quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Entre o detergente e a revolução"

No teatro El Galpón, Montevideo (Uruguai), estreou na semana passada "Huele a fiera", uma homenagem a Jean Genet escrita e encenada por Marianella Morena e protagonizada por Gisella Marsiglia, Sarit Ben Zeev e Rosario Martínez. A partir da peça "As Criadas", a autora aborda as relações de poder utilizando o palco como "espaço político do jogo". As três actrizes actuam em dois papéis: o de patroa e empregada. "Entre o detergente e a Revolução" é o 'slogan' deste trabalho que aborda a obra de Jean Genet para apresentar uma analogia próxima do público uruguaio.

Mais informações na página web da companhia El Galpón, que marcou já presença por diversas vezes no FITEI.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Vencedores do Prémio Autores 2013

Os vencedores do Prémio Autores 2013 na área das artes cénicas são:

TEXTO PORTUGUÊS REPRESENTADO
CHÃO DE ÁGUA de João Monge

MELHOR ACTRIZ
Maria do Céu Ribeiro em DEVAGAR
 MELHOR ACTOR Miguel Eloy em DEVAGAR

MELHOR ESPECTÁCULO
TRÊS DEDOS ABAIXO DO JOELHO de Tiago Rodrigues 

MELHOR COREOGRAFIA
PERDA PRECISOSA de Rui Lopes Graça

Na foto: a actriz Maria do Céu Ribeiro

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

18º Aniversário da Companhia espanhola Ultramarinos de Lucas

La sombra de Lear marca o 18º Aniversário da companhia espanhola Ultramarinos de Lucas, que apresentará o espectáculo na sala madrilena Cuarta Pared, nos dias 1 e 2 de Março. Nesta adaptação de Juan Berzal, está a história de um rei, Lear, que, velho e cansado, decide repartir o reino pelas suas três filhas, com todas as riquezas, autoridade, poder e obrigações, mantendo para si apenas a coroa e o título de rei. Mas logo as suas filhas vão traí-lo, cada uma de uma de sua feição, vendo-se o rei só, doente e desprezado, enfrentando um destino que ele mesmo pôs em marcha. Arrastando-se até à morte, conhecerá a loucura, a vergonha, a fidelidade, a alegria e o horror. Trata-se de uma história sobre a velhice, o poder, a autoridade e as relações familiares...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mistério Bufo contemplado com o Prémio de Teatro Myriam Muniz

A Fundação Nacional de Artes – Funarte, do Brasil, divulgou a lista dos premiados 'Funarte de Teatro Myriam Muniz/2012'. Este prémio foi criado em 2006 pela Funarte/Ministério da Cultura para todo o Brasil em homenagem à actriz brasileira Myriam Muniz de descendência luso-italiana, como estímulo e fomento à produção e à pesquisa de artes cénicas. Entre os contemplados de 2012 está 'Mistério Bufo', espectáculo encenado por Neyde Venesiano, criadora brasileira que trabalhou com Dario Fo.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A criação do povo Maia

Inspirado no livro sobre a cultura maia «Popol Vuh», do século XVI, que aborda omo tema da criação do mundo deste povo, Rubén Pagura escreveu e musicou e interpreta «La historia de Ixquic» (Costa Rica). Este espectáculo para um actor, com música ao vivo, canto e dança, encenado por Juan Ferando Cerdas, estará em cena no CELCIT (Centro Latino-Americano de Criação e Investigação Teatral, em Buenos Aires, Argentina) a partir de 1 de Março e até 26 de Abril. «La historia de Ixquic» faz parte da programação da temporada internacional do CELCIT. Mais informações no seu sítio oficial online: www.celcit.org.ar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Drama e comédia familiar em Madrid

 "Mitad y Mitad", espectáculo que pode ser visto até dia 31 de Março na sala madrilena La Latina, é um drama camuflado com pinceladas de comédia. Conta-se aqui a história de dois irmãos que entram em conflito devido à doença da mãe e a futura herança que lhes caberá. Juan, interpretado por Fernando Tejero, e Carlos, por Pepón Nieto, apercebem-se que estão ambos dispostos a precipitar a morte da mãe para poderem repartir do dinheiro.

"Em toda a comédia existe uma parte de drama. Neste país, rimo-nos de tudo. A situação em que vivemos é para chorar, mas rimo-nos", diz Nieto, citado pelo jornal "El País".

A peça está em cena quartas, quintas, sextas e sábados. Mais informações do sítio oficial do Teatro la Latina: http://www.teatrolalatina.es.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Húmus pela companhia Cão Danado


Até ao próximo domingo, dia 24, no Espaço Panmixia (no CACE Cultural do Porto), está em cena a peça "Húmus", da Companhia de Teatro O Cão Danado. A partir da obra homónima de Raúl Brandão, Sara Barbosa põe em palco um espectáculo que, remetendo para a natureza fragmentária do livro, assenta nos princípios da colagem, numa sinestesia de fragmentos em jogos combinatórios, múltiplos e plurais.

A concepção plástica do espectáculo é de Fabio Ramunni, Paulo Capelo Cardoso e Sara Barbosa, as interpretações são de André Figueira, Eliana Veríssimo (piano), Estefânia Surreira (soprano), Rodrigo Amado (saxofone), Sara Barbosa e Tiago Correia e direcção de actores é de Nuno M. Cardoso. A ilustração é de Eva Mendes.

Mais informações através dos números 914673235 e 968688691 ou do endereço electrónico geral@caodanado.com.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Harry Edward Catarina no Teatro Turim

Verão sufocante numa qualquer ilha do mediterrâneo, onde Harry e Edward habitam uma casa isolada. Harry tenta escrever um novo romance na companhia de um caranguejo. Edward desenha um plano de fuga enquanto luta com um armário. Catarina entra em rota de colisão com a pacatez podre da ilha.Harry e Catarina lutam pela posse do último despojo: Edward.Três personagens a fugir da morte. Três personagens a correr para a morte. De quem será o sangue que corre para o mar?

Harry Edward Catarina, texto e encenação de Nuno Vicente e interpretação de Pedro Mendes, Sérgio Moura Afonso e Susana C. Gaspar. 21, 22 e 23 de Fevereiro, no Teatro Turim, em Lisboa.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DO PRECIPÍCIO TEMPESTUOSO DE RICARDO III

Texto de Luís Mestre a partir de William Shakespeare com interpretação de António Durães, DO PRECIPÍCIO TEMPESTUOSO DE RICARDO III é a nova criação do Teatro Nova Europa e constitui o espectáculo inaugural da segunda edição do ciclo Solos promovido pelo TNSJ. DO PRECIPÍCIO TEMPESTUOSO DE RICARDO III lança-nos na escrita e reescrita do jovem dramaturgo português Luís Mestre, também actor e encenador, numa nova revisitação da obra de Shakespeare e dos amores e traições do monarca que Luís Mestre descreve como “um homem aleijado e só”. Estará no TeCA, Porto, de 21 a 24 de Fevereiro. Quinta a sábado pelas 21h30 e domingo às 16h.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Novos dramaturgos portugueses publicados em Espanha

A nova dramaturgia portuguesa surge publicada em revistas espanholas de teatro. A Revista ADE, publicada pela Associação de Encenadores de Espanha, publica no seu número 144 o artigo Un exponente de la nueva dramaturgia portuguesa, por Piedad Montero, e o texto da peça "Cuando la noche cae", de Luis Mestre. Por sua vez, a peça de Marta Freitas “Imundaçâo” é publicada no último número da Revista Galega de Teatro. Esta revista inicia com o texto de Marta Freitas a publicação regular de obras de novos dramaturgos portugueses, plano que irá apresentar publicamente na próxima edição do FITEI.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

São Paulo abre Centro Internacional de Teatro Ecum

Acabou de inaugurar em São Paulo o Centro Internacional de Teatro Ecum (CIT-Ecum), uma nova instituição artístico-pedagógica que surge da ampliação e transferência para aquela cidade brasileira do Encontro Mundial das Artes Cénicas. Este fórum bienal, criado em Belo Horizonte, em 1998, é um espaço único para a reflexão sobre as artes performativas, para a partilha de ideias e abordagem a novos processos criativos. O CIT-Ecum ocupa do antigo Teatro Coletivo, um tradicional espaço de espectáculos da cidade. Para o primeiro semestre, a programação (a cargo do director-artístico Ruy Cortez e dos consultores António Araújo e Maria Thais) inclui 22 peças que marcaram a cena teatral brasileira nos últimos anos. A abrir está a "Trilogia Pirandello" (de 1993), encenada pelo actor Cacá Carvalho, que inclui "O Homem com a Flor na Boca", "A Poltrona Escura" e "umnenhumcemmil" (na imagem). Para mais informações consultar a página oficial: http://citecum.com.br.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"A Estalajadeira", por Jorge Silva Melo

 Estreada em 1753, "A Estalajadeira" é uma peça emblemática do autor italiano Carlo Goldoni. Confesso admirador do dramaturgo, Jorge Silva Melo - com os Artistas Unidos - estreia hoje, no Teatro Nacional São João (Porto), a sua encenação. Tendo como espaço de acção a estalagem de Mirandolina, esta obra representa o momento histórico em que a nova burguesia entra em conflito com a velha aristocracia. À volta de Mirandolina, que usa metaforicamente o corpo para manter os clientes ligados à sua estalagem, circulam um marquês arruinado, um conde que comprou o título, um cavaleiro gentil e rico, mas também Fabrício, um criado que aspira a um casamento com a patroa, os criados dos nobres e duas excêntricas cómicas. A tradução da peça é do próprio Jorge Silva Melo e em palco vão estar Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Elmano Sancho, Rúben Gomes, Maria João Falcão, Maria João Pinho, João Delgado e Tiago Nogueira.

O espectáculo pode ser visto até 3 de Março, de quarta-feira a sábado às 21h30 e domingos às 16h.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"Perro", o melhor amigo do homem

O bailarino e coreógrafo espanhol Daniel Abreu apresenta amanhã, sexta-feira (15), o espectáculo "Perro", no Teatre Arniches (Alicante, Espanha).

Aqui, o autor quer reflectir sobre o que há de mais animal no ser humano. A narração dá-se num cenário vazio onde só cabe uma pessoa que, como todas, foi criada "a partir de acidentes físicos e emocionais". O coreógrafo escolheu o título de "Perro" (cão) por ser este, diz-se, 'o melhor amigo do homem', estando, contudo, a meio caminho entre o instinto e da obediência, 'da fera e manso'. Daniel Abreu dedica-se à investigação do movimento, tendo já colaborado com grupos como o Provisional Danza e o Matarile Teatro. Desde há alguns anos que dirige a sua própria companhia. Para mais informações, consultar o 'site' da mesma: http://danielabreu.com.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Estado do Bosque de Tolentino Mendonça

Segundo Luís Miguel Cintra "a  decisão de programar este O Estado do Bosque de Tolentino Mendonça vem na sequência, seja claro, de uma série de espectáculos da Companhia que começou há 3 anos com o Auto da Alma de Gil Vicente transformado por mim em Miserere."

Estreado no passado dia 7, O Estado do Bosque é uma encenação de Luís Miguel Cintra no Teatro da Cornucópia com interpretação do próprio e de Nuno Nunes, David Granada e Vera Barreto.

"Há um bosque. Há um cego que é o único que pode guiar os outros na travessia do bosque: John Wolf. Há o destino que pensava vencer o cego. Há um homem de meia idade e um homem mais novo que acabam por atravessar o bosque com o cego. Há uma rapariga que fica de fora: Vivianne Mars. John Wolf reza outra versão da “oração que Deus nos ensinou”. A poesia passa a ser teatro e o teatro poesia. Na floresta das metáforas."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tour 2013 da Vortice Dance Company

A companhia de dança Vortice anuncia uma ampla digressão nacional com o seu espectáculo Drácula, de Cláudia Martins e Rafael Carriço. A digressão, que começou este ano em Braga e Montijo, prossegue em Aveiro, dia 16 de Fevereiro, Portalegre, dia 23 de Fevereiro, Vila do Conde, dia 2 de Março, Lamego, dia 9 de Março e Caldas da Raínha, dia 16 de Março. No mês de Abril a companhia desloca-se a Estarreja (dia 6), Ílhavo (dia 13), Portimão (dia 20) e Cáceres, em Espanha (dia 27). Em Maio e Junho estão previstas actuações em Coimbra, Sintra, Famalicão, Porto e Guarda.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Artistas Unidos apresentam "Palácio do Fim"

Os Artistas Unidos apresentam, até 23 de Fevereiro, no Teatro da Politécnica, a peça de teatro "Palácio do Fim" de Judith Thompson com encenação de Pedro Carraca e a participação dos actores Ana Lázaro, Maria José Paschoal e António Filipe.

Baseada em relatos verídicos, "Palácio do Fim" apresenta três visões particulares sobre o drama iraquiano antes da invasão pelas tropas norte-americanas.

Mais informações em www.artistasunidos.pt

Imagem: Peça de teatro "Palácio do Fim"  © direitos reservados. 

Entrelinhas | No Teatro São Luiz

Tiago Rodrigues já escreveu várias vezes para Tónan Quito. Agora tinha que escrever um texto para este actor interpretar no Teatro São Luiz mas, por motivos misteriosos, falhou todos os prazos. Foi então que uma série de acidentes, tão reais quanto literários, deu origem a Entrelinhas. Retrato da longa e enigmática relação entre o autor e o actor, esta peça é uma picareta a esburacar o muro que divide a realidade da ficção.

No Teatro São Luiz, até 14 de Fevereiro, co-criação: Tiago Rodrigues e Tónan Quito. Texto de Tiago Rodrigues e interpretação de Tónan Quito. Produção: Mundo Perfeito.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Teatro de Arena (SP) reabriu com “Namíbia, não!”

O espectáculo Namíbia, não! retoma a temporada no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo, em cena até 17 de Fevereiro. Escrita pelo actor e dramaturgo baiano Aldri Anunciação, a peça é dirigida pelo também dramaturgo e actor Lázaro Ramos e aborda a questão do racismo a partir da relação identitária Brasil-África.

Apresentada no TCS em 2011, a montagem leva o público, com humor e inteligência,  a reflectir sobre a situação do negro no Brasil.

Contemplado com o Prémio Braskem de Teatro 2011, na categoria Melhor Texto, o espectáculo já passou por diversas cidades brasileiras, a exemplo do Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, São Paulo e Bahia, onde foi vista por mais de 20 mil espectadores. A peça tem um argumento que aborda uma situação hipotética: em 2016, o Governo brasileiro obriga todos os afro-descendentes a regressem imediatamente à África, provocando, em pleno século XXI, o inverso da diáspora vivida pelo povo africano de um Brasil com escravatura e reflexões sobre estas consequências.


Imagem: Espectáculo 'Namíbia, não!' © Crisna Pires/Comunika Press

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Dança contemporânea em Guimarães


Entre os dias 13 (próxima quarta-feira) e 23 deste mês, Guimarães recebe mais uma - a terceira - edição do GUIdance, festival internacional de dança contemporânea que tem levado àquela cidade conceituadas companhias nacionais e internacionais.

A abrir o certame vai estar "Proximity", da Australian Dance Theatre. Com coreografia de Garry Stewart, que é há 15 anos o director artístico da companhia, o espectáculo é dominado visualmente por três grandes ecrãs da autoria de Thomas Pachoud. Captada por câmaras olham todo o palco, a acção ganha uma poderosa dimensão, vendo-se amplificada por uma componente tecnológica que lhe confere multidimensionalidade e que acrescenta uma camada de percepção mais próxima e intimista.

"A performance em palco e a manipulação de vídeo em tempo real disputam a atenção do espectador. No palco, a partir de uma determinada realidade cénica, a história multiplica-se e a experiência é (re)criada. É lá onde o pormenor perdido na distância se revela ao espetador: do plural nasce o singular, do infindável o infinitesimal".

O festival vai decorrer do Centro Cultural Vila Flor. Para consultar o programa completo aceder à página http://www.ccvf.pt.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A Comuna no Teatro Carlos Alberto

Para celebrar as suas quatro décadas de existência, a Comuna – Teatro de Pesquisa leva a cena "A Controvérsia de Valladolid", de Jean-Claude Carrière. Este autor, célebre pela sua colaboração com o cineasta Luis Buñuel (para quem escreveu os guiões de "Diário de Uma Criada de Quarto" e "Este Obscuro Objecto do Desejo", entre outros), restitui o diálogo histórico entre o filósofo Juan Gines Sepúlveda e o dominicano Frei Bartolomeu de las Casas, interpretados, respectivamente, por Virgílio Castelo e Carlos Paulo.

A discussão ocorreu num mosteiro de Valladolid, em 1550. Arbitrada pelo cardeal Salvatore Roncieri, visava esclarecer a natureza dos índios da América do Sul: são homens? Têm alma? Devem ser tratados como escravos ou homens livres? Na época, a violência espanhola sobre as populações indígenas dos territórios conquistados atingia graus inauditos. O litígio salda-se por uma decisão favorável a Bartolomeu de las Casas, defensor dos indígenas e da sua integral dignidade humana, mas os seus efeitos resistem a sair do interior do mosteiro.

João Mota assina esta encenação, que põe a palco, além dos dois actores já referidos, Álvaro Correia, Carlos Paniágua, Carlos Vieira D'Almeida, Pessoa Júnior, Miguel Sermão, Alexandre Lopes, Mia Farr e João Marcos. A peça está em cena no Teatro Carlos Alberto, no Porto, até ao próximo domingo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Companhia de Carmen Werner dança a memória

 Amanhã e sábado (às 20h), o Auditório Padre Carlos Alberto Guimarães, em Lisboa, recebe o espectáculo "Recuerdo", da Provisional, companhia espanhola de dança contemporânea dirigida por Carmen Werner. Nascido de um projecto de parceria entre este grupo e a companhia japonesa Shun-Project, o espectáculo aborda a o tema da importância da memória: "o ser humano vive de memórias a maior parte da sua existência, quanto mais tempo vive, mais recorda e mais se deleita com as boas recordações. É uma forma de evasão e, por vezes, de sobrevivência".

Em palco estarão os bailarinos Shintaro Hirahara, Yasushi Shoji, Aya Yakushiji, Carmen Werner e Alejandro Morata. A música está a cargo de Luis Martínez, a luz de Pedro Fresneda e a fotografia de Saki Matsumara.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Grande Prémio da Crítica de teatro 2012 atribuído a Rogério de Carvalho

O encenador Rogério de Carvalho (Angola, 1936) foi distinguido pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro pelas encenações que assinou em 2012.

O júri, constituído por Alexandra Moreira da Silva (dramaturgista, tradutora e investigadora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto), João Carneiro (crítico no jornal Expresso), Maria Helena Serôdio (que preside à APCT), Jorge Louraço Figueira (crítico de teatro no Público) e Rui Monteiro (crítico de teatro na revista Time Out), destacou as duas peças "Devagar", para a companhia As Boas Raparigas, a partir de textos de Howard Barker, e "O Doente Imaginário", para o Ensemble, e que estreou no FITEI a 1 de Junho, também no Porto, onde encontrou "uma singular intensidade no trabalho sobre a voz e sonoridades com o rigor da inscrição do corpo dos actores num espaço que um belíssimo jogo de luz e sombras transfigurava de forma audaciosa".

Rogério de Carvalho (Angola, 1936) é um histórico do teatro português e em 2012 assinou dois trabalhos que a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) considera inscreverem-se num "trajecto artístico de invulgar excelência e rigor".

As companhias Teatro dos Aloés e Primeiros Sintomas, e o fotógrafo João Tuna foram também escolhidos pelo trabalho realizado no ano passado.

A entrega dos prémios decorrerá no Jardim de Inverno do teatro São Luiz em data ainda a anunciar.

Mais informações em www.apcteatro.org

Imagem: Rogério de Carvalho © direitos reservados.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pedro Carraca encena texto de Judith Thompson


PALÁCIO DO FIM de Judith Thompson, com tradução de Pedro Marques e interpretação de Ana Lázaro, Maria José Paschoal e António Filipe está em cena no Teatro da Politécnica, em Lisboa, até 23 de Fevereiro. Encenação de Pedro Carraca para os Artistas Unidos.

Um dia, como eu sabia que ia acontecer, eles vieram ter connosco. Graças a Deus que deixaram a minha mãe levar a Laila, mas levaram o Nahdne da escola e a mim de casa.

Tinha estado a cozer um ovo. Para comer com um convidado. É verdade. E os bandidos entraram.

E sabem quem eram? Podem perguntar-se, quem eram estes tipos da polícia secreta? Como é que eles reuniam tantos criminosos ávidos e sádicos? Bom, eu digo-vos, eram os rufias da zona. Eu reconheci um deles, costumava meter-se comigo e com o meu irmão quando íamos ao cinema. Assediava-me, dizia coisas nojentas e o meu irmão avisou-o. Eram estes tipos, estes fracassados, aqueles que torturam animais, as pessoas que tu evitas. Portanto. Levaram-nos para a prisão.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Matrioska de Tiago Guedes em França

O espectáculo Matrioska de Tiago Guedes continua em circulação e regressa agora a França. A peça, dirigida a um público-alvo de crianças dos 6 aos 10 anos, vai ser apresentada nos dias 6 e 7 de Fevereiro, às 19h30, no Théâtre Le Quai, Angers, em França.

"A estranheza, a curiosidade e o enigma fazem nascer muitas perguntas, numa peça onde transformações cenográficas e personagens intrigantes convidam as crianças a descobrir e construir novos significados para o mundo que as rodeia."

Mais informações em www.materiaisdiversos.com

Peça “Matrioska” de Tiago Guedes © direitos reservados.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Festival Escena Contemporánea em Madrid


Madrid volta a ser palco do festival de artes performativas Escena Contemporánea. Até 24 de Fevereiro, o certame apresenta propostas muito diversas - teatro, música, performance, ópera experimental, instalações interactivas, leituras encenadas, workshops - entre outras.

Nesta XIII edição, a organização quis sublinhar este momento civilizacional específico, apontando para os criadores que "com consciência social poderosa dirigem o seu olhar para a realidade"; artistas que "longe da auto-complacência observam a natureza das coisas e intervêm nela como cirurgiões e nalguns casos como carniceiros, para esquartejá-la". O festival é feito assim de um catálogo nada dogmático de múltiplas experiências de natureza cénica que acolhe a pluralidade de ângulos da criação contemporânea.

O vasto programa pode ser consultado aqui: http://escenacontemporanea.com/.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Maria de Medeiros estreia-se em palcos brasileiros

O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília apresenta até 24 de Fevereiro a peça "Aos Nossos Filhos”, escrita por Laura Castro e encenada por João das Neves. Em palco está a própria Laura Castro e a actriz portuguesa Maria de Medeiros, que se estreia, assim, no teatro brasileiro.

As relações familiares contemporâneas são o ponto de partida para se abordar o "confronto de duas gerações".

Medeiros interpreta o papel de mãe, uma mulher liberal que teve três casamentos e lutou como guerrilheira contra a ditadura brasileira, tendo mesmo de se exilar. A filha, interpretada por Laura Castro, é o contraponto: uma mulher mais conservadora, em certos aspectos, e casada há 15 anos com outra mulher. Quando decide contar à mãe que vai ter um filho através da barriga da sua companheira, o enredo adensa-se e começam as primeiras reflexões. "Aos Nossos Filhos" nasceu da experiência pessoal da autora da peça, casada há 13 anos com Marta Nóbrega, com quem tem três filhos.

Em declarações ao jornal "Folha de São Palco", Maria de Medeiros explica que foi convidada para o papel por Laura Castro quando participava da última Mostra de Cinema de São Paulo, onde apresentou o documentário "Repare Bem", sobre a viúva de um guerrilheiro assassinado e das relações dela com a filha. Na mesma altura, actuou no Museu da Imagem e do Som para promover seu álbum "Pássaros Eternos", que tem um tema de homenagem à personagem de seu filme - "Aos Nossos Filhos", de Ivan Lins - canção que dá título à peça e que lhe serve de banda-sonora.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Inauguração oficial do MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO

O Teatro de Marionetas do Porto anuncia a inauguração oficial do MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO, que decorrerá no próximo dia 3 de Fevereiro de 2013 das 16h às 18h. A data assinala o nascimento do fundador da companhia João Paulo Seara Cardoso (1956-2010).

A exposição Cenas Suspensas apresentada no âmbito do FITEI 2006 constituiu um primeiro painel de memórias do percurso do Teatro de Marionetas do Porto ao longo do tempo, um conjunto dos lugares do espírito dos fazedores de cada espetáculo (criadores, intérpretes, produtores, técnicos, etc). E, naturalmente, uma memória a ser (re)vivida pelos muitos milhares de espectadores que sempre acompanharam a companhia. A abertura do museu permite, agora, uma partilha alargada dessas memórias.

Já em 15 de Dezembro passado o Teatro de Marionetas do Porto abriu as portas do MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO,com um programa intitulado MUSEU EM INSTALAÇÃO. Essa fase de instalação constituiu o primeiro momento de abertura de portas do museu, um dos projectos sonhados por João Paulo Seara Cardoso.