhou em quase todos os seus filmes. O seu último filme "Se eu Fosse Ladrão... Roubava", terminado este ano, não tem ainda data de estreia.
Paulo Rocha vai a enterrar, amanhã, no cemitério do Prado do Repouso, saindo às 15h00 da Igreja de S. João da Foz, no Porto.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Iberescena já definiu apoios para 2013

O Comité Intergovernamental do programa Iberescena (constituído por Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Perú, República Dominicana e Uruguai), reunido no Rio de Janeiro, concedeu apoios económicos no total de 1 079 249 euros.
Este montante será distribuído aos países que fazem parte do espaço cultural Iberescena e que fizeram a sua contribuição económica para o período corrente. Os apoios serão distribuídos da seguinte forma: 24 à co-produção de espectáculos de teatro, dança e circo (284 200 euros), 48 a festivais, redes e circuitos (600 800 euros), 9 para encontros e seminários de formação no campo da gestão e da produção (78 000 euros), 26 à criação dramatúrgica e coreográfica (117 049 euros), bem como um montante de 97 000 euros para Projectos Especiais.
O Fundo de apoio às Artes Cénicas Ibero-americanas Iberscena foi criado em Novembro de 2006, tendo como base as decisões adoptadas na Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e Governo, celebrada em Montevideu (Uruguai), relativas à execução de um programa de fomento, intercâmbio e integração das actividades de artes cénicas. O seu objectivo é promover os Estados- membros e, por meio de ajudas financeiras, criar um espaço de integração para as Artes Cénicas. A lista detalhada dos apoios está disponível no sítio http://www.iberescena.org.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Um Grito Parado no Ar" pelo Teatrão

Com texto de Gianfrancesco Guarnieri e direcção de Antonio Mercado, "Um Grito Parado no Ar" pode ser visto em Coimbra, pelo Teatrão. A companhia convida a uma viagem onde se cruzam feirantes, estudantes, cauteleiros, mulheres a dias, vizinhos, jovens do interior, um polícia cansado, prostitutas, um casal no final da relação, professores universitários, uma mãe com a sopa sempre ao lume, o dono de uma tasca, adeptos fanáticos, entre muitas outras figuras. Escrito em 1973, este texto comoveu o Brasil nos tempos de resistência à ditadura militar. Adaptado à nossa realidade, onde o samba de Toquinho se transforma em fado, mostra-nos as voltas que as pessoas dão à vida para poderem ter ou manter o seu trabalho e concretizar os seus sonhos. O mote da peça é a história de um grupo de actores que luta para conseguir estrear o seu espectáculo, um conjunto de fragmentos da realidade urbana onde o vídeo é usado para captar o real e motivar a criação das personagens. A relação entre a vida dos actores, os testemunhos reais e as personagens que estão a ser criadas mostra uma fronteira muito ténue entre o palco e a vida. A peça está em cena hoje e amanhã e 3, 4 e 5 de Janeiro, às 21h30, na Oficina Municipal do Teatro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"O Senhor do Seu Nariz" em reposição

Até 13 de Janeiro do ano que aí vem é possível ver, em reposição no Teatro da Vilarinha (Porto), a peça "O Senhor do Seu Nariz", história de Álvaro Magalhães, com encenação de João Luiz e interpretação de Patrícia Queirós. João Luiz, também director da companhia Pé de Vento, explica que a proposta do espectáculo é fazer uma transposição da situação narrada para um plano onde é possível reencontrar a dimensão mágica da escrita de Álvaro Magalhães: "apostar de novo na personagem do contador/narrador e na ambiguidade que a leitura dramatúrgica permitiu aprofundar". "O Senhor do Seu Nariz" conta a história de um rapaz condenado a carregar desde a nascença um nariz do tamanho de um chouriço e que transforma a sua graça em desgraça: "Era desagradável ser tão diferente do resto da gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?". A peça está em cena de terça a sexta-feira às 11h00 e às 15h00 (para escolas) e aos sábados e domingos às 16h00.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O 'maravilhoso' universo de Miguel Torga

O Teatro Experimental de Cascais (Mirita Casimiro) está a levar a cena, até dia 30 deste mês, "O Paraíso", de Miguel Torga. Com encenação de Carlos Avilez e versão e dramaturgia de Miguel Graça, esta farsa, escrita em 1949 é agora adaptada aos novos tempos. Carlos Carranca, consultor literário para este trabalho, conta que "O Paraíso" revela as preocupações que comandaram a existência de Torga: o problema de Deus, a liberdade, o homem civilizado como símbolo de degradação existencial. Um universo religioso comanda a acção humana onde as ideias do bem e do mal estão para além dos pecados mortais e das virtudes teologais. A solução criada por Carlos Avilez introduzindo o universo de outro livro do mesmo autor - "Bichos" - a abrir a cena, fixa o mundo mágico de Torga, o "reino maravilhoso" como contraponto de um tempo que caminha para um fim adivinhado. O elenco é composto por Anna Paula, António Marques, Fernanda Neves, Luís Rizo, Renato Pino, Sérgio Silva, Teresa Côrte-real e ainda Carlos Trindade, David Balbi, João Reis, Miguel Ferraria e Nazareth Almadanim. As sessões são de quarta-feira a sábado às 21h30 e aos domingos às 16h00. Mais informações aqui: http://www.tecascais.org.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Boas Festas

A época é de festas. É da tradição trocarmos mensagens e desejos nesta quadra. Nós aqui estamos a fazê-lo também. Desde logo, aproveitando a oportunidade para abraçar todos aqueles que ao nosso lado têm andado, das mais diversas formas, num caminho que queremos continuar a percorrer. Façamos uma pausa. Boas Festas.
Fotografia de Susana Neves - Loja FITEI 2012

domingo, 23 de dezembro de 2012

Marinheiro mais famoso da BD em palco

A Companhia Fatias de Cá leva a cena, no próximo dia 30, pela última vez, a peça "Corto Maltese", baseada na personagem de BD criada por Hugo Pratt. A história é a do livro "As Célticas", adaptada aqui por Carlos Carvalheiro. Corto Maltese, o aventureiro homem do mar, envolve-se no conflito que opõe a Irlanda à Inglaterra, na sequência da revolta da Páscoa (Dublin, 1916), quando a República da Irlanda é declarada unilateralmente. De referir que o grupo Fatias de Cá é pioneiro na teatralização de uma obra de Corto Maltese. A peça, na qual está incluída, bem a propósito, a oferta de um irish coffee, é apresentada no último domingo deste mês, no Centro Cultural da Barquinha. Mais informações aqui: http://www.fatiasdeca.net.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Micro-teatro em Lisboa




Em época natalícia, o Teatro Rápido, de Lisboa, dedica as suas micro-peças do mês ao tema "Ouro, Incenso e Birra". Nos quatro espectáculos apresentados nas quatro salas do grupo (no Chiado) abordam-se algumas das questões mais pertinentes dos dias que correm. Na sala 1 é apresentado "Bank Bank You’re Dead?", com texto de Cláudia Lucas Chéu e encenação de Sofia de Portugal, que conta os últimos 15 minutos da vida de dois irmãos upper class que decidem morrer soterrados em dinheiro. Nas sala 2 pode ver-se "Lágrimas Não São Argumentos", uma adaptação livre do poema "No More Tears" de Adília Lopes, encenada por Laura Tomaz, que coloca a questão: e se a sociedade erradicasse as lágrimas do mundo, o que farias? "Diz-me Rápido" é a peça apresentada na sala 3, com encenação de António Gonçalves Pereira e textos do próprio, de Eça de Queiroz e de Clarence Gillis. Um ensaio de duas actrizes é aqui partilhado de forma divertida com o público, que vai ficando surpreendido com a actualidade de textos de outras épocas. Por último, na sala 4 está em cena "Há dias em que te amo, outros em que não sei que fazer contigo", escrito e encenado por Rafaela Lacerda. O espetáculo explora as dificuldades de comunicação de um jovem casal urbano na véspera de Natal. Todos os espectáculos têm 15 minutos de duração. Podem encontrar-se mais informações no blogue do Teatro Rápido: teatrorapido.blogspot.pt.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Romance da Raposa em palco

A história da raposa mais famosa da tradição popular está agora a ser contada no palco do Teatro A Barraca, em Lisboa. Adaptada do livro de Aquilo Ribeiro "O Romance da Raposa", a peça conta as aventuras da 'raposeta' Salta Pocinhas, que depois de abandonar, a contragosto, a confortável toca dos pais tem de aprender a sobreviver na floresta. Fábula que reflecte as variadas ambições humanas, esta história continua a ter o dom de conseguir esbater as fronteiras geracionais. Com encenação de Rita Lello, "As Aventuras Maravilhosas de Salta Pocinhas" podem ser vistas nos próximos dois fins-de-semana: sábado, às 16h00, e domingo às 11h30.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Companhia galega Teatro do Noroeste no Salón Teatro

Com encenação de Eduardo Alonso, o Teatro do Noroeste, companhia galega, estreia no Salón Teatro, de Santiago de Compostela, 'Linda and Freddy, ilusionistas', no dia 10 de Janeiro. Com interpretação de Luma Gómez, Eduardo Alonso, Lino Braxe e Alejandro Carro, o espectáculo é definido como uma comédia pós-crise, que aposta numa saída com imaginação. 'Linda and Freddy, ilusionistas'  está  comprometido com a realidade mais actual e complexa: a crise que domina a Europa. E fala do que poderá acontecer depois do caos.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PALÁCIO DO FIM de Judith Thompson pelos Artistas Unidos

PALÁCIO DO FIM, de Judith Thompson, tradução Pedro Marques, com Ana Lázaro, Maria José Paschoal e António Filipe em cena no Teatro da Politécnica de 9 de Janeiro a 23 de Fevereiro, produção dos Artista Unidos.

Um dia, como eu sabia que ia acontecer, eles vieram ter connosco. Graças a Deus que deixaram a minha mãe levar a Laila, mas levaram o Nahdne da escola e a mim de casa. Tinha estado a cozer um ovo. Para comer com um convidado. É verdade. E os bandidos entraram.
E sabem quem eram? Podem perguntar-se, quem eram estes tipos da polícia secreta? Como é que eles reuniam tantos criminosos ávidos e sádicos? Bom, eu digo-vos, eram os rufias da zona. Eu reconheci um deles, costumava meter-se comigo e com o meu irmão quando íamos ao cinema. Assediava-me, dizia coisas nojentas e o meu irmão avisou-o. Eram estes tipos, estes fracassados, aqueles que torturam animais, as pessoas que tu evitas. Portanto. Levaram-nos para a prisão. - Judith Thompson, Palácio do Fim

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Yorick, uma livraria dedicada ao teatro

Hoje, em Madrid, a partir das 17 horas haverá uma festa para celebrar o aniversário da chegada da livraria Yorick a Madrid, uma livraria dedicada às publicações sobre artes cénicas. Será um acto para proporcionar encontros. Com mais de 300 editoriais e milhares de títulos que foram incorporados no seu fundo editorial ao longo de 10 anos de história, a livraria Yorick é uma referência para os amantes e profissionais de teatro, dança e artes cénicas.

domingo, 16 de dezembro de 2012

“Nunca estive em Bagdad”: segunda temporada em Coimbra

A Escola da Noite apresenta no Teatro da Cerca de São Bernardo uma nova temporada do seu mais recente espectáculo, “Nunca estive em Bagdad”. Até 23 de Dezembro, o público de Coimbra tem mais 10 oportunidades para ver ou rever o texto que Abel Neves escreveu por alturas da Guerra do Iraque. 

Definida pelo autor como “uma história de amor em tempo de guerra”, a peça mostra-nos um jovem casal português (Glória e Rogério) a instalar-se na sua nova casa. Esta mudança acontece durante a invasão do Iraque pelas tropas aliadas, em 2003. Os acontecimentos do outro lado do mundo entram-lhes literalmente na sala de estar, através das transmissões em directo na televisão. Entre o problema de Glória, que vai sendo revelado ao longo do espectáculo, e a tragédia global de que Rogério não consegue descolar, vive-se um confronto de escalas que amplia o efeito de ambos na vida quotidiana do casal.


Abel Neves é um dramaturgo e romancista português com mais de 25 peças teatrais publicadas e encenadas, entre as quais “Jardim Suspenso”, contemplada em 2009 com o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva. Para além do teatro, é autor ainda de sete romances, ao que junta a edição de poesia e ensaios. É o autor contemporâneo mais vezes trabalhado pela companhia A Escola da Noite, que apresentou “Além as estrelas são a nossa casa” (2000), “Além do infinito” (2004) e “Este Oeste Éden” (2009).

sábado, 15 de dezembro de 2012

TMA mantém a estreia de «Timão de Atenas»

Apesar do recente falecimento de Joaquim Benite, a Companhia de Teatro de Almada mantém a estreia absoluta em Portugal de «Timão de Atenas», de Shakespeare, no próximo dia 20 de Dezembro. A direcção do espectáculo ficará a cargo de Rodrigo Francisco, assistente de Joaquim Benite desde 2006, e que assumirá a Direcção Artística da Companhia de Teatro de Almada e do Teatro Municipal de Almada a partir de 2013. Rodrigo Francisco assumira já este ano, dado o afastamento de Joaquim Benite por motivo de doença, a programação 2012 do TMA e do 29º Festival de Almada.

Timão de Atenas, de William Shakespeare, versão dramatúrgica, segundo uma tradução de Yvette K. Centeno, tem encenação de Joaquim Benite com Rodrigo Francisco e interpretação de Luís Vicente, Marques D’Arede, Paulo Matos, Ivo Alexandre, André Gomes, Alberto Quaresma, Manuel Mendonça, Miguel Martins, João Farraia, Pedro Walter, Celestino Silva, Ana Cris, Joana Francampos e Jeff de Oliveira.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MUSEU EM INSTALAÇÃO

No próximo dia 15 de Dezembro o Teatro de Marionetas do Porto vai abrir as portas do MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO,com um programa intitulado MUSEU EM INSTALAÇÃO. Esta fase de instalação será o primeiro momento de abertura de portas e irá ficar presente até fim de Janeiro. A inauguração oficial do Museu das Marionetas está marcada para dia 3 de Fevereiro de 2013. O Museu das Marionetas do Porto situa-se na Rua das Flores, 22, na cidade do Porto.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mostra Anual de Dramaturgia 2012

A Mostra Anual de Dramaturgia 2012, evento organizado pela companhia teatral Art'Imagem, realiza-se no próximo Sábado, na Quinta da Caverneira, Maia.

 Esta quarta edição da MAD vai apresentar nove textos vindos de Portugal e três do Brasil que foram seleccionados para publicação na Revista Galega de Artes Escénicas NÚA n.º 7 por Jorge Palinhos, Julio Fernández e Zaida Gómez.

 Pela primeira vez esta iniciativa tem a colaboração dos grupos portuenses Astro Fingido, TEatroensaio, Terra na Boca/TTAMBOR, da Revista Núa e de vários actores profissionais, o que permitirá equacionar a iniciativa para os próximos anos e também estreitar laços efectivos entre a Galiza e o norte de Portugal.

Serão lidos textos de Maria Gil, Carlos Alberto Machado, Fernando Giestas, Ângela Carvalho Lopes, Cláudia Lucas Chéu, Luís Roberto Amabile, Isabel Fernandes Pinto, Luís Mestre, Hélder Wasterlain, Diones Camargo, Hudson Andrade e Pedro Eiras.

As leituras serão dirigidas por Inês Leite, Pedro Carvalho, Flávio Hamilton, Miguel Rosas, Micaela Barbosa, Ângela B. Marques, Fernando Moreira, José Gonçalinho, Luciano Amarelo, Valdemar Santos, Daniela Pêgo, Manuela Moreira, Pedro Estorninho e Julio Fernández.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Livro de Guillermo Heras editado na Argentina

No Centro Cultural de Espanha em Buenos Aires será apresentado no próximo dia 10 de Dezembro, o livro ‘Pensar la gestión de las artes escénicas. Escritos de un gestor', do dramaturgo Guillermo Heras. Este livro reúne as reflexões sobre a actualidade cénica na América Latina do autor, actual director da Mostra de Teatro Espanhol de Autores Contemporâneos e coordenador da Unidade Técnica do Programa Iberescena, com mais de setenta montagens profissionais como encenador, actor ou dramaturgo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Novas Realidades, Novas Programações?

“Novas Realidades, Novas Programações?” é o tema da primeira edição das Conversas Imaginarius’13, que vai sentar à mesma mesa directores artísticos de cinco festivais internacionais, para debater os novos paradigmas da programação cultural. O encontro realiza-se dia 13 de Dezembro, às 21h30, no Museu do Papel Terras de Santa Maria, em Paços de Brandão – Santa Maria da Feira.

Mário Moutinho, director artístico do FITEI – Festival Internacional de Expressão Ibérica, Tiago Guedes, director artístico do Festival Materiais Diversos, Aleksander Caric, director artístico do Festival Ulicnih Sviraca, Novi Sad – Sérvia, Manuel González Fernández, director da Feria de Teatro de Castilla y León, Ciudad Rodrigo – Espanha, e Hugo Cruz, director artístico do Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, são os convidados deste primeiro encontro, moderado por Nuno F. Santos, jornalista do magazine Diário Câmara Clara, da RTP2.

Uma das linhas estratégicas assumidas pela organização do Imaginarius para a 13ª edição do Festival, que se realiza de 24 a 26 de Maio do próximo ano, no centro histórico de Santa Maria da Feira, passa por garantir uma programação continuada ao longo de todo o ano, com iniciativas abertas à participação de todos os interessados.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

“La Barraca del Zurdo” na Cuarta Pared

La Barraca del Zurdo” é uma homenagem aos artistas de variedades que souberam manter o seu compromisso político ao longo de mais de 90 anos. O seu protagonista “El Zurdo”, anarquista e extraordinário lançador de facas, fundou a sua companhia em 1920 com sua mulher Aurora. Seus filhos e netos mantiveram-na viva e durante 90 anos percorreram o mundo. Estiveram nas Misiones Pedagógicas, na frente, durante la Guerra Civil, partiram para o exilio na América e depois na Europa. Em 1983 voltaram a Espanha.

A companhia Laví e Bel, após 20 anos de actividade ininterrupta, volta à sala madrilena Cuarta Pared para apresentar este espetáculo vencedor de um Prémio Max em 2012 (Melhor Direcção Musical), e Melhor espectáculo e Actor Revelación nos Prémios Teatro Musical 2012. Em cena até 22 de Dezembro.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O grande salão, de 19 dez - 5 jan (qua a sáb) 23h30 São Luiz Teatro Municipal

O Grande Salão é um espectáculo-cabaret com direcção de Martim Pedroso e dramaturgia de Martim Pedroso e Nelson Guerreiro, construído com base no Facebook. Servindo-se de diversos comentários, diálogos e signos expressivos, é festivo, descartável e fugaz, mas também um espaço de reflexão, de purga e lamentação. É um sítio confortável, onde todos entram sem bater à porta. Quem não entra é porque quer ficar de fora. Um objecto poético e político que se serve da banalidade para construir um discurso sobre este espectáculo que é o mundo.
Interpretação de Catarina Guerreiro, Elmano Sancho, Hugo Bettencourt, Inês Rosado, Íris Cayatte, João Villas-Boas, Juana Pereira da Silva, Manuel Sá Pessoa, Maria Ana Filipe, Marina Albuquerque, Martim Pedroso, Miguel Damião, Nelson Guerreiro, Paula Só, Paulo Duarte Ribeiro, Sandra Simões, Statt Miller, Tânia Leonardo Colaboração na criação Flávia Gusmão e Sofia Ferrão

sábado, 8 de dezembro de 2012

Pedro Lamares leva O Fraseador para o Teatro do Bolhão

O Fraseador estreou em Março de 2011 no Teatro do Campo Alegre, com sete apresentações. Depois voltou lá em Fevereiro de 2012, com outras tantas. Seguiu para o CCB, em Março e, recentemente, para a Casa das Artes de Felgueiras. Agora vai voltar à cena, no Teatro do Bolhão, no Porto. São só dois fins de semana.

O Fraseador é um espectáculo de Pedro Lamares, direccionado para crianças e jovens (maiores de 6 anos) que visa estimular e promover a poesia, aproximar a escola do teatro, formar novos públicos e sensibilizar para a leitura, sempre mantendo implícita a valorização e promoção da identidade, dos autores, da cultura portuguesa. Incidindo sobre textos e autores emblemáticos do universo poético da língua portuguesa (recomendados pelo Plano Nacional de Leitura/ Ler +), esta é uma viagem pela palavra, um percurso que deseja estimular no público infanto-juvenil o interesse e o amor pela leitura, mas adequado a todos aqueles que amam a palavra, escrita, dita, teatralizada. É pela mão do actor/encenador que celebramos a vida prodigiosa da palavra, o seu gesto incarnado, a sua vivência para lá da folha de papel. Essa vontade de colocar o livro no teatro ou de teatralizar o livro transporta-nos para um espaço de pura magia em que o universo poético de vários autores portugueses de referência, entre os quais Fernando Pessoa, João Paulo Seara Cardoso, Álvaro Magalhães, Manuel António Pina, valter hugo mãe e António Torrado…, ganham uma outra realidade, transmutam-se num palco e num cenário visualmente encantatório cuja melhor metáfora é a de uma “chuva de livros”.

Sábados 8 e 15 de Dezembro - 16h e 21h30. Domingos 9 e 16 de Dezembro - 16h. (Vai haver sessões para escolas de 11 a 14 de Dezembro)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

“Agatha” de Marguerite Duras

“Agatha” de Marguerite Duras é a nova produção da companhia portuense ASSéDIO, em cena no seu espaço, agora inaugurado como sala de espectáculos, em Miragaia, no centro histórico do Porto. Com tradução de Alexandra Moreira da Silva, encenação de Rosa Quiroga, espaço e figurinos de Sissa Afonso, luz de Nuno Meira, sonoplastia de Francisco Leal e interpretação de Constança Carvalho Homem e Pedro Frias, a peça pode ser vista até ao próximo dia 16 de Dezembro.

Uma casa à beira-mar. Um homem e uma mulher. Uma luz de inverno. É neste cenário profundamente durasiano que a viagem ao passado destas duas personagens se inicia. Ao fundo, o espectro de uma separação anunciada. O recurso à memória convoca um tempo interior repleto de silêncios, de ausências, de palavras e vozes desfeitas. Trata-se de contar a história a dois. O amor e a sua evidente impossibilidade. Contudo, o desejo suspenso, ameaçador, contraria a ambiguidade do discurso. Perdidos e simultaneamente expostos, dois corpos em ruínas seguram o passado através de múltiplos movimentos interiores e íntimos, evocam o futuro incerto, exorcizam o presente – essa perda indizível da plenitude original. Trata-se de contar a história a dois. E talvez a ausência dessa história. Como sempre, em Duras, “aparentemente, não se diz nada, a não ser o nada que existe em todas as palavras”.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Casas Pardas

Com interpretação de Anabela Teixeira, Carmen Santos, Catarina Lacerda, Emília Silvestre, Joana Carvalho, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes e Rute Miranda, o Teatro Nacional S. João estreia neste dia 6 de Dezembro a sua nova produção, 'Casas Pardas'. encenação de Nuno Carinhas a partir do texto de Maria Velho da Costa, com adaptação de Luísa Costa Gomes. "Há uma citação de Gil Vicente gravada na porta de entrada de Casas Pardas (1977), a sinalizar uma inconsciente passagem de testemunho nos projetos encenados por Nuno Carinhas em 2012: da Alma de Mestre Gil para as Casas Pardas de Maria Velho da Costa, romancista que escreve sabendo que a poesia e o teatro existem. Antes de ser um romance-em-cena, Casas Pardas já tinha fingimentos de texto dramático, por via das suas muito brincadas reminiscências de várias vozes a várias vozes, que Luísa Costa Gomes escutou e adaptou. Diálogos acesos entre oficiantes do mesmo ofício, portanto. Casas Pardas cartografa Lisboa no final dos anos sessenta, em plena agonia do regime salazarista: crise política e social, rumores das guerras coloniais e dos tumultos estudantis. O Portugal pardacento à espera do terramoto que virá em 1974, enquanto se escreve o caos afetivo em comunidade, por dentro das casas do amor e desamor de Elisa, Mary, Elvira e companhia. Mas Casas Pardas é acima de tudo a casa da língua portuguesa e dos seus vários linguajares, aqui em jubiloso processo de miscigenação com outras falas do mundo. Em “crioulo galáctico”, a psicopátria diz de si e dos outros, agora num palco perto de nós."

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Faleceu encenador Joaquim Benite, director do Festival de Almada


Joaquim Benite, encenador, director do Teatro Municipal de Almada/Companhia de Teatro de Almada e do Festival de Almada, morreu esta madrugada, aos 69 anos, na sequência de uma pneumonia. “O país perde um dos seus mais prestigiados encenadores, ligado ao movimento de renovação do teatro português no período que antecedeu e se seguiu à revolução de 1974”, afirma a companhia em comunicado.
Benite encenou mais de cem obras do reportório internacional e português. Em 1984, criou o Festival de Almada, certame internacional que se tornou um dos mais importantes do país. Escreveu textos para teatro e ensaios e leccionou vários cursos de teatro. Dirigiu até à data a revista de teatro «Cadernos» e a colecção de «Textos d' Almada».
Das várias distinções que recebeu ao longo da sua vida, contam-se o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, de Comendador da Ordem de Mérito Civil de Espanha, e de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras de França. Obteve a Medalha de Honra da Cidade da Amadora, a Medalha de Ouro da Cidade de Almada e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O FITEI participa no Congresso Ibero-americano de Produtores Cénicos

No Congresso Ibero-americano de Produtores Cénicos, que hoje se iniciou em Valladolid, contará com uma intervenção do director artístico do FITEI, cuja sinopse é aqui divulgada:

Os anos recentes do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) têm sido caracterizados por uma aproximação da sua programação à contemporaneidade teatral e performativa, traduzida num intercâmbio artístico constante com criadores, produtores e organizações culturais de Portugal e Espanha e também do universo dos PALOPS e da América Latina. Esta nova linha programática tem tido um impacto renovador nos públicos do Festival, revelando ao mesmo tempo uma nova forma e modo de organização do trabalho de produção do FITEI. Com uma história de 36 anos de existência ininterrupta, o FITEI foi progressivamente abandonando a forma tradicional de produção e, a partir de 2005, inicia um novo ciclo centrado numa jovem equipa profissional, tendo em vista a nova linguagem de comunicação, condizente com a renovada programação e o novo público.

As recentes alterações de financiamento impostas pela actual crise económica que atravessa os países europeus, com forte incidência em Portugal, têm imposto novos desafios ao Festival, fundamentalmente, em dois níveis distintos: no acesso aos programas de financiamento europeus e no papel de cooperação com as economias emergentes através da cultura, nomeadamente com países como o Brasil ou Angola. Um dos aspectos centrais que urge debater é a extrema complexidade dos concursos a fundos europeus, a extensa rede de parecerias exigida e o elevado montante necessário em verbas locais, que, na maioria das vezes, impossibilitam as candidaturas às estruturas da dimensão do FITEI.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cendrev cancela espectáculos dos Bonecos de Santo Aleixo

Em comunicado o Cendrev infoma do cancelamento dos espectáculos dos Bonecos de Santo Aleixo: "Já vão longe os tempos em que, no Alentejo, o teatro dos títeres era uma das poucas diversões das gentes destes lugares, mas a verdade é que os “pícaros” e “atrevidos” bonecos não perderam o brilho e continuam a encantar o público na aldeia de Santo Aleixo que lhes deu o nome, nesses lugares do Alentejo perdido, onde a memória destas “figuras de pau” continua a alimentar conversas, mas também em muitos cantos do mundo onde a magia do espectáculo parece até fazer esquecer a barreira da própria língua. Quem nos havia de dizer que hoje nos iríamos deparar com a impossibilidade de apresentar os Bonecos de Santo Aleixo. Mas assim vai ser, o Cendrev não tem condições de assegurar os salários aos seus trabalhadores devido aos brutais cortes nos apoios à cultura por parte do Governo e da Câmara Municipal, situação para a qual concorre também a dívida acumulada pela autarquia que atinge, para além do Cendrev, a maioria dos agentes culturais do concelho. Os trabalhadores do teatro têm necessidades e obrigações exactamente iguais a qualquer outro cidadão, a solução para que nos estão a empurrar é profundamente injusta e completamente implacável, obrigando ao recurso à suspensão para poder usufruir do subsídio de desemprego, ficando, desta forma, os trabalhadores impedidos de participar na realização dos espectáculos. Assim, as apresentações dos Bonecos de Santo Aleixo, previstas para o Teatro Garcia de Resende de 11 a 16 de Dezembro não vão acontecer, situação que lamentamos profundamente uma vez que o que se está a pôr em causa é o direito à criação artística e à fruição cultural. Embora o que se anuncie para o sector da cultura traga ainda maiores restrições às práticas artísticas, será a nossa capacidade de resistência que irá determinar o futuro do nosso projecto cultural. Nós, como muitas outras estruturas artísticas, tudo faremos para cumprir a indispensável função de serviço público que determina a nossa intervenção. O que falta mesmo é o Estado assumir as suas responsabilidades."

domingo, 2 de dezembro de 2012

Luz Verde, em Buenos Aires

Protagonizada por Leonora Balcarce, a peça teatral Luz Verde, integrada no Proyecto 34° está a ser apresentada no Teatro El Cubo, de Buenos Aires. O Proyecto 34°S, é uma iniciativa que promove intercâmbios artísticos entre a Argentina e a África do Sul. O tema da peça decorre nas seis semanas que antecederam as segundas eleições democráticas multirraciais que tiveram lugar na África do Sul em 1999. Neste contexto, a assistente pessoal branca de um ministro de gabinete, de raça negra, acusa-o de violação. Pela gravidade da situação, o partido designa uma delegação para convencer a assistente a não apresentar queixa e a acção do texto, escrito de forma cinematográfica, desenvolve-se em torno do que poderão ser as decisões da protagonista.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Mala Voadora no Festival de Rennes

A Companhia Mala Voadora com o seu espectáculo "Casa e Jardim", com direcção de Jorge Andrade, assistência de Cláudia Gaiolas, texto de Chris Thorpe e interpretação de Ana Lúcia Palminha, Anabela Almeida, Carla Bolito, Crista Alfaiate, Joana Bárcia, Maria Ana Filipe, Mónica Garnel e Tânia Alves, participa no Festival Mettre en Scène de Rennes, França, de 21 a 23 de Novembro. Oito mulheres, numa festa, movimentam-se entre o interior e o exterior de uma casa. Entre a casa e o jardim. Casa e jardim são duas peças representadas em simultâneo pelas mesmas actrizes, a desempenharem os mesmos papéis, em dois palcos diferentes. O público vê primeiro uma e depois a outra. Casa e jardim estão apenas à distancia de uma parede, tal como os dois lados de uma muralha. Partindo de uma ideia de Alan Ayckbourn, os dois textos foram escritos para a Mala Voadora por Chris Thorpe.